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Meu pai divino é
o pior coach
emocional do mundo&
#Movimentosátiros
queremdesalário
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰Preciso dizer que a cena de uma garota ruiva rindo horrores, agarrada numa placa de bronze celestial como se a vida dependesse disso, montada no cavalo mais veloz do mundo e acompanhada por outros dois semideuses apavorados e cansados deveria ser, no mínimo, muitíssimo estranha. Mas, em minha defesa, preciso argumentar de que nunca bati muito bem das idéias mesmo.
Ares e Marte estavam agitados, divididos entre gritar como dois caubóis dos filmes de faroeste ou reclamar por terem sido tirados da briga. Eu apenas continuei rindo, porque era idiota demais e porque estava feliz o suficiente pelo simples fato de continuar viva.
Ao menos por enquanto, dizia a minha parte pessimista.
Vá se foder, caralho. Rebatia a voz otimista, B1 e B2 fazendo sons de concordância ── que pareciam muito os alunos da quinta série incitando uma briga ──.
── Conseguiram a droga do bronze? ── perguntou Judith no exato instante que pisamos no convés, então a cabra desasada me olhou e soltou um suspiro muito alto. ── Claro que encontraram. Pela cara da cretina sorridente ali, deve ter sido divertido.
A Cachinhos Dourados abriu a boca para responder, provavelmente negando a parte do divertido, mas o Cavalinho Pocotó ao seu lado soltou um guinchado ── grunhido, grasnado, latido? Sei lá como se chama o som que os cavalos fazem ── impaciente, antes de dar no pé em uma nuvem de poeira muito chamativa. Ele gostavade entradas dramáticas, isso era um fato.
── Foi tudo incrível, Bodinho. ── Valdez disse, dando um passo para trás ao ver o olhar assassino da garota-cabra.
Continua dando apelidos para ela, continua. Depois, quando acordar com a boca cheia de formigas e abaixo de sete palmos de terra, diz que semideus não tem sorte.
── Tem areia e óleo de motor no seu cabelo no seu cabelo, cretino. ── disse ela, apontando os cachinhos dele. ── Não vou nem perguntar em que tipo de confusão vocês se meteram e o motivo da Verônica estar com um maldito coração escrito "time Leo" na bochecha, essa merda já é demais pra minha cabeça. Não sou paga o suficiente para isso.
Franzi o senho, enquanto passava as mãos na bochecha para tentar tirar o batom. Pensei em algo por alguns segundos e, quando Judy se virava para ir avisar o casalzinho Relâmpago Mcqueen sobre nossa chegada, resolvi perguntar a coisa que com certeza me deixaria curiosa pelo resto da vida caso não perguntasse agora.
── Sátiros ganham dinheiro?
A Underwood suspirou alto, revirando tanto os olhinhos castanhos que fiquei pensando se eles não ficariam eternamente virados para dentro.
── Não, Verônica. O único salário que eu ganho são úlceras de raiva. ── ela apontou um dos dedos na minha direção. ── Culpa sua. Tudo culpa sua.
Depois disso ela saiu batendo os pés ── cascos, na verdade ── apressadamente, na tão comum pilha de nervos que ela ficava todas as vezes que algo saia minimamente fora do seu controle. Não a julgo por isso, esse negócio de entrar como nossa acompanhante na missão deve ter sido a maior furada que a pobre sátiro já se meteu. Quando estava prestes a descer as escadinhas que levavam ao corredor dos quartos, ela virou para trás, agitando os braços num sinal impaciente de que fossemos atrás dela.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fanfiction・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...