— Oh meu Deus, ela é tão perfeita. — Ludmilla murmurou pegando Jasmine em seus braços pela primeira vez com o máximo de cuidado possível.
Sua bebê era tão pequenina, tão delicada e frágil, tão linda. O coração de Ludmilla enchia-se de amor a cada vez que seus olhos piscavam e ela olhava para a nenê em seus braços, feliz por aquilo ser real, depois de tanto tempo e tantas tentativas aquilo era real e não um sonho bom. Jasmine era sua pequena preciosidade.
Ludmilla passou a ponta de seus dedos na pele macia de seu rosto sentindo o cheiro bom que vinha de sua menininha, ela se inclinou um pouco levantando a menina até a altura de seu rosto, beijando demoradamente a testa da neném, sentindo um incômodo em sua garganta e lágrimas encherem os olhos.
Em toda sua vida Ludmilla nunca sentiu uma felicidade como aquela, nunca sentiu-se tão realizada. Brunna era sua esposa, que tinha lhe dado — apesar das circunstâncias dolorosas —, uma linda filha, pois Donna era sua, era sua de coração, de alma, e agora elas tinham Jasmine, seu milagre, sua preciosidade em seus braços.
A neném soltou alguns resmungos e mexeu os bracinhos, abrindo os olhinhos, mostrando-os castanhos como os de sua mãe, torcendo a boquinha para o lado enquanto resmungava baixo. Ludmilla olhou para a enfermeira parada na porta, com os braços cruzados sorrindo docemente para elas.
— Agora acho que ela está com fome. — a senhora de idade avançada aproximou-se tocando o cabelo preto ralo da menina. — Jasmine tem seus olhos.
— Sim, ela tem. — Ludmilla voltou a olha para a filha sentindo as lágrimas molharem o rosto pálido. — Minha pequena preciosidade. — tocou a ponta de seu nariz, sorrindo. — Antes você pode chamar a minha esposa, minha mãe e minha filha, bom... — a negra mordeu os lábios lembrando-se dos momentos angustiantes antes de Jasmine vir ao mundo. — Elas estavam tão preocupadas, todas estavam na verdade.
— E elas estão todas na sala de espera, e uma das moças que chegou com você deu a luz também, Zachary, é um lindo bebê. — a mulher sorriu.
— Dinah. — Ludmilla murmurou logo olhando para a filha que começou a chorar. — Princesa, mamãe Brunna está vindo, não chore tanto. — balancou-a. — Pode chama-la por favor?
— Claro. — a mulher afirmou e logo saiu do quarto em passos largos e rápidos.
Ludmilla suspirou balançando a nenê que aos poucos voltou a se acalmar, olhando com os olhinhos castanhos para Ludmilla, piscando-os lentamente enquanto resmungava. Fisicamente ela estava esgotada, mas emocionalmente sentia que sua felicidade era tanta que ela poderia explodir, nada no mundo comparava-se ao amor de mãe, aquele sentimento maravilhoso e genuíno em seu peito.
— Você foi forte como a mamãe pediu meu doce, você aguentou firme ao lado, meu pequeno anjo. Eu quis tanto você, Brunna, sua outra mamãe e Donna sua irmã mais velha também quiseram você, muito muito. — Ludmilla beijou novamente a filha sentindo que já não podia mais conter suas lágrimas. — Senti tanto medo de perder você Jasmine, mamãe sentiu tanto medo de não aguentar e perder você. — ela apertou os olhos soluçando. — Mas agora você está aqui comigo e eu prometo que darei o meu melhor pra você, que serei a melhor mãe que puder pra você minha pequena. Eu te amo tanto.
Ludmilla não se cansava de repetir aquelas palavras, não se cansava de sentir o cheiro de sua menina, da sensação maravilhosa que era ter Jasmine em seus braços depois de tanto tempo de espera.
A porta se abriu lentamente e Ludmilla direcionou a atenção para ela, vendo Dinah entrar lentamente com um nenê gorducho em seus braços, sem o auxílio de qualquer enfermeira ou de sua esposa, apenas ela e seu filho.
— Você me assustou Ludmilla. — Dinah disse num tom brando e alegre, encostando a porta. — Eu e Ally ficamos com tanto medo, Brunna estava desolada.
— Eu sei... — Ludmilla sorriu. — Tenho tanta sorte por tê-lá comigo.
