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𝐨𝐧𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐬𝐜𝐮𝐛𝐫𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚
𝐚𝐦𝐢𝐠𝐚 𝐭𝐞𝐦 𝐩𝐞𝐫𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐛𝐨𝐝𝐞
⊱⋅ ──────────── ⋅⊰Suada, cansada, confusa e prestes a morrer.
Parece algo exagerado, eu sei, mesmo assim nunca encontraria palavras melhores para descrever minha atual situação.
Veja bem, estava eu e minha fiel escudeira andando calmamente pelo shopping, ambas de buchinho cheio de carboidratos comidos na praça de alimentação, quando vi uma vitrine magnífica cheia de roupas novas. Obviamente, o cartão de limite quase infinito coçou para ser usado. Judy reclamou muito, porém ninguém seria capaz de tirar Verônica Rose Beauregard daquela loja sem antes esvaziar os cabides e estourar o limite do cartão.
A atendente era uma fofa, atenciosa e com um senso de moda incrível. Underwood franzia o senho diversas vezes, mexia no nariz e reclamava de um suposto cheiro que fui incapaz de sentir. Coisa de maluca, só pode, ou talvez fosse um pretesto para irmos embora.
Tudo bem, existia algo estranho naquela mulher - provavelmente o pedaço de feijão preso no dente que me impedia de encarar o rosto dela.
— Vamos sair daqui logo, você nem precisa desses sapatos caros e roupas extravagantes. — sussurrou baixinho. — A metade delas ainda tem a etiqueta e nunca foram usadas.
— Verão passado, Honey. Modas mudam tão rápido quanto as estações, aquilo lá é antiquado.
— É sério, Ronie, sinto que algo vai dar muito errado. — puxou delicadamente meu pulso.
Se tivesse ouvido os conselhos dela, provavelmente teria evitado vários problemas futuros.
— O que pode dar de errado em fazer simples compras?
Obviamente, você nunca deve dizer essa pergunta, geralmente o universo entende a frase como um “ Estou entediada, minha vida está muito boa, mande um problema pra foder minha existência e me fazer pensar em pular de um penhasco.”
Ai eu respondo, pessoa com quem converso na minha imaginação: se algo pode dar errado, tenha à certeza de que vai dar errado. Muito errado.
Passava minhas infinitas compras no caixa, Judith segurava algumas delas enquanto eu vasculhava minha bolsa procurando o lugar onde coloquei o cartão. Com o objeto em mãos e tendo pagado a pequena fortuna em mimos - talvez um pouco desnecessários, confesso - saímos do lugar, pretendendo ir ao estacionamento encontrar meu motorista para guardar as sacolas.
Lá pelo meio do caminho senti a garota ao meu lado puxar meu braço, ela olhava de um lado à outro de forma paranóica.
— Pelo amor de Cher! Pare de agir feito maluca Judy, daqui a pouco alguém vai perguntar de qual hospício eu te tirei. — tentei tirar o braço dela do meu, em vão.
Descíamos a escada - nunca mais voltaria naquele shopping chinfrim que não investia em manutenção dos elevadores - quando uma voz estranha falou:
— Escute sua amiga Judy, Ronie . — uma mulher falava, tom rouco e ameaçador detectado. — Deveriam ter saido o mais rápido que podiam, porém é tarde agora. Uma verdadeira lástima.
Era a vendedora da loja, nos mesmos trajes de antes, mas agora estampando um sorriso que mostrava todos os dentes - inclusive o pedaço de feijão. Ela carregava uma bolsa laranja com um buldogue dentro.
— A senhora deveria estar na loja, certo? O horário de almoço começa cedo aqui — perguntei soando inocente e casual. — Ouve algum problema com o cartão? Tenho outro guardado, posso pagar por todas as roupas da lojinha, acredite.
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𝐓𝐇𝐄 𝐄𝐈𝐆𝐇𝐓𝐇 𝐂𝐀𝐍𝐃𝐋𝐄 ▪ LEO VALDEZ
Fiksi Penggemar・.。.:*・Verônica adorava sua vida, aos quinze anos possuia tudo que uma garota da sua idade sonhava. Tinha pais carinhosos e amigos, uma cobertura enorme numa área rica da cidade e mais roupas do que poderia vestir. Porém, quando teve de correr de um...