Capítulo 32

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Sem falar mais nada, ele sai enquanto eu olho para a porta por onde ele havia passado e ido embora. Pego a toalha morna e aqueço minhas mãos geladas, subo as escadas para voltar ao quarto e então, fico lá, o resro da tarde.

Algumas horas haviam se passado e eu estava acabando de revisar as aulas, quando Namjoon entra no quarto e fica parado a porta, me observando. Me viro para o mesmo e o encaro.

EM: O que foi? Não cansa de admirar minha beleza? - Falo debochada e o loiro sorri revirando os olhos.

NJ: Você está a muito tempo aí. Vá comer, vá sair! Seja uma adolescente normal! - Ele entra no quarto, ficando ao pé da cama.

EM: Eu não sou uma adolescente normal. Prefiro ficar em casa. No quentinho. Na minha cama. - Eu falo pausadamente cada frase.

NJ: Minha cama, na verdade.

EM: Aish! Você me entendeu! - Reviro meus olhos para o mesmo que acaba rindo.

NJ: Vamos. Vou te levar a um lugar...

Eu confirmo com a cabeça e pego um casaco já que estava de noite e frio. Descemos as escadas e Namjoon me guia para a porta de trás e me leva ao quintal, quando a porta é aberta e uma lufada de ar frio se choca contra minha pele eu estremeço e puxo mais o casaco para mim.

EM: Onde estamos indo nesse frio?- Eu pergunto curiosa e um pouco arrependida por estar no frio ao invés do meu quarto quentinho.

NJ: Estamos indo ao meu lugar favorito da casa. 

É a única coisa que ele fala. Seguimos por uma estradinha de pedra enfeitada por pequenas luzes de cada lado, passamos por um arco de rosas brancas e por fim chegamos a um jardim cheio delas.

O cheirinho adocicado das flores me fazem sorrir pois me lembravam meus pais. Papai quase todas as noites levava um buquê de rosas brancas para minha mãe e a mesma, por mais que estivesse acostumada com esse presente, ela sempre esboçava um sorriso largo e feliz, cheirava as flores e beijava meu pai. Era sempre a minha cena favorita. 

Eu amava as rosas brancas e passei a ama-las mais ainda quando minha mãe morreu. Eu sentia como se ela ainda estivesse comigo todas as vezes que eu carregava uma rosa branca em minhas mãos, então, por isso eu amava aquela espécie de rosa.

Namjoon e eu nos sentamos em um banco preto de frente para as belas plantas. Não falamos nada, apenas ouviamos o soprar do vento e as cantigas dos grilos escondidos na relva. 

Após algum tempo ali sentados, Namjoon suspira pesadamente e sorri para mim. Devolvo seu ato com o mesmo gesto e então volto a admirar as rosas.

NJ: Seu pai foi quem as plantou. Todas elas... Uma por uma. - O quase silêncio da noite é quebrado por Namjoon.

EM: Sério? Não sabia que meu pai tinha talento para essas coisas! - Falo ainda olhando elas.

NJ: Ele tinha... Quase todos os dias ele vinha aqui, cortava algumas delas e fazia um buquê.- Ele fala sorrindo. - Depois de alguns anos ele parou de fazer isso, porém, continuou plantando elas.

EM: Quase todas as noites ele dava um buquê de rosas brancas a minha mãe... Quando ela morreu, ele deixou um buquê delas nas mãos da minha mãe. Aquelas pareciam ser as rosas mais bonitas que existiam no mundo! E infelizmente, foram as últimas que ela pôde segurar... - eu sinto meus olhos marejarem mas, ainda assim, sorrio - Quando papai morreu, havia uma rosa branca em suas mãos.

Ao falar isso, acabo chorando baixo. Lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto e caindo em meu colo. Namjoon ao meu lado me olhava triste e com pena. De repente, ele envolve seus braços em mim e me puxa para mais perto.

EM: Na-Namjoon? Por que você... - Eu tento falar mais sou logo calada pelo mesmo.

Namjoon, ainda me abraçando, fica cada vez mais perto do meu rosto, ele olhava para a minha boca e logo a beija. No primeiro instante fico perplexa e sem saber como reagir, mas logo retribuo.

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