Ludmilla revirou os olhos pela milionésima vez, batendo o salto no chão enquanto olhava para os lados a fim de esfolar Brunna, que estava cinco minutos atrasada, e ela não suporta atrasos. Logo uma range rover branca parou em frente a empresa, Brunna desceu do carro as pressas carregando a filha, Donna, que dormia em seus braços.
Ludmilla enrugou a testa tentando olhar para o rosto da criança, conseguindo ver apenas o bico que se formava nos lábios finos e pequenos. Brunna à colocou no banco de trás, e logo Fernanda pegou a menina e se despediu da amiga, assim como Daiane que estava dirigindo.
— Aonde você estava? — a voz de Ludmilla soou irritada, e ela não se preocupava se estava sendo rude ou rabugenta, sua intenção nunca foi ser gentil com Brunna.
— Minha filha. Ela foi passar o dia com o pai, mas ele tinha um compromisso e acabou me ligando para busca-la. Donna não queria ficar sozinha, e não parava de chorar... Não podia deixar ela.
— Ele é um pai tão ruim assim? — a pergunta saiu repentinamente pelos lábios de Ludmilla, fazendo ela se arrepender daquilo.
Ludmilla e Brunna não tinham intimidade para aquilo. Oliveira era sua chefe, e Brunna sua funcionária, as coisas teriam que ser assim. Mas ela não podia deixar de pensar nos planos que elas haviam feito juntas, nos filhos que planejavam ter, e no fato de Brunna ter destruído tudo, assim, então a preocupação que ela estava sentindo se esvaiu de seu corpo tão rapidamente quanto seu coração batia naquele momento.
Brunna suspirou apertando a alça de sua bolsa, descontando ali a raiva que estava sentindo de Pedro, que naquele momento, deveria estar transando com sua secretária em algum motel luxuoso, enquanto sua filha chorava por não ter ela por perto.
Cretino!
— Sim, o pior que consegue. — Brunna afirmou depois de alguns minutos. — Mas ela vai passar o dia com a minha mãe. Vamos?
Ludmilla balançou a cabeça concordando, se arrependendo por ter tocado naquele assunto. A vida de Brunna não dizia respeito a ela, e ela não deveria se preocupar com a filha dela, a filha que por acaso ela teve com o amante, enquanto Ludmilla ainda a amava mais do que qualquer outra coisa, enquanto Ludmilla seria capaz de tudo por ela. Brunna retribuiu todo aquele amor indo para cama com outro.
— Iremos falar sobre o que nesse almoço? Quero dizer... iremos tratar de assuntos referentes a revista, mas quais? — Brunna perguntou, enquanto ela e Ludmilla esperavam por um táxi.
Ludmilla olhou para ela pelo canto dos olhos, suspirando em seguida. Ela não queria falar com Brunna.
— Uma viagem para o Caribe. Nós iremos fazer algumas fotos lá com a Zendaya. — Ludmilla foi rápida e simples ao responder aquela pergunta, pegando seu celular na bolsa em seguida quando se deu conta de que o aparelho estava tocando.— Oi amor. — Brunna ouviu Ludmilla dizer, e revirou os olhos. — Sim. — a negra sorriu. — Nós podemos ir para casa da sua família esse final de semana, sem problemas. Nós falamos sobre isso quando chegarmos em casa...
Brunna resolveu não prestar mais atenção na conversa fazendo sinal para um táxi, e logo o automóvel parou para elas. Ludmilla ainda estava em uma conversa animada com Lukas, entrou e disse para o homem para onde ele deveria ir, voltando sua atenção toda ao marido.
Brunna só sabia revirar os olhos e conferir o celular para ver se não havia nenhuma mensagem de Fernanda, ou então de sua mãe para dizer como estava sua filha. Ludmilla não se importava em sorrir o tempo todo e chamar Lukas de amor. Eles são nojentos!
Alguns minutos depois sua chefe já tinha guardado o celular em sua bolsa, e olhava concentrada para a cidade, achando- a ainda mais linda vista daquele jeito, e as gotas da chuva começavam a cair do lado de fora, deixando tudo ainda mais bonito.
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Towers✔🦋
Fiksi PenggemarBrunna e Ludmilla tiveram um relacionamento há cinco anos atrás, e elas pensavam que aquilo poderia ser eterno, pelo menos até o momento em que Brunna traiu Ludmilla com seu chefe durante uma viagem de negócios, estando completamente bêbada para pod...