◉✿ - 55 CAPÍTULO - ✿◉

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Ludmilla desceu do carro sentindo seu coração disparar, ela olhou ao redor daquela casa imensa sentindo todas as lembranças invadirem seu pensamento com força, e seu corpo tremer pela ansiedade que estava sentindo, faltava apenas um dia para o casamento e nada que qualquer uma das meninas dissesse iria acalma-la.

Todas as outras estavam ali também. Daiane e Fernanda com as crianças, Lauren e Normani, Dinah e Ally, Silvana, Luane e Mirian, os irmãos de Brunna e Ludmilla chegaria apenas na hora do casamento, já as outras iriam embora logo depois, dando as recém casadas toda a privacidade que elas precisavam.

Viajar em lua de mel no estado em que Ludmilla estava era arriscado demais, por isso a lua de mel iria ficar para depois, quando Jasmine já estivesse maior e elas pudessem ficar um tempo fora apenas curtindo uma a outra, mas enquanto isso elas teriam que se contentar em passar alguns dias na casa de campo dos Oliveiras, curtindo a lua de mel de apenas uma semana.

— Uau, é bem grande mamãe. — Donna disse admirada com o tamanho do lugar e Brunna sorriu se abaixando para ficar da altura da filha.

— Você quer ver como é por dentro? — Brunna perguntou e Donna assentiu com empolgação.

— Podem ir na frente, não tem problema. — Ludmilla sorriu, com as mãos em suas costas já sentindo o peso e o cansaço voltarem a toda.

Aquele último mês que restava estava sendo o pior. Ela se sentia pesada e cansada, sentia o corpo fraco e tinha vezes que mal conseguia se levantar da cama. Brunna tinha sugerido que o casamento fosse cancelado até que Jasmine nascesse, mas Ludmilla negou, negou que aquilo fosse adiado de alguma forma.

Enquanto Brunna e Donna andavam até a entrada principal da casa — lê-se mansão —, Ludmilla ia mais atrás lenta e preguiçosa, com a ajuda de Silvana, que temia pela saúde de sua neta e da filha também.

Assim que entraram na casa, Ludmilla subiu as escadas, ainda sentindo dores, mas deu o máximo de sí para disfarçar aquilo, porém não adiantou. Todos virão a dor e a preocupação estampada em seus olhos. O caminho até o quarto foi longo, e ela queria parar para mostar a Donna o lado, o caís, até mesmo o pequeno chalé que ficava mais ao fundo, porém, as dores e o incômodo não deixavam.

Ludmilla deitou-se na cama grande e espaçosa, apoiando alguns travesseiros em suas costas enquanto se mantinha perdida em todos os seus pensamentos, mais preocupada do que o normal. Aquele era pra ser um momento de alegria, o momento aonde ela e as meninas iriam se reunir e comemorar juntas, mas ela simplesmente se sentia dores apenas por manter-se de pé.

— Eu estou com tanto medo querida. — Ludmilla sussurrou sentindo vontade de desabar em lágrimas. — Mamãe não sabe o que faz caso perca você. — sua voz estava fraca, baixa envolvida pelo choro que estaba preso em sua garganta. — Por isso me deixe pedir algo para você. — ela fez uma pausa secando suas lágrimas. — Aguente firme aí dentro, que eu aguento aqui fora, prometo que vou dar o meu melhor para que possa ter você comigo... Eu já te amo tanto Jasmine.

Sem que a negra soubesse Brunna ouvia tudo do lado de fora, encostada na porta, sentindo o coração em pedaços por ouvir Ludmilla falar daquela forma. Mas ela tinha fé e se apoiava nela, sabendo que Ludmilla era forte, determinada e teimosa, e iria conseguir aguentar firme, ela iria levar aquela gestação até o fim, nem que isso lhe custasse a vida.

❍❍❍

Já era noite e tudo estava escuro do lado de fora da casa, até mesmo as crianças estavam em silêncio vendo algum filme animado ao lado de Dinah e Lauren na pequena sala de cinema que a casa possuía, o lugar era cheio de extravagância.

