P.O.V Namjoon - Parte 2 (fim do pov)

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(Quebra de tempo)

Horas se passaram naquela reunião, nós haviamos chegado um tanto atrasados, mas os meninos tinham segurado bem a situação até que eu aparecesse. No final, fechamos um acordo com a outra gangue e resolvemos as questões dos tráficos de armas também.

Como sempre, tínhamos acabado tudo já no início da noite, o ar quente do entardecer da cidade havia sido substituído por uma brisa fresca, quase imperceptível, o sereno da noite já começava a umedecer as folhas das árvores e os postes da rua iluminavam o caminho até o fim.

Apenas o pensamento de chegar em casa e ver Eun Mi já cobria o meu coração de ansiedade e me fazia sorrir, mesmo contra minha vontade. Engolindo em seco, pus a mão no bolso, apertando a pequena caixinha com as alianças, hoje o dia estava perfeito para eu abrir meu coração completamente para ela.

Jack: Hey, quem banca a balada hoje? Jin hyung? – Jackson fala de repente, me fazendo olha-lo confuso. O homem piscou para mim e sutilmente olhou para o meu bolso, não foi preciso pensar muito para eu perceber que sua idéia era me deixar sozinho com Eun Mi.

Jin: Já paguei da última vez. Hoje fica na conta do Bambam. – Disse o mais velho, encostado em seu carro.

BB: Nada disso, hoje é do Taehyung! — Bambam, por sua vez, tirou seu bolso do caminho da falência.

Todos eles reunidos em qualquer festa que fosse, acabaria em uma conta altíssima que doeria no coração e bolso de qualquer trabalhador. Não que dinheiro fosse problema para nós, mas o tanto que eles gastam com bebidas em festa é de se admirar que ainda tenham fígados.

Taehyung: Não é minha vez nada, da última eu estava em missão e não fui para a festa.– Taehyung comentou, abrindo a porta do carro e sentando no banco do motorista, deixando a janela aberta para continuar ouvindo tudo.

Jack: Gente, sinceramente? Somos homens adultos, vamos resolver isso da melhor maneira.– O loiro chamou a atenção de todos já que cada um iria passar o problema para o outro e essa discussão não acabaria nunca.– Pedra, Papel ou tesoura, melhor de três, quem perder paga a noitada.

Uma risada baixa saiu de meus lábios assim que ouvi a solução de Wang, era incrível como ele conseguia ser uma criança as vezes.

Como se eles fossem idiotas de seguir essa idéia...

Quando percebi, a minha frente, os homens estavam em uma roda jogando pedra, papel ou tesoura a mando de Jackson.

É claro que eles são....

NJ: Enquanto as crianças estão brincando, eu vou para casa. Preciso resolver algumas coisas.– Falei para eles, apenas entrando no carro e ligando o veículo. Eles rapidamente se viraram para mim e fizeram reverência antes de eu dar partida no carro.

Eles sabiam que eu não gostava de estar em lugares tão barulhentos, quentes e cheio de gente. Eram poucas as vezes em que fui com eles curtir a noite e apenas ia em ocasiões muito especiais, geralmente trabalho, fora isso eu preferia ficar em casa.

Giro a chave do veículo, que acorda com um barulho alto do motor e logo saio em direção a nossa casa. Por influência da ansiedade, não conseguia parar de batucar meus dedos no volante em nenhum momento, meus lábios eram maltratados por meus dentes e vez ou outra um suspiro fraco se manifestava.

Eu estava ansioso para vê-la, não sabia exatamente o que falar e nem como falar para ela que a queria ao meu lado mais que tudo no mundo, da última vez apenas havia falado o que estava guardado em meu coração e esperava que hoje fosse igual. Nunca fui muuto aberto em relação aos meus sentimentos e nem nada com relação a mim, mas, Eun Mi me fazia querer falar, eu queria estar sempre ao lado dela lhe contando sobre tudo, apenas para ter o prazer de ver a garota fazer um de seus comentários ou apenas rir de algo que achou engraçado. Com ela eu me sentia completo e seguro, nunca tinha sentido algo tão forte por outra pessoa e de início isso me assustou bastante ao ponto de eu querer manter certa distância dela, mas é óbvio que falhei nisso pois a cada dia que passava eu queria estar ao lado dela.