— Sim, você tem. — Dinah com dificuldades sentou-se na poltrona azul royal ao lado da cama pequena e desconfortável. — Esse é o Zachary Hansen-Brooke. — ela inclinou um pouco os braços mostrando o bebê. — Ele não é a minha cara? — sorriu orgulhosa e Ludmilla negou.
— Não mesmo, Dinah. — ela riu um pouco sentindo os ponto doloridos. — Mas ele é lindo, essa... — a negra olhou para a nenê em seus braços. — É Jasmine Gonçalves Oliveira, e ela tem meus olhos. — Ludmilla sorriu orgulhosa.
— Estou vendo. — Dinah também sorriu. — Tão linda... Bom Ludmilla, vou voltar pro meu quarto antes que Ally me encontre ou então minha enfermeira. — ela segurou o bebê em um só braço e usou o outro para se apoiar na poltrona enquanto se levantava. — Fugi pra vir te ver. — disse por fim soltando uma respiração pesada.
— Dinah. — Ludmilla conteu o riso ao saber que aquilo lhe daria um pequeno desconforto, olhando para a amiga. — Tchauzinho. — ela acenou antes de abrir a porta e sair do quarto, deixando Ludmilla sozinha com Jasmine novamente.
Minutos depois a porta foi aberta, mostrando Silvana ao lado de Brunna. Sua esposa parecia tomada pelo desespero, com suas olheiras profundas e olhos inchados num tom avermelhado, a mãe de Ludmilla estava da mesma forma, mas pelo menos o medo de perder a filha e a neta tinham passado.
— Vão. — a enfermeira disse colocando a mão em seus ombros às levando para dentro do quarto. — Jasmine é linda. — sussurrou para Brunna.
Só aquilo bastou para que Brunna caísse em lágrimas, de alívio e felicidade, mas ainda sim num choro pesado e intenso. Gonçalves cobriu o rosto com suas mãos e foi guiada pela sogra até Ludmilla, que não hesitou em tocá-la, passando a mão em seu rosto macio, sorrindo mesmo que Brunna não à visse.
— Amor. — Ludmilla chamou e Brunna tirou as mãos do rosto soluçando. — Diga "oi" para Jasmine.
— Tive tanto medo de perder você, de nunca mais te ver, de... Não poder ter a Jasmine conosco. — ela voltou a chorar compulsivamente e Ludmilla sentiu o coração apertar. — Como eu tive medo. — a voz de Brunna saiu abafada e ela soluçou novamente.
— Eu nunca deixaria vocês, nunca. — Ludmilla disse, e Brunna tirou as mãos do rosto voltando a encara-la. — Disse que aguentaria até o final, e eu aguentei, pela Jasmine, por você, pela Donna... Vocês são tudo para mim.
— Eu te amo tanto. — Brunna se abaixou tocando o rosto de Ludmilla, beijando-a calmamente até que o choro alto de Jasmine se fez presente. — Que bebê esperto, sabe bem a hora de chorar. — a morena murmurou ainda com os lábios juntos ao de sua esposa, à fazendo rir. — Você é tão linda, filha. — ela voltou a dizer quando já estava separada de Ludmilla, passando os dedos pelo rosto de sua nenê que ainda chorava. — Ela deve estar com fome.
— Sim, não é meu bebê, você está. — Ludmilla brincou com a filha e a enfermeira se aproximou.
Brunna conseguiu se acalmar depois de alguns minutos e sentou-se na poltrona aonde Dinah estava minutos atrás enquanto Silvana chorava emocionada ao ver a filha e a neta, sentada ao lado de Brunna, passando as mãos em suas costas para conforta-la de algum modo
A enfermeira que elas descobriram chamar-se Eve, ajudou Ludmilla na hora de amamentar Jasmine, dando algumas dicas e conselhos para ela, mas Ludmilla não ouviu nada, estando admirada demais em sua bebê para dar ouvidos a mulher, afinal de contas ela tinha Brunna e Silvana em casa para lhe ajudar de qualquer jeito, e tudo que importava naquele instante era que Jasmine estava ali em seus braços, e Ludmilla à amava mais que tudo no mundo, seu pequeno milagre.
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Towers✔🦋
FanficBrunna e Ludmilla tiveram um relacionamento há cinco anos atrás, e elas pensavam que aquilo poderia ser eterno, pelo menos até o momento em que Brunna traiu Ludmilla com seu chefe durante uma viagem de negócios, estando completamente bêbada para pod...