XII.

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O   forninho    caiu,
e o dragão também
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Nunca fiquei tão contente quanto ao ver o dragão metálico, Leo e o Maluco do Hóquei, estava feliz no ponto de cogitar dar um abraço no anjo lesado. Certo, sem exageros, mas acho que todos entenderam o nível da minha alegria.

Ainda estava confusa com toda aquela conversa de minutos atrás — agradecia pelo chão congelado disfarçar as minhas pernas bambas — e tentando entender o que diabos aconteceu. Todas as informações eram demais para mim, meu cérebro mal podia processar tantos acontecimentos. Bom, ao menos sabemos para onde ir agora.

Já estive em Chicago algumas vezes para assistir jogos de basquete com meus pais, eram sempre visitas rápidas. Confesso não gostar muito do lugar, talvez por receber uma bolada no rosto. E deuses sabem o quanto bolas de basquete são pesadas e duras.

Como no início do dia, Leo subiu primeiro em Festus e Jason ofereceu a mão como ajuda para Piper e eu subirmos. Sim, senhoras e senhores, ainda existe esperança no sexo masculino e ela se chama Jason. Conti um gemido de alívio quando senti o calor da maquina, aqui em cima posso até cogitar a ideia de que a conversa com Bóreas foi apenas um delírio coletivo.

— Abençoado seja você, Drogon — disse baixinho, acariciando um pedaço das costas metalicas dele. — Agora mete o pé daqui, acredite em mim quando digo que só tem gente doida nessa casa do Papai Noel. O cara começou sendo Bóreas, depois virou Aquele, e então veio com uma história sem pé nem cabeça…

— Áquilo — Jason interrompeu, ele deve ter percebido minha cara de paisagem e explicou: — O nome dele é Áquilo, não Aquele.

— E não dá no mesmo? — o loiro sorriu, balançando a cabeça em negação. — o nome não interessa, vamos lá, meu querido dragão. Já disse para algum de vocês que me sinto a própria Daenerys? Porque é exatamente assim. Certo, sem enrolação, bota essas asas para funcionar.— Leo apertou um pequeno botão e segurou firme, fiz o mesmo. Cair daqui não seria nem um pouquinho legal. — Dracarys!

Me julguem, mas eu tinha de soltar esse bordão. Valdez pareceu não gostar muito disso. Qualé! Qualquer um no meu lugar faria exatamente o mesmo.

— O nome dele é Festus e você não precisa gritar "dracarys" sempre que montar nele.— o latino resmungou.

Ô povinho sem graça.

Piper tratou logo de explicar ao amigo sobre os acontecimentos na sala do trono, desde o encontro com as estátuas de gelo mortíferas até a conversa bizarra com o rei. Ela parecia especialmente aflita, como se tivesse algo naquilo tudo que lhe assombrava mais do que a todos nós. Talvez um segredo.

Bom, posso estar apenas meio pilhada ou neurótica após esses acontecimentos bizarros, criando teorias da conspiração sem sentido algum. Ou, estou certa. Modéstia parte — mentira, modestia nunca foi a maior das minhas qualidades —, as aulas de teatro ensinavam muito sobre expressão corporal e o que cada uma delas significa. McLean definitivamente escondia coisas.

Leo era outro, desde a menção ao suposto “cheiro de fogo” o latino estava estranho. Tudo bem, acabei de conhecê-lo, mas isso estava óbvio para qualquer um. Minha intuição costumava funcionar na maioria das vezes, não seria agora que a ignoraria.

— Pega um sanduíche, Sansa Stark. — o dito garoto esticou dois pacotes embalados em papel prateado. — Tem alguns sem carne para você, Rainha da Beleza.

Peguei os meus, recheados com queijo e peito de frango, agradecendo baixinho pela comida. Estava longe de ser comparado as comidas que Donna, a senhorinha fofa que trabalhava na minha casa e tirava as cascas do sanduíche para mim desde meus dois anos, porém, nas circunstâncias atuais, qualquer tipo de comida vai muito bem.

𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZOnde histórias criam vida. Descubra agora