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"Controla esse teu
fogo, Valdez"
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰Não demorou muito para tudo ir à merda.
Embora isso não seja realmente algo muito incomum. As coisas darem errado virou praticamente uma rotina estranha, onde ninguém sabe qual desgraça vai acontecer no próximo dia — ou hora, levando em conta a nossa completa falta de sorte.
O apelido “Garoto em Chamas” nunca foi tão real quanto naquele calamitoso momento em que, bem, Leo ficou, literalmente, em chamas. Como e por quê ainda é um dos mistérios. A hipótese que Jason era, na verdade, uma ponte entre dois lugares desconhecidos e Percy provavelmente também estava envolvido nessa maluquice toda fazia sentido.
Parecia pura teoria da conspiração? Sim. Mas fazia muito sentido.
Eu poderia ter continuado a pensar nisso, ou me juntar a Garota Para-Raios e a Fogueira Ambulante na conversa sem sentido e cheia de informações sendo jogadas a torto e direito, caso a ponte de névoa e gelo não tivesse simplesmente se desfeito sob os pés de Leo.
Em um momento, estavamos os quatros debatendo sobre algo. No outro, Valdez soltava fogo pelas ventas e derretia os degraus capazes de impedir nossa queda em direção à morte.
Bendito fosse as aulas de ginástica que me deram bons reflexos, e bendito fosse o DNA do Deus das Porradas pela força incomum que aparecia nos momentos de perigo — é o mínimo, visto que eu só estou em perigo por ser filha dele.
A cena do gelo sumindo e o garoto caindo passou em câmera lenta na minha frente, quando percebi, a unica coisa evitando a morte certa dele eram duas mãos segurando seu braço esquerdo. As minhas mãos segurando seu braço. Chiei de dor baixinho no instante que percebi o calor nada natural da pele dele.
Era quase como tirar uma forma de bolo do forno, só que sem usar luvas.
— Controla esse teu fogo, Valdez. — a frase saiu baixa, lembrando muito um rosnado.
Pensei que ele não poderia ouvir as palavras com o vento rugindo tão forte ali, porém, o Garoto em Chamas pareceu entender o problema de estar segurando alguém tão quente. Para a minha sorte — e das minhas pobres mãozinhas queimadas —, a temperatura na pele baixou pouco a pouco, apenas o suficiente para ser suportável segurá-lo.
Bom, suportável é exagero. A pele ainda ardia e, ao contrário do imaginado, o Duende Latino pesava bastante. Eu diria menos excruciante.
Felizmente, Dory conseguiu mandar um dos seus ventos para levantar o outro. E, de uma maneira apavorada e nada confortável, continuamos o caminho entre as nuvens hora correndo desesperadamente, hora dando solavancos nas correntes de ar.
Não foi, nem de longe, a parte mais confortável do dia.
Quando finalmete pus meus pézinhos na ilha flutuante, tive de conter a imensa vontade de beijar o chão pela alegria de pisar em algo realmente sólido. O lugar em si era bonito, com seus muros de bronze, portões altos e o caminho feito em pedrinhas lilás. As colunas brancas formavam um círculo a nossa frente, o estilo grego parecia uma versão cheia de satélites dos monumentos de Washington D.C..
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Hayran Kurgu・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...