LV.

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Tietes, Taylor Swift e
a grande frase do seu
Omar
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Sabe, meu dia já não estava sendo um dos melhores antes mesmo de sermos perseguidos por ninfas tietes malucas.

Encontros com deusas piradas parecia ser só um efeito colateral estranho da vida dos semideuses, suponho que já esteja até mesmo acostumada. Bom, ao menos quando elas não tentam deixar claro o quão inútil e sem relevância eu sou para a missão.

Sim, sim, por esses e outros motivos que Nêmesis é a deusa da vingança e não da autoestima.

Continuamos andando naquela estranha ilhazinha, procurando o bendito pedaço de bronze celestial que parecia, na realidade, estar escondido no quinto dos infernos. E para melhorar nossa situação, nenhum de nós estava com o mínimo ânimo para continuar essa droga de busca.

Para falar a verdade, cogitei a opção de sentar no chão, fazer birra e só ficar esperando os dois irem buscar o bendito metal sozinhos. Obviamente não fiz isso, a última coisa que preciso hoje é mais um motivo para servir de estorvo na missão.

O Garoto em Chamas, andando apressado ao meu lado, tinha tentado chamar minha atenção com olhar duas ou três vezes nos últimos quatro minutos. Resolvi ignorar isso da mesma maneira que ele me ignorou quando tentei segurar as mãos dele pouco tempo atrás. E, bem, eu sei que essa está longe de ser a mais madura das atitudes, mas guardar rancor é algo extremamente fácil para os filhos de Ares ── o defeito de grande parte dos meus irmãos é esse, embora ache que não sou rancorosa o suficiente para isso ──.

Além dos mais, sinto que nenhum de nós dois está num clima muito bom para conversas.

Nem mesmo Hazel, que aparenta ser um docinho de menina, tinha conseguido mudar a expressão fechada que ganhou desde a conbersa com a Motoqueira Fantasma.

Grunhi sozinha ao notar que o terreno a frente, embora cheio de grama alta e arbustos, era praticamente feito apenas de terra solta. Os saltos da minha botinha afundaram uns quatro centímetros no primeiro passo e o equivalemte ao deserto do Saara em grãos de areia entrou nela. Em outros momentos, definitivamente o pequeno incidente não me incomodaria ── eu literalmente fiz uma visitinha ao esgoto usando saltos! ──, porém, entretanto, todavia ── sim, a escritora dessa fanfic de merda sabe usar conjunções, uau ──, como já disse alguns parágrafos atrás: meu dia está sendo péssimo e qualquer coisa vai servir para piorar o ânimo quase nulo.

── Nós temos que continuar ── Valdez falou, para ninguém em especial, apontando a direção onde a placa de metal deveria estar. ── Eu me pergunto o que Nêmesis quis dizer sobre terminar antes da escuridão.

Aproveitei o momento em que ele disse isso, quando eles pararam, para me jogar no chão. Não, não vou fazer birra. Não agora pelo menos. Provavelmente quando voltar ao Argos, encontrar Judith e arrastar a cabrita-sátiro para minha cabine. Se for para surtar, vai ser me jogando na cama como naquelas cenas de filmes adolescentes clichês, com direito a grito abafado no travesseiro e um montão de comida gordurosa que faria minha treinadora de ginástica querer comer meu fígado.

Certo, drama, drama e mais drama.

Na verdade, apenas usei a pequena pausa para tirar a bota, batendo com a mão nela e tirando o máximo de areia que consegui.

Hazel olhou para o sol, que estava tocando o horizonte. Os cachinhos dela brilhando sob a luz.

── E quem é o garoto amaldiçoado que ela mencionou? ── perguntou ela.

𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZOnde histórias criam vida. Descubra agora