XVI.

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*leiam as notas finais

*leiam as notas finais

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Pai divino tóxico

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Enquanto Leo preparava a comida num fogareiro que ele mesmo fez — bultaoreune! —, os outros dois conversavam baixinho num canto. Eu estava mais concentrada em descamar o esmalte vermelho que outrora cobriu minhas unhas, revezava entre colocar o dedo na boca e usar as outras unhas na missão.

Não sei quanto tempo passou, mas contei quase duzentos pingos que caiam de uma goteira quando o Maluco do Martelo apareceu equilibrando quatro pratos nos braços magros. A comida cheirava bem, muito, muito bem, e o monstrinho na minha barriga agradeceu horrores por ela.

Eram tacos de tofu — aparentemente Piper não comia carne —, já tinha comido coisas assim quando saia com Judy, ela tinha uma aversão terrível por qualquer coisa de origem animal, talvez por ser, literalmente, uma garota-bode. Não era tão ruim, mas nem de longe se comparava a uma costela assada ou batatas fritas com bacon e queijo.

Deuses, eu mataria os três sem pensar duas vezes por uma porção de batatas fritas com bacon.

O garoto de Hefesto fazia piadas vez ou outra, claramente tentando elevar o nosso ânimo. Isso era ótimo — se ignorar as vezes que quase me engasguei com a comida enquanto ria —, o clima estava meio dark desde os últimos acontecimentos e, como dizia uma grande pensadora: família, risadas e comida são as poucas coisas que fazem a vida valer a pena.

Sorri ao escutar Dory sugerir que Piper tirasse um cochilo, e devo ter parecido a própria encarnação do gato de Cheshire quando a Bonitinha colocou a cabeça na perna dele para dormir. O olhar dele para ela me deixava cada vez mais empolgada pra esse casal.

Eles são fofos, fofos e muito fofos!

Ela roncava baixinho quando o Master Chefe ofereceu uma limonada feita na hora, ficamos os três em silêncio tendo apenas a respiração da garota e a goteira como música de fundo. Nunca gostei de silêncio, nem de ficar parada. Eu tenho hiperatividade, poxa! Ficar assim é péssimo para pessoas como eu.

Resolvi levantar, limpando a calça um tantinho empoeirada e começando a andar em círculos. Provavelmente pareço uma maluca, e talvez eu estaja começando a ficar. Essa coisa toda de missão é mais do que poderia imaginar, ainda mais agora que parei para pensar realmente no significado dela.

Isso não é só mais uma das brincadeiras, nem algo como as gincanas que a escola costumava fazer. Uma deusa — meio odiada por todos, mas isso não importa agora — foi sequestrada, criaturas fortes o suficiente para prender a mulher que deveria ser a rainha dos mais poderos seres vivos. Como nós, adolescentes idiotas e totalmente despreparados, vamos lutar contra coisas mais poderosos que os próprios deuses?

𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZOnde histórias criam vida. Descubra agora