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As três espiãs
demais
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰O idiota que disse que nós, humanos, podemos nos adaptar a qualquer situação se tiver tempo necessário, definitivamente nunca lutou contra Clarisse. Sério. Eu precisaria de ou seis anos para deixar de ficar impressionada quando a Poderosa Chefona pegava a maldita lança e descia a porrada em qualquer um idiota o suficiente para cruzar o seu caminho. Na maioria das vezes ela usava a lança contra mim.
Treinava contra ela há cinco meses completos, uma hora e meia durante os dias de semana, duas e meia nos sábados e domingos. Posso dizer que sou um tipo de sobrevivente apenas por esse feito. Além disso, não podia deixar de dar à ela os creditos por ter me feito passar de uma ameba no quesito lutas para alguém realmente boa.
Tipo, eu já podia passar horas e horas treinando sem sentir que estava prestes a morrer pelo cansaço, derrubava com certa facilidade muitos dos meus irmãos ── chupa Alexander! ── e até conseguia manter uma luta justa contra Clarisse por bons minutos ── o placar dessa semana estava 11×8 para a Chefona, um motivo de orgulho para mim.
Jason também começava a não pegar mais leve comigo e, sinceramente? Comecei a entender o motivo dele ter virado pretor, convenhamos, o loirinho consegue ser muito bom em lutas. Quando não está desmaiado, claro, mas isso é apenas um mínimo detalhe.
Posso dizer que aprendi o suficiente com os dois para perceber que, mesmo sem querer, começava a misturar os dois estilos de luta em um só.
Até mesmo Annabeth ── a fucking Annabeth ── veio falar comigo sobre isso num outro dia. Aliás, posso dizer com clareza uma única coisa: se essa loira pisca pra mim, tanto Leo quanto o dito Nemo ficam solteiros na hora. Tudo bem, nós temos toda a parada de eu-sou-sua-tia-avó-por-parte-de-mãe, mas quem liga? Zeus traçou duas das irmãs e ninguém julga. Bom, julgam sim, porém esse não é o caso.
Nos viamos praticamente todos os dias nas reuniões na casa grande, quando discutíamos com os chefes de chalés sobre o andamento da construção do Argos ── a parte externa estava praticamente pronta e restava apenas terminar a parte do motor ( o Garoto em Chamas me explicou, embora suponho não ter entendido nem metade das coisas) ──. Ela era legal, potencialmente mortal, mas legal.
Geralmente a Bonitinha aparecia e então ficávamos as três conversando sobre coisas de garotas ── a melhor maneira de empunhar uma adaga, a última moda do verão e histórias estranhas e constrangedoras da infância ──. O Ladrãozinhi de Merda nos apelidou como as três espiãs demais, confesso ter ficado enciumada por não pensar nesse apelido antes.
Oras! Sou eu a apelidadora oficial dessa fanfic de merda!
── Acho que colocar no fogo seria uma boa idéia. Sem corpo, sem rastros. ── disse a Miss Universo. ── Sem rastros, sem crimes.
Essa era mais uma das nossas conversas aleatórias à beira mar, no momentos que conseguíamos um pouquinho de paz e tranquilidade, longe dos treinos e monstros. Um papo agradável.
── Porcos. ── respondeu Annabeth, enfiando uma mexa dos cabelos loiros cacheados atrás da orelha. ── Quando ficam muito tempo sem serem alimentados, podem comer um corpo humano inteiro.
Assobiei. Acho que acabo de anotar "porcos" na enorme lista de animais a quais me cago de medo. Talvez o coloque logo abaixo das galinhas, gansos, marrecos, avestruzes e todos os malditos pássaros que não voam. Menos pinguins, pinguins são adoráveis e seria estranho me sentir assustada por eles. Na verdade, eu gosto de pinguins, principalmente os de Madagascar.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fanfiction[em pausa] ・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de c...