Brunna se mexeu em baixos dos lençóis aconchegando-se no colchão fofinho, se sentindocada vez mais aquecida. A pequena Donna colocou seu braço sobre o pescoço da mãe deixando os rostos bem próximos e as respirações calmas sendo misturadas. Logo o celular de Brunna começou a tocar, não demorou muito para o som irritante acorda-las.
Brunna abriu seus olhos assustada, se lembrando que estava há alguns dias esperando uma ligação de Ally, e logo se levantou tropeçando entre os lençóis, consequentemente acordando Donna, que se sentou na cama coçando os olhinhos, vendo sua mãe se levantar do chão e correr até sua penteadeira atendo seu celular.
— Parece que hoje é seu dia de sorte. — o tom de Daiane era completamente alegre e divertido.
— Meu dia ainda nem começou, mas pelo jeito já sei que vai começar bem. — Brunna sorriu.
— Ludmilla quer você aqui as oito, ela está cheia de compromissos, e precisa acertar sua admissão. Parabéns você conseguiu o emprego. — Daiane disse por fim.
— Meus Deus! — Brunna gargalhou obviamente feliz por aquilo, dando alguns pulinhos.
Donna olhava para a mãe agarrada a seu ursinho de pelúcia e o cabelo desgrenhado.
— Certo, as oito.
— Isso, mas anda logo, já são seis e cinquenta e hoje é o seu dia de levar as crianças para escola esqueceu?
— Ah merda. — Brunna murmurou olhando para o relógio no criado mudo.
— Fernanda os levaria, mas hoje ela tem médico, e já desmarcou essa consulta diversas vezes... Eu posso sair daqui e...
—Tudo bem, eu posso levar. — Brunna disse andando até seu guarda-roupa, abrindo.
Sem Fernanda ela não fazia a mínima ideia do que iria usar, então pegou sua calça jeans preta e uma blusa mais soltinha e com alças finas, na cor branca. Ela encerrou a chamada sem ao menos se despedir de Daiane, procurando seu sobre tudo cinza, jogando as outras peças na cama. Sorrindo após finalmente achar o que procurava, pegou por último seus saltos.
Ela não fazia idéia se aquilo estava bom, mas ela estava mais preocupada em chegar cedo no trabalho. Donna observava o desespero de sua mãe ao se vestir, ainda sentada na cama, observando tudo com os olhinhos castanhos curiosos. Brunna pegou uma lingerie qualquer, andando até o banheiro mas parou ao se dar conta de que Donna estava ali.
— Eu também tenho que me arrumar pra escola? --- Donna enrugou a testa ao perguntar.
— Claro love. Vem com a mamãe, nós tomaremos banho juntas, assim vamos mais rápido. — Brunna disse fazendo um gesto com a mão para que a filha fosse até ela.
— Tá.
❍❍❍❍
Brunna corria para dentro do prédio olhando no relógio em seu pulso, se desesperando ao ver que já marcava sete e cinquenta. Ela apertou por diversas vezes o botão do elevador, mas aquela lata de metal - como ela mesmo havia apelidado -, estava no décimo andar.
Brunna olhou para trás e viu Ludmilla entrando na empresa, com os fios castanhos presos em um coque e seus lábios extremamente vermelhos, enquanto sua saia preta marcava bem sua cintura, fazendo Brunna engolir em seco, mas logo voltou a si rapidamente.Ela precisava estar no décimo quarto andar antes de Ludmilla.
Brunna tirou o sobre tudo correndo até as escadas, e subiu correndo, ela já sentia seus pés latejando, pensando no tempo que gastou com aquela professora insolente que resolveu ensinar a ela como cuidar de sua filha e deixa-la mais cedo na escola. Brunna até a mandaria para a merda, claro, se tivesse coragem. Depois de exatos sete minutos, ela finalmente chegou no seu andar, basicamente caindo para os lados, tossindo e ofegante.
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Towers✔🦋
Fiksi PenggemarBrunna e Ludmilla tiveram um relacionamento há cinco anos atrás, e elas pensavam que aquilo poderia ser eterno, pelo menos até o momento em que Brunna traiu Ludmilla com seu chefe durante uma viagem de negócios, estando completamente bêbada para pod...