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O espírito esportivoestá em falta
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Os imbecis do Acampamento definitivamente precisam de novos conceitos sobre diversão e relaxamento. Veja bem, passei os últimos quatro dias e meio numa maldita missão lutando e correndo pela minha própria vida, aí os abençoados resolvem comemorar o nosso êxito como? Jogando um jogo mortal que vai nos fazer lutar e correr pela própria vida.
Capture a bandeira. Chego a ter arrepios só em ouvir esse nome.
── É um jogo simples, Verônica. ── resmungava Clarisse enquanto íamos na direção da casa grande, onde uma reunião sobre a missão e a profecia dos oito ia acontecer. ── Apenas tente sair do nosso caminho enquanto detonamos os outros chalés. E não morra.
── Pensei que esse jogo deveria aumentar o trabalho em equipe entre os chalés. ── rebati, tive de apressar o passo para acompanhar a marcha rápida dela.
Bom, levando em conta que estávamos em dois times a colaboração deveria ser a parte principal. Ajudar uns aos outros, trabalhar juntos, cooperar... coisas assim, sabe? Obviamente minha irmã tinha idéias bem contraditórias sobre isso.
── Pouco importam os outros, desde que sejamos nós a pegar a bandeira.
É, nada de espírito esportivo por aqui.
Vimos os conselheiros-chefes doo chalés parados frente à casa, alguns outros poucos campistas os acompanhando para sabe-deuses-onde Valdez queria nos levar. Ele dissera que precisava monstrar algo para todos, por isso essa reunião de última hora. E por esse mesmo motivo começamos a nos embrenhar na floresta que envolvia o acampamento.
Ao menos não haviam muitos mosquitos, e a única preocupação era a de não pisar na raiz de nenhuma árvore ── as driades conseguiam ser assustadoras quando irritadas ── ou amassar alguma muda de arbusto.
O saltitante Garoto em Chamas parecia bem alegre, como quem ganha o presente que queria no natal. Cada pessoa cochichava com algum amigo, discutindo quais seriam as incríveis novidades mostradas pelo latino. Eu, como nunca gostei de apenas especular, sai de perto de Clarisse ── que agora conversava com Cris, o namoradinho fofo dela ── e parei ao lado dele.
── Vai trazer outro robô gigante capaz de salvar nossas bundas? ── percebi no exato segundo que as palavras saíram da minha boca que tinha feito merda.
Obviamente ele não tinha superado a perda do Banguela ── nem eu tinha, para dizer a verdade ──, e trazer esse assunto a tona era a pior das idéias. Parabéns, Verônica, por ser uma completa cretina.
── Certo, falei merda, ignore. Eu costumo fazer muito disso. ── resmunguei, torcendo para Zeus mandar um raio na minha cabeça e me fulminar ali.
Como resposta, um trovão soou alto no céu.
Certo, era figura de linguagem, vovô. Acalma o facho ai que eu sou nova demais para ir para a cucuia.
── Tudo bem. ── ele olhou para trás por um momento, antes de rir baixinho de algo. ── Deveria me preocupar com o olhar matador da sua irmã? Porquê aposto todo meu dinheiro na teoria dela estar planejando formas de cortar meu lindo pescocinho.
Repeti o gesto, virando o pescoço rápido o suficiente para sentir uma pontada de dor. A Poderosa Chefona realmente lançava olhadelas nada discretas ── e amigáveis ── na direção dele.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fanfiction・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...