◉✿ - 10 CAPÍTULO - ✿◉

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Naquela manhã por mais incrível que fosse, Ludmilla estava alegre apenas por ter passado o dia anterior todo ao lado de Brunna, chorando abraçada á ela, sentindo os dedos seus dedos macios acariciando-a, enquanto Brunna dizia á ela que tudo ficaria bem, mesmo não sabendo o motivo do choro, e mesmo Ludmilla não querendo dizer, ela não se importou, apenas ficou ao lado dela o dia todo, deixando seu trabalho de lado, mesmo tendo milhões de coisas para resolver, já que o aniversário da revista estava próximo, assim como a viagem de Ludmilla para o Caribe.

Ao passar por Brunna, Ludmilla sorriu para ela, acenando vagarosamente com a mão, seguindo para a sua sala. Brunna á fazia tão bem, mesmo sem saber. A negra deixou sua bolsa no sofá, sentando no mesmo em seguida, mordendo o lábio inferior, ao tentar conter o sorriso por simplesmente estar pensando em Brunna, e por estar livre para ela. Claro que elas ainda teriam que conversar, ajeitar as coisas, isso era fato, mas agora não importava tanto. E por que não agora? Brunna não queria mesmo tomar seu café no escritório, então por que não ter aquela conversa agora?

Quando ela se levantou para abrir a porta, algumas batidas foram ouvidas e logo Brunna entrou, e não tinha em seu rosto aquela afeição de antes, a qual resplandecia alegria, mas sim, preocupante, um pouco aflita até. Ludmilla deu alguns passos para trás, juntando as sombrancelhas.

--- Aconteceu alguma coisa? --- Ludmilla perguntou.

--- Senhora Oliveira... É que...

Ludmilla revirou os olhos bufando pela formalidade, mas não podia fazer muita coisa, afinal, ela havia exigido isso, mas no momento ela não queria, não naquele momento.

--- Apenas Ludmilla.

--- Ok, tudo bem. --- Brunna disse, fechando os olhos, enquanto balançava a cabeça. --- Ludmilla, antes de vir para cá, eu deixei a Donna com o pai, por que ele disse que tomaria café com ela, e a levaria para a escola, então, eu deixei ela na empresa. Mas, ela me ligou agora, chorando, por que aquele filho da... --- ela fez uma pequena pausa, fechando os olhos e respirando fundo. --- O Pedro, simplesmente se trancou na sala, esquecendo da existência da menina, simplesmente esquecendo dela! Eu sei que isso não é da sua conta, mas, eu posso por favor ir pegar ela, e deixar na casa da Fernanda. Por favor. Eu sei que tenho muita coisa pra fazer, eu sei, mas, eu preciso.

--- Brunna, a festa da revista é daqui há uma semana, e Ally não consegue resolver tudo sozinha. --- Ludmilla suspirou. --- Isso a deixaria sobrecarregada, e não tem nada pior do que uma Ally estressada e sobrecarregada, ela só faz merda. Mas me fala aonde é a empresa dele, eu vou buscar ela, e depois ela passa o dia aqui... Comigo. Claro, se você autorizar.

Brunna não soube o que dizer, o que responder. Ludmilla queria ficar com sua filha, passar o dia com a menina, e ainda por cima fazer algo que não era a sua obrigação, e obviamente iria deixar alguns trabalhos acumulados. A negra se aproximou de Brunna, sorrindo, o que era comum acontecer quando Ludmilla falava de Donna, ela sempre sorria, verdadeiramente e abertamente.

--- Isso iria te atrapalhar e...

--- Não iria não. --- Ludmilla sorriu. --- Eu adoro a Donna, e acho que ela também gosta de mim.

--- Sim, ela gosta. --- Brunna murmurou.

--- Então eu vou, apenas me fale o endereço.

--- Certo. --- Brunna afirmou. --- Mas, Ludmilla... Por quê?

--- Eu só quero ajudar. --- a negra balançou os ombros.

--- Não isso, mas por que está me tratando tão bem, foi pelo que a Donna disse?

--- Sim, isso me fez pensar. --- Ludmilla suspirou. --- Em nós duas, no que a gente teve.

--- E a que conclusão você chegou?

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