Capítulo 12

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GD: É claro que tem! Você não pode perder seu primeiro dia no quinto ano!

EM: Pai...*Quinto ano? Porquê ele acha que eu estou no quinto ano?*

GD: Eun Mi, vá tomar café! Você vai se atrasar.- Ele me pega no colo e eu percebo que meu corpo está menor, minhas mãos estão pequenas, meus cabelos estão cortados curtos. Ao me olhar no espelho percebo que eu sou uma criança!- *Mas essa sou eu... com 9 anos*

GD: Filha, antes de você ir tomar café, quero te mostrar uma coisa.- Ele me põe no chão, pega minha mão e me leva até o guarda-roupa. Ele abre as portas e tira algumas roupas, papai revela uma parede falsa com um compartimento dentro do guarda roupa embutido. *Isso sempre esteve aí?*

GD: Quando você estiver com 17 anos, quero que você se lembre deste lugar. Mas eu espero que você não precise se lembrar, quero dar isto...- Ele me mostra uma caixa de papelão, de tamanho médio, e a coloca dentro do compartimento e o fecha-...Pessoalmente. Se isso não acontecer e você tiver que se lembrar desse lugar Eun Mi, saiba que eu te amo muito.

EM: Eu também papai!- Sinto minhas pernas ficarem dormentes.

Olho para baixo e uma névoa cinza está envolvendo elas, papai segura minha mão e a beija.

GD: Eu te amo muito, okay?- Ele sorri com lágrimas nos olhos.

EM: Papai?- Minha visão está ficando escura.- PAI? PAPAI!- Eu grito ao perceber que não enxergo absolutamente nada.

GD: É hora de acordar, princesinha.- Ouço a voz dele quase Inaudível, novamente, tento gritar por ele mas nada acontece.

EM: PAI! AAAAAAAAAAAA!- Eu grito... De dor. Abro meus olhos e estou no...- Quarto do Namjoon? Mas por... Aaaaaa...- Minha barriga dói, eu olho e vejo uma bandagem um pouco suja de sangue grudada em mim. Tiro um pouco da bandagem e percebo um grande corte costurado.- Ótimo, isso vai fazer cicatriz...Mas eu preciso ir onde meu pai falou.

Levanto da cama com dificuldade e quando vou abrir a porta me vejode relance no espelho, percebo que minha boca esta com um corte no canto e ela estava inchada, meus olhos estavam roxos e vermelhos, minha blusa manchada de sangue. Eu estava irreconhecível.

EM: Não posso sair assim...

  Olho ao redor e vejo uma cômoda, vou em direção a ela e abro uma das gavetas. Havia várias camisetas masculinas brancas e pretas dentro dela.
   Abro a segunda gaveta e nela haviam calças Jeans, calças moletons e de outros tipos. Pego a de moletom escuro e vou para o banheiro.

Me visto com as roupas que escolhi, me olho no espelho novamente para ver o resultado que não havia ficado tão ruim

EM: Agora preciso cuidar dessa boca e desses olhos- Procuro novamente pelo quarto e acho um óculos escuros e uma máscara. Eu ponho eles em meus rosto. - Tô parecendo uma fugitiva da polícia. Agora é só sair daqui. *Mas como eu vim parar aqui?*

Abro a porta sem fazer barulho, olho de um lado e outro do corredor para ver se havia mais alguém aqui ao perceber que não, desço cuidadosamente as escadas, pois o ferimento ainda doía. Chego no fim delas e ouço vozes vindas do salão.

EM: Eu espero muito que vocês não percebam que eu saí.- Eu sussurro para mim mesma. Vou em direção a porta e abro-a com cuidado, sem fazer barulho.

Do lado de fora, percebo que estava amanhecendo. Coloco um dos tênis que estavam ali fora, ao me levantar sinto uma pontada forte vindo da minha barriga. Um dos pontos havia estourado.

EM: Ótimo, tenho que tomar cuidado com isso.- Ando em direção ao ponto de ônibus que havia ali perto. Pego um que vá para o bairro da minha casa... *Ainda posso chamar de minha? Eu acho que não.*

Chegando na parada, eu desço do ônibus e ando até chegar na antiga casa.

EM: Meu Pai. Essa é a minha casa?- Me surpreendo ao olha para a minha antiga residência que estava drasticamente diferente.

Na fachada dela havia um grande letreiro Neon escrito 'HOTLINE', uma música alta emanava la de dentro e homens bêbados estavam na varanda, acompanhados de lindas mulheres... Semi-nuas.

EM: Isso é um... Puteiro? Eles transformaram minha casa em um puteiro? É sério? Jesus.

Entro na minha antiga casa, se é quê eu posso chama-la assim, me deparo com mulheres totalmente nuas dançando em cima de mesas e homens de terno estavam sentados, observando.

EM: Isso é a visão do inferno.

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