◉✿ - 38 CAPÍTULO - ✿◉

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Ludmilla abriu seus olhos assustada no instante em que ouviu os resmungos da noiva, Brunna murmurava palavrões baixinhos e fungava enquanto terminava de colocar seus saltos, seus olhos vermelhos indicavam choro, e Ludmilla sabia bem o motivo, ela era o principal motivo daquelas lágrimas, mas a negra se manteve parada e nem se quer moveu-se afundando ainda mais nas cobertas relaxando o corpo apenas quando Brunna saiu deixando apenas o rastro delicioso de seu perfume para trás.

Quando se viu segura de algum modo, sentando-se sobre a cama soltando um suspiro melancólico e entristecido suas palavras tinham realmente magoado Brunna, era visível isso, estupidamente visível. Lentamente ela se levantou da cama andando até seu banheiro, ela não tinha se quer ânimo para nada, e sua cabeça estava começando a doer e as lembranças da noite passada tornavam-se constantes.

A negra tomou um rápido banho e colocou um conjunto de moletom prendendo o cabelo em um coque, aproveitando o frio que fazia para tomar uma xícara de café, amargo e forte, fazia com que seus problemas sumissem por curtos minutos, e talvez para resolver o problema uma garrafa equivalente a dois litros com café a deixassem calma e disposta para resolver o problema que ela tinha começado.

A casa estava num silêncio tão grande que Ludmilla estava começando a se sentir incomodada, então decidiu ligar a televisão da cozinha e colocar num dos canais que passava algumas séries de investigação, colocando a água para ferver e então tirando alguns ovos e outros ingredientes da geladeira para fazer algumas omeletes e quem sabe assim quando ela e seu bebê estivessem alimentados ambos não tinham uma ideia para amenizar a raiva que Brunna estava sentindo.

Alguns minutos depois o telefone da casa tocou e Ludmilla coloco o último dos três omeletes em seu prato, pegando o telefone para atende-lo.

--- Quem é? --- ela disse em seu tom rude habitual, não dando o mínimo para quem quer que fosse que estivesse do outro lado.

--- Pedro.

--- Ah. --- Ludmilla resmungou. --- Diga.

--- Quero falar com a Brunna.

--- Ela está no trabalho, ligue pra lá, talvez você consiga falar com ela. --- Ludmilla disse com pouco caso.

--- Ela não me atende, cansei de ligar, mandar mensagem, Rose me disse que ligaria mas isso é algo que só eu posso resolver, é sobre a minha filha. --- Ludmilla ouviu um suspiro pesado do outro lado da linha e então já pode fazer uma pequena ideia do que se tratava, então uma pequena luz se acendeu para Ludmilla e ela sorriu.

--- Ok, te ajudo se você me ajudar, mas me fala o que quer? --- Ludmilla sentou-se enchendo a boca, bebendo um pouco de café por fim.

--- Certo, Humm... Minha filha, quero voltar a participar da vida da Donna, já pensou? Ela crescendo achando que eu não amo ela? Que eu troquei ela por uma outra familia? Não quero isso, Donna é minha filha, eu amo ela mais do que tudo na vida.

--- Você me promete Pedro, jura que não vai magoar ela, que não vai fazer nada pra decepcionar ela. Donna pode não ter meu sangue, eu posso não ter gerado ela, mas eu amo ela tanto quanto amo o bebê que eu estou esperando, sou capaz de tudo por ela e não seria capaz de ver ela chorando por sua causa, sou capaz de arrancar seus olhos com as unhas. --- Ludmilla disse calmamente, comendo.

--- Fico feliz que Brunna esteja com alguém como você, sério, não fui o bastante pra ela, eu sinto que falhei, mas eu á amei muito, ainda amo, mas agora sinto que é algo mais saudável, é carinho, respeito, um amor mais... fraternal... parece loucura, mas eu quero o bem dela, de vocês duas da família de vocês, mas quero que minha filha esteja comigo e com a Rose, com o nosso bebê, eu as amo, quero elas do meu lado. --- Pedro disse, e Ludmilla pode sentir tristeza em sua voz, era evidente.

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