Era um cômodo quase do tamanho da sala, com poltronas de couro reinclináveis com uma pequeno suporte para o pote de pipocas e refrigerante, com uma tela enorme, que ocupava quase toda a parede e caixas de som espalhadas pela sala, com uma pequena porta que dava na cabine do lugar, aonde os filmes eram colocados para ser transmitidos, e aquilo tudo tinha sido idéia de Luane.

Mas as outras mulheres da casa não estavam interessadas em ver filmes, e sim em animar um pouco a noite de Ludmilla que ainda estava trancada em seu quarto, dormindo desde que chegou, chorando e pedindo para que acordasse melhor no outro dia, para que seu casamento ocorresse tranquilo como ela tinha planejado.

Normani estava com uma garrafa de champanhe em suas mãos, enquanto Ally carregava o gelo e as taças, Mia tinha se encarregado de cuidar dos aperitivos, enquanto Silvana tentava animar a filha a se arrumar e colocar um de seus belos vestidos, para que então a festa particular começasse, até mesmo som elas tinha colocado no quarto.

Brunna aproveitou que Ludmilla estava se arrumando com a mãe e arrumou todo o lugar para elas, colocando um belo vestido e caprichando na maquiagem, garantindo que estava bem bonita para a noiva.

— O que é isso tudo? — Ludmilla perguntou sorridente olhando para o quarto e as amigas arrumadas todas a sua espera.

Brunna sorriu de lado e andou sedutoramente até ela, exibindo o belo decote de seu vestido, aproximando-se e beijando lentamente seus lábios enquanto as mãos desciam pela cintura até chegar em seus quadris, que Brunna tomou em suas mãos apertando levemente, fazendo Ludmilla sorrir entre o beijo, não se intimidando pelo fato de todos ali estarem olhando.

— Acho que já pode tirar as mãos da minha bebê. — Silvana riu, dando um leve tapa na mão de Brunna que se afastou.

— Desculpe. — Brunna riu, selando os lábios por última vez antes de se afastar. — Nossa despedida de solteira. — respondeu a pergunta da negra.

— Deveriamos estar em uma boate, bebendo e dançando, depois chegaríamos em casa e transariamos como se não houvesse um amanhã. — Ludmilla soou completamente pervertida enquanto caminhava até a sacada e todas foram atrás dela.

A negra se sentou em um sofá espaçoso, soltando um suspiro longo e pesado sentindo um grande alívio por estar sentada. Brunna sentou ao seu lado passando o braço por seus ombros beijando seu rosto.

— Parece realmente uma boa idéia, mas preferimos estar aqui com você, mas ainda pode transar como se não houvesse um amanhã. — após dizer aquilo Mirian fez careta e se sentou no pequeno sofá do outro lado, atraindo algumas risadas.

— Sexo é sempre muito bom. — Ally comentou rindo, enquanto colocava o chapangne no gelo e as taças sobre a mesinha de centro redonda. — Pra você Trouxemos suco de maçã. — ela disse arrancando risadas de Ludmilla.

— Tenho direito a uma taça pelo menos? — Ludmilla perguntou risonha, e Brunna trocou um olhar feliz e aliviado com as sogras.

Vê-la sorrir causava alívio em todas elas ali.

— Claro. — Daiane afirmou, sentando ao lado delas. — Fernanda também vai te acompanhar. — ela colocou a caixa com suco sobre a mesa e Fernanda revirou os olhos ajeitando Niamh em seus braços.

— Vocês são incríveis. — Ludmilla olhou para cada uma de suas amigas. — Obrigado por isso, vocês são as melhores amigas do mundo.

— Agora vamos aproveitar nossa pequena reunião antes que o filme acabe e as crianças subam. — Daiane se levantou enchendo a taça. — Mas antes quero propor um brinde, ela olhou para Brunna e Ludmilla. — A felicidade das futuras Gonçalves Oliveiras.

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