Um sorriso fraco brotou em meus lábios e ao sair de meus devaneios, percebi que estava apenas parado na frente de nossa casa, olhando em direção a janela do quarto dela. Em meus devaneios, não percebi que a casa inteira estava em completo breu o que era estranho já que a garota sempre deixava as luzes acesas.

Com o cenho franzido, atravessei calmamente o jardim e parando em frente à porta de madeira respirei fundo antes de por a chave na fechadura e abrir. A sala estava escura e a casa estranhamento silenciosa e quanto mais eu entrava, mais estranho eu me sentia.

NJ: Eun Mi? – Chamo pela garota e espero alguns segundos para receber uma resposta, mas ela não veio. Liguei a luz da sala e fui para a cozinha, ligando ali também.– Mi? – Chamo novamente, mas não ouvi nada além dos grilos ao lado de fora da casa.

Engolindo em seco, fui a passos rápidos até a escada, indo em direção ao segundo andar. Procurei pela garota em meu escritório, seu quarto, banheiro, sótão e até mesmo no porão, mas não a encontrei em nenhum lugar. Minhas mãos estavam suadas e meu coração batia tão forte que não iria me surpreender se ele saísse pela minha boca agora.

NJ: Onde você está, onde está? – Questiono para mim mesmo em voz alta, enquanto olhava pelo meu celular o localizador do celular da garota mas nem mesmo aquilo pode me informar onde a menina estava.– Merda, merda, merda!!!

Bati minha mão contra a parede de pedra ao meu lado e logo em seguida liguei para Jackson, Eun Mi havia sumido e algo dentro de mim estava me alertando que bem ela não estava. Para piorar a minha pouca saúde mental, foi preciso ligar para Jackson três vezes até que o homem atendesse.

Jack: Romeu, o que aconteceu? Levou um pé na bunda? – É a primeira coisa que ele diz quando atende, o sangue em meu corpo ferveu em raiva pura. Meu humor estava péssimo para piadinhas.

NJ: Cala a boca, porra!

Jack: Romeu, Romeu, o que aconteceu? Ih, rimou! – O homem riu alto fazendo algumas garotas, que provavelmente estavam se aproveitando deles, riram junto.

NJ: Seu merda! Eun Mi sumiu e eu juro por Deus que se vocês não estiverem aqui em menos de 15 minutos eu vou arrancar a maldita língua de cada um e dar para os cães de rua! – Gritei para ele que pareceu se engasgar com algo que bebia. O som alto da música se fazia presente ao fundo, misturada com certas risadas das quais eu conhecia bem junto com outras que eu não fazia a menor idéia.

Jack: Logo estaremos aí! – Ele disse e eu encerrei a ligação, voltando a abrir o aplicativo do localizador tentando novamente achar a menina, mas obviamente falhando.

Horas mais tarde

Após a ligação que fiz para Jackson, em dez minutos todos estavam entrando as pressas pela sala e indo direto para a sala de reunião. As horas seguintes foram apenas tentando achar Eun Mi, rastreamos o carro que a levou para casa de Seulgi, alguns dos meninos procuraram pelos habituais locais de Seungri, mas por horas não tivemos mais respostas. Até aquela ligação.

Após vibrar em meu bolso por um tempo, atendi meu celular sem nem mesmo olhar para a tela, não estava afim de papo furado com quem quer que fosse, eu precisava achar minha menina. Depois de esbravejar com quem me ligava, eu então ouvi a voz suave que eu tanto queria escutar, o doce timbre da menina que mesmo naquela situação parecia permanecer a mesma calma. Parei de andar de um lado para o outro dentro do quarto imediatamente e apertei com força o copo que eu segurava na outra mão.

Ao falar o nome da garota, todos os homens que trabalhavam sem descanso algum por horas ficaram paralisados por segundos, antes de perguntarem várias coisas ao mesmo tempo fazendo minha cabeça latejar mais do que já estava. Virando para eles com um olhar sério, todos se calaram mas ainda assim ficaram me observando falar ao telefone.

Seungri desligou na minha cara, fazendo uma súbita fúria crescer em mim e logo depois o copo em minha mão foi atirado com força contra a parede. Todos me olhavam assustados esperando alguma explicação minha, contei tudo para eles e com a ajuda de Taehyung é JB, planejamos a melhor maneira de pegar Eun Mi de volta sem aquilo acabar em tiro e morte, pois o risco era grande...para ela.

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