Capítulo 14

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Sg: Pega, veste isso. Melhor que andar só de sutiã.

EM: Obrigada.- Visto a camisa, que por incrível que pareça, serviu muito bem em mim.- Seulgi...

Sg: Não. Nem pensar. Não quero sua compaixão nem essa sua cara de dó! Eu sei bem o que eu estou fazendo... Acredite.

EM: Tem certeza? Você está aqui por vontade própria?

Sg: Não... Mas você não precisa saber disso. Pega esse dinheiro e volta... Para qualquer lugar de onde você veio.- Ela me entrega um bolo de dinheiro e abre a porta.

EM: Mas tem muito aqui...

Sg: Não importa. Vai Eun Mi... Ele ja deve estar voltando.- Concordo com a cabeça e saio do quarto, para a minha sorte, a saída era perto do quarto dela.- Graças a Deus...

Xx: Amém!- Ouço uma voz grossa atrás de mim e uma mão pesada no meu ombro- Onde pensa que vai, garotinha?

Olho para trás e percebo que quem estava falando era o TOP, um dos cafetões.

EM: Menino, acabou o estoque de camisinha. Tô indo comprar mais!

TOP: Olha só, ela gosta de afrontar. Vem aqui, o Seungri está te procurando!- Ele aperta meu braço e eu dou um leve gemido de dor. Ele me puxa mas eu dou um chute no meio das pernas dele.

EM: Desculpa meu anjo, mas eu preciso ir para casa. Fica para a próxima, beijo.- Mando um beijo para ele e o mesmo me xinga em resposta. Eu o ignoro e saio, praticamente, correndo. 

Do lado de fora o sol já estava iluminando o céu, uma brisa fresca soprou meus cabelos e eu percebi, que durante a noite toda, essa foi a primeira vez que eu consegui respirar realmente aliviada.

Ando até a parada de ônibus pensativa, tudo foi muito rápido, muita informação.

EM: Minha vida está um loucura.- Sussurro para mim mesma apertando a caixinha, que estava em meu colo.- Papai, o que você tanto aprontou?- Ouço vozes altas ecoando de algum lugar, procuro a fonte delas e percebo que três homens de terno preto estavam vindo.

Não sei porquê mas senti que estavam a minha procura. Fiz parada para um ônibus qualquer e entrei, sentei ao lado da janela observando eles.

 O ônibus começa a andar, e para a minha alegria, sem perceber eu havia entrado no ônibus certo. Desço no ponto e ando até a casa deles, o corte começa a doer e eu percebo que ele estava sangrando.

Ando mais apressada e finalmente chego na porta da Mansão. Respiro fundo e abro a porta que, por incrível que pareça, estava destrancada.

 Silêncio... Nada mais que silêncio. Procuro eles nos quartos e na cozinha. Nada. Um barulho ecoa do salão, uma voz específica se