Towers✔🦋

◉✿ - 62 CAPÍTULO - ✿◉

Haviam se passado duas semanas desde o dia em que a pequena Jasmine tinha nascido, e desde então a casa tornou-se uma loucura, assim como a vida de Ludmilla e Brunna. Elas já não tinham tempo para nada que não fosse amamentar Jasmine, trocas as fraldas de Jasmine, colocar Jasmine para arrotar, fazer Jasmine dormir, dar banho em Jasmine, balançar Jasmine de um lado para o outro quando tinha cólicas e só conseguir acalma-la depois de algumas horas, é muito pouco inclusive.

A vida delas estava girando em torno da nova integrante da família, nada mais plausível a final de contas, já que ela é apenas um bebê e necessita de toda a atenção do mundo, atenção essa que Ludmilla e Brunna estavam adorando dar. A nenê estava cada vez mais parecida com Ludmilla, a pele negra e os olhinhos num castanho claro e o cabelinho bem preto e ralo, seus traços eram finos, lembravam até mesmo os de Brunna, por mais que isso fosse geneticamente impossível.

Mas naquela família isso não importava nada e nem mudava o amor que elas sentiam uma pela outras.

Mas havia só um pequeno problema, Donna. Ludmilla e Brunna acharam que o ciúmes acabaria depois dos primeiros dia, já que Donna entenderia que sua irmã era um bebê e precisava de muito mais atenção que ela, mas estavam erradas, muito erradas. Donna é uma criança inteligente demais para sua idade, entende as coisas facilmente e é amorosa na maior parte do tempo, porém não estava sendo assim.

Donna chorava atoa, tudo era motivo para suas lágrimas mais intensas e manhosas, ela já não queria dormir sozinha e se enfiava no meio de suas mães durante a madrugada fazendo pirraça quando uma delas se levantava para acudir à nenê que chorava em plenos pulmões, ela até mesmo se negava a chegar perto de Jasmine.

Ludmilla e Brunna estavam tentando equilibrar a atenção para as duas filhas, mas não estava dando certo. Toda vez que Donna chamava uma de suas mães para brincar Jasmine acabava chorando e elas indo pegar a nenê, e assim o show começava. Donna cruzava os braços e fazia bico indo se trancar em seu quarto, coisa que nunca tinha acontecido antes.

Brunna havia tentado conversar com a filha, principalmente por que elas iriam se mudar e a adaptação ao novo lar seria um pouco complicada, ainda mais pelo fato de Donna ter que ficar longe de Pedro, que até então é o único que pode dar total atenção para a filha, pelo menos até que seu filho com Rose, Klaus, nascesse e ele tivesse que dar atenção redobrada para sua noiva, e então o comportamento de Donna motivado pelo ciúmes só iria piorar.

Naquela manhã fria de novembro Brunna tinha saído cedo para comprar os presentes de natal ao lado de Fernanda e Lauren, enquanto Daiane tinha ficado com Niamh na casa da amiga, para que assim uma pudesse dar apoio para a outra, e para o alívio de ambas as coisas estavam quietas e calmas na casa.

Théo também estava lá, mas Donna não tinha lhe dado muita atenção, ela queria Ludmilla, e queria só para si, acabando por deixar o amigo de lado, mas o menino não tinha se importado tanto, o desenho das tartarugas ninjas que passava na televisão parecia bem mais interessante, ele até tentava imitar os golpes vez ou outra, completamente limitado pelas roupas grossas de inverno.

Luane estava na cozinha tomando seu café da manhã e conversando com seu namorado pelo celular, contando para ele todas as novidades, inclusive que iria para Londres daqui há uma semana, e que ele iria junto, aquilo não tinha sido um assunto tratado com Ludmilla ou Alex, por isso era de total e absoluto sigilo.

Donna estava em seu quarto terminando de se vestir, reclamando sobre ter sido obrigada a tomar banho mesmo com todo frio que fazia, e chorosa por não ter sua mãe como todos os dias para ajudar a escolher uma roupa bonita, pentear seus cabelos e dar beijinhos em seu rosto dizendo o quão bonita ela estava, mas segundo Brunna ela já era uma menina grande agora, e sabia fazer as coisas sozinha, mas é claro que ela estava ali para ajudar caso a filha chamasse por ela.