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"A vida deve me achar
uma tremenda gostosa,
já que ela adora me
foder."
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰Em alguns momentos da minha vida, eu queria apenas me transformar em um avestruz para poder enfiar a cabeça na terra sem ser julgada. Como quando acenava para alguém e percebia que, na realidade, essa pessoa estava apenas cumprimentando outra pessoa atrás de mim. Ou, quando reunimos um grupo de semideuses num barco voador mágico para fugir da legião irada dos cinturões ── Centuriões, seja lá que infernos, tanto faz. Eles ainda querem nos matar independente do nome. ──.
As vezes eu realmente queria poder enfiar minha cabeça na terra, ou quem sabe dormir e só acordar quando todas essas merdas tivessem terminado. Os filhos de Hipnos fazem isso com frequência e ninguém reclama.
O bendito Garoto em Chamas estava deitado no convés ── na verdade verdadeira, a Pequena Sardinha havia feito ele desmaiar, mas são pequenos detalhes ── inconsciente. Arrumei a posição da cabeça dele, ciente de que ele provavelmente acordaria com uma torcicolo desgraçada se continuasse daquele jeito estranho, e fiquei ali esperando o infeliz despertar do seu sono de beleza forçado.
Observei o navio a minha volta, onde quer que olhasse haviam coisas quebradas, torcidas ou quebradas e torcidas. Os remos ragiam alto, as balistas estavam esmigalhadas nos cantos e o satélite que captava sinal de televisão e internet explodiu ── para a infelicidade do treinador Hedge, aquele cabrito viciado em lutas da tevê a cabo ──. Em um resumo, Argos estava só o pó.
Bom, ao menos ele ainda voa. Não sei por quanto tempo, mas voa.
── Isso tinha de acontecer logo quando começamos a nós entender com os romanos. ── resmungava Judy ao lado, ela mastigava um pedaço de metal que devia ter se soltado do satélite. ── Agora, além das pragas de Gaia, vamos ter de lidar com soldadinhos querendo espetar nossas cabeças numa estaca.
── Acho que eles vão ser mais um problema? ── Quis rir da minha própria pergunta besta. Parecia inocente demais até para meus padrões.
Pelo visto, Judy também achou engraçado, embora a risadinha dela entre mais no quesito rindo de completo desespero.
── Você ainda tem dúvidas disso, Cretina? ── era retórico, então não respondi, me abaixando para checar se meu namoradinho pirado e potencialmente psicopata ainda respirava depois da porrada que levou na nuca. ── Não consigo acreditar que Valdez fez isso. Que os seus namorados geralmente são cretinos estúpidos eu já sabia, mas cretinos estúpidos que explodem cidades? Parece ruim demais até para o seu infinito dedo podre com machos.
Olhei a escada a direita, ela levava para o corredor onde os dez quartos ficavam ── uma para cada semideus, além dos que cada sátiro recebeu. Desmemoriado e a Bonitinha chegaram pouquíssimo tempo depois de Judy e eu, sendo carregados pela versão em carne e osso do Drogon, aparentemente, meu irmãozinho romano consegue se transformar em tantos animais quanto quiser ── eu bem suspeitei que ele lembrava um panda fofinho, embora acho que isso não tenha muito a ver com os poderes dele ──. Jasons estava desmaiado, obviamente, a testa sangrando com o que parecia ser uma tijolada enquanto Piper mal se segurava em pé pelo cansaço.
── Ele nunca faria isso. ── Me surpreendi ao perceber que acreditava totalmente nessas palavras. ── Deve existir uma boa explicação, algum dos minions da Mãe Terra Encapetada ou qualquer coisa do tipo.
── É, espero que tenha. ── Ela suspirou cansada, enfiando na boca o último pedaço de metal e mastigando. Bom, ao menos Judy nunca teria deficiência de ferro no sangue com essa dieta (e deixo um bilhete mental de sempre ir ao banheiro antes dela) ── Porque Annabeth vai matar ele se não tiver, e eu provavelmente vá ajudar a cavar o buraco.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fanfiction・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...