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Mistura entre extrema
racionalidade analítica
e completa cara-de-pau
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O bairro do Brooklin costumava ficar silencioso naquela época do ano, a maioria das pessoas preferiam o conforto das próprias casas à terem de enfrentar a neve grossa cobrindo todas as calçadas. As poucas almas vivas cruzando pelas ruas eram aqueles obrigados a trabalhar, o jornaleiro passava ali todos os dias enrolado em casacos puidos.A pequena garota de fios avermelhados estava sentada na mesa de trabalho do pai, os pés calçados com sapatilhas se agitando no ar. Ela esticava o pescoço para ver o homem lapidando a pedrinha de citrino, para logo encaixar no topo do anel posto sobre a bancada de trabalho.
O mais velho passou a jóia para as mãos habilidosas da garotinha, que escaneou o acessório com os analíticos olhos azuis-acizentados. Uma balançar de cabeça e ela afirmava ao pai ter gostado da peça. Ela mesma tirou da gaveta uma caixinha, repousando ali o anel.
A atenção dos dois foram para a porta, onde alguém acabava de bater três vezes. O senhor de cabelos claros pela idade levantou, deixando a filha ainda sentada sobre a mesa. Durante diversos minutos conversou com o desconhecido em voz baixa, gesticulando com os braços e virando para olhar a pequena garota vez ou outra. Ele acenou concordando com algo dito pelo desconhecido, subindo as escadas em direção ao quarto no segundo andar.
A garotinha franziu o cenho, confusa pelo pai tê-la deixado sozinha com um desconhecido ── potencialmente perigoso.
Ela desceu da mesa, guardando a caixinha do anel no bolso do vestido. Escaneou o homem parado na porta com o mesmo olhar analítico usado nas jóias do pai. Roupas levemente amassadas, embora de acordo com a moda dos anos 40, com uma cartola surrada na cabeça. Duas muletas indicavam a deficiência nas pernas dele, e um terceiro bastão estava amarrado transversalmente na cintura. Deveria ter por volta de 1,50 de altura e estar entre os vinte e cinco ou trinta anos. Parecia comum à primeira vista, mas a intuição da garota dizia que as coisas eram muito mais estranhas.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fanfic・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...