Capítulo 52

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Saí do banco e comecei a caminhar, ainda eram três horas da tarde e meu encontro com Seungri era às cinco e meia. Fui para a praça que havia ali perto e me sentei rente a sombra fresca de uma árvore. 

Pego meu celular, verifico as mensagens, algumas de Seungri me lembrando do horário e local do nosso "encontro", suspiro fundo e procuro pelo aplicativo de localização e assim que o acho ponho o nome do restaurante que Seungri falou.

EM: Porra! Eu não acredito nisso. Por que no restaurante do Luhan?- Seguro o celular com força e começo a respirar forte, como se eu estivesse prestes a ter uma crise de pânico.

Fecho os olhos e tento regular minha respiração, aos poucos consigo me acalmar e voltar a respirar normalmente. Meu celular apita na minha mão, eu o desbloqueio e percebo que Seungri havia me mandado uma mensagem.

Capeta Lee~

SG: Mudança de planos, nosso encontro tem que ser agora! Encontro você lá ;)

Olho no relógio e vejo que ainda eram quatro horas da tarde, reviro os olhos logo me levantando do banco. Quanto mais cedo, melhor. Acaba mais rápido. 

Começo a andar até meu destino que era um pouco longe de onde eu estava. Caminhei pensativa o tempo inteiro e quando dei conta, eu já estava em frente ao restaurante. LU'S KREUTER como eu não adivinhei na primeira que era o restaurante dele? 

Respirei fundo e entrei, graças aos céus, Luhan não estava presente. Olhei para todos os lugares e logo avistei Seungri sentado me olhando sorridente, revirei os olhos e fui em direção a mesa dele, logo me sentei a sua frente e cruzei meus braços.

SG: Eu tomei a liberdade de pedir a sua comida, espero que você não seja alérgica a camarões.- Ele toma um gole de vinho.

EM: Corta todo esse papo e vamos direto ao assunto. O que você quer?

SG: Garotinha impaciente. Vamos esperar a comida chegar.- ele sorri para mim e eu continuo com meu olhar sério.- Você quer vinho?

EM: Não. 

SG: Ótimo, que bom que quer. Beba. - Ele põe o vinho na minha frente.

EM: Se você ia me servir de qualquer jeito, por que perguntou se eu queria? 

SG: Educação.- ele da de ombros. Antes de eu responder com palavras nada educadas, o garçom chega com a nossa comida. Ele me serve primeiro e depois serve a Seungri. 

EM: A comida chegou, agora, o que você quer?- Ele me olha enquanto da uma garfada em sua comida.

SG: Você é uma garota difícil, igual ao...

EM: Meu pai, eu sei. Fala logo antes que eu saia daqui, não estou com paciência para seus joguinhos.- Falei batendo minha mão com força na mesa.

SG: Eun Mi, garotinha impaciente, deixa eu lhe contar uma história.- Respiro fundo revirando os olhos.- Bom, era uma vez, cinco irmãos... Eles eram bastante unidos, os três mosqueteiros só que com cinco.- ele ri da própria piada e eu volto a bufar.- Eles sempre se ajudaram, nunca deixaram o outro de lado sempre foram muito ligados, sabe? Coisa linda de se ver. O tempo foi passando, os meninos crescendo mas nunca... Nunca mesmo, eles se separaram. Já na idade adulta, eles tinham uma gangue. - Arqueio uma sobrancelha para ele. - Sim, uma gangue. No início eram apenas eles, mas aos poucos, pessoas foram entrando na gangue. Em pouco tempo, eles haviam de tornado as pessoas mais perigosas da cidade. Todos temiam os Black skulls. Mas em algum momento, o mais velho foi se afastando aos poucos e todos achavam que era por causa de sua namorada da época.- Seungri agora olha para o além enquanto brincava com a boca da taça de vinho. Olho para seu rosto e vejo seus olhos negros, tristes e furiosos ao mesmo tempo. Pego a minha taça e bebo um pouco.- Certo dia, inesperadamente, o mais velho e líder da gangue anúncia que sua namorada estava grávida, obviamente, foi uma festa afinal de contas aquilo era mais que sua gangue. Era a sua família.- Seungri olha para mim friamente. Tento não parecer apavorada e então desvio o meu olhar para a comida, dando uma garfada e em seguida a pondo na boca.- Cinco meses haviam se passado, cinco meses em que o líder não aparecia. Nem mesmo seus irmãos sabiam dele. Após um tempo ele aparece e fala para o mais novo, seu braço direito, que precisava de ajuda e é claro que o ingênuo garoto o ajuda. Seu irmão precisava de terrenos para construir a casa onde ele viveria com a esposa e o bebê, o mais novo deu seus terrenos para o mais velho que saiu de lá jurando que o recompensaria depois.- Seungri da um sorriso amargo e toma mais um gole de vinho.- Meses se passaram e nenhuma notícia do líder, eles apenas sabiam que seu bebê tinha nascido e que era uma garotinha. Após um tempo de anos, os quatro irmãos descobriram que o mais velho tinha uma outra gangue, ele estava rico já que o mesmo trabalhava comprando terrenos baratos, os ajustando e os vendendo pelo dobro do preço da compra. O cretino havia abandonado sua família...- Reviro os olhos e pego minha bolsa, já tinha me cansado daquela história melodramática.

EM: Seungri, eu não sei por quê perdi meu tempo com você. - me levanto da mesa.- Isso não tem nada a respeito sobre a minha vida. Então, adeus. - Dou meu primeiro passo mas Seungri fala algo que me faz gelar.

SG: O líder dessa gangue era seu pai, Eun Mi.- Arregalo meus olhos e dou meia volta.- Kwon Jiyong ou, como ele gostava de ser chamado, G- Dragon. - Não falo nada, apenas fico parada em pé o encarando com cara de idiota.- E você, minha querida, Kwon Eun Mi... É minha primeira e única sobrinha! - Sinto minhas mãos gelarem e me jogo novamente na cadeira onde eu estava sentada.

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