Capítulo 53

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Seungri termina seu vinho e põe mais para mim e para ele. Pego a taça e viro todo o líquido em minha boca, engolindo tudo. Tento falar algo mas nada sai de minha boca, eram muitos pensamentos ao mesmo tempo. Eu, sobrinha de Seungri? Eu? Meu pai e Seungri eram irmãos, mesmo? Eu deveria está tomando vinho?

EM: Então...- Engulo seco.-... Papai era seu irmão e eu sou sua sobrinha.- ele assentiu.- E ele vendeu o seus terrenos?- Ele afirma com a cabeça.

SG: E como ele, infelizmente, faleceu... Você se tornou a herdeira de tudo o que era dele, inclusive....

EM: Seus terrenos.- eu falo baixo e ele aplaude sorrindo.

SG: Parabéns, você é esperta! Que orgulho da minha garotinha.- Ele finge secar uma lágrima.

 Sinto um arrepio em minha coluna assim que ele fala "minha garotinha", minha respiração fica desregulada e forte, minha testa estava molhada de suor e eu me tremia.

EM: E o que você quer?- Eu sabia o que Seungri queria, mas, ainda tinha o leve pensamento de estar me precipitando.

SG: Minha querida sobrinha, eu não preciso de mais nada além de meus outros terrenos... E o dinheiro que seu pai conseguiu com eles.- Seungri sorri.- Então, era por isso que ele havia ficado com a minha casa. Papai havia lhe dado de volta o terreno dele.

Ponho a mão na cabeça e fecho os olhos com força, com a esperança inútil daquilo ser um sonho. Não sabia o que fazer, eu ainda não tinha posse de nada, além disso, ele podia estar mentindo...

Respiro fundo e me lembro de Seulgi, abro minha bolsa, em seguida minha carteira e pego o cheque. Olho para Seungri que agora comia despreocupado.

EM: Seungri... Eu quero falar sobre Seulgi.- Ele para e me olha confuso. Suspiro e me ajeito na cadeira.- quero que a deixe em paz.- Ele ri apenas com o canto da boca, ainda me encarando.

SG: Eun Mi, meu amor. Ela me deve bastante ainda e não acho que vá conseguir pagar tão cedo.- Ele termina a garrafa de vinho enchendo a minha taça e a dele.- Nem indo para o trabalho ela está.

EM: Ela ainda está muito machucada! Você viu a situação dela, porra? - Falo betendo na mesa e fazendo tudo o que havia em cima dela pular.- Você não tem alma? Caralho, você é um lixo mesmo.

SG: É, eu sei. Fazer o que, né? - Ele dá de ombros.-  Mas não posso deixa-la ir. Ela ainda me deve serviços e cá entre nós, a garota tem talento para a coisa.- Sinto uma repulsa se apossar de mim, queria dar um tapa na cara dele ali mesmo, mas se o fizesse poderia piorar a situação de Seulgi, então, me mantive quieta.

Ponho o cheque na mesa e entrego a ele. Seungri me olha surpreso e logo sorri quando checa o valor que continha alí. Pego minhas coisas e finalmente me levanto, já não aguentava mais um minuto perto dele.

EM: Por favor, a deixe em paz. Isso é tudo o que ela te deve, certo? - Ele assentiu silenciosamente ainda com o sorriso nojento no rosto.- Você irá deixa-la ir?

SG: Bom, ela é uma das minhas melhores garotas...

EM: Eu lhe paguei o que ela devia! Ela já não precisa mais trabalhar naquele lugar imundo!

SG: Hey! Lá é limpo, okay? Vão fazer faxina duas vezes na semana.

EM: Foda-se. Você tem que deixa-la ir, Seungri!- falei alterando o tom de voz.

SG: Se acalme, minha sobrinha. Eu posso ser um lixo, um merda, um cara sem alma e etc mas tenho palavra. Eu irei deixá-la ir, sim. 

EM: Ótimo. Não tenho mais nada para tratar com você. - Começo a andar em direção a saída e antes que eu abra a porta, Seungri fala.

SG: Nossa conversa ainda não acabou, pequena. Vamos nos encontrar novamente e resolver tudo.- Seguro a maçaneta com força e abro a porta, saindo logo em seguida.

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