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⊱⋅ ──────────── ⋅⊰Velozes e Furiosos:a corrida no asilo ⊱⋅ ──────────── ⋅⊰

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Velozes e Furiosos:
a corrida no asilo
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Perdi a conta de quanto tempo passei observando as estrelinhas brilhantes no teto, Bonitinha roncava baixo ao meu lado na cama, enquanto Dory e o Garoto em Chamas ressonavam nos colchões postos no quarto e Hedge parecia um trator barulhento encolhido dentro da banheira no banheiro — todos nós concordamos que seria melhor estarmos juntos, para o caso de algum monstrengo tentar nos matar.

Não estava com muito sono, para falar a verdade, acho que dos quatro fui quem mais dormiu nessa missão. E, bom, tinha todo aquele negócio de salvar o pai de Piper e Hera amanhã, coisa simples, sabe?

Salvem Hera e derrotem Encélado, ou o mundo vai acabar. Mas sem pressão nenhuma!

Responsabilidades simples de semideuses.

Com a maior cautela possível — a Bonitinha dormia agarrada naquela faca dela, eu que não queria acordar ela por acidente e acabar com um punhal no estômago —,  desci da cama e pulei sobre o colchão onde os dois idiotas roncavam baixo. Os filhotes de Rambo faziam eles todos parecerem silenciosos, por isso não reclamei ou tentei enfia-los em qualquer canto da casa.

Não fiquei impressionada ao encontrar meu pai encostado na parede do corredor, como se estivesse me esperando sair do quarto. Bom, ele me conhecia bem o suficiente para saber que eu não conseguiria dormir, era sempre assim nas noites antes das competições de ginástica.

– Donna deixou batatas fritas quase prontas, é só fritar. — ele disse, como se isso explicasse tudo.

— Me entupir com comida gordurosa antes de dormir? — perguntei retoricamente —  Ah! Você me conhece tão bem, papai.

Ele riu, passando o braço sobre meus ombros e quase me arrastando até a cozinha no andar inferior, num caminho que fizemos incontáveis vezes nos últimos anos. Não fiquei impressionada ao ver mamãe mexendo na frigideira, o braço tão esticado quanto possível enquanto ela tratava a panela de óleo quente como se lutasse contra um dragão maligno — e eu sei exatamente quão aterrorizador é lutar contra um dragão.

— Pegue um prato logo, garota, isso aqui não é um restaurante para ficar ai parada sem fazer nada. — o bom humor, obviamente, era de vovó, sentada na cadeira enquanto lixava as unhas com movimentos quase felinos.

O mistério da idosa maluca que faz todos os mínimos gestos parecerem passos de uma dança nobre.

— Isso é uma reunião de família antecipada? — Abri o armário, tirando de lá o bendito prato antes que vovó batesse o leque em mim. — Só falta vocês pegarem aquele álbum de fotografias.

𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZOnde histórias criam vida. Descubra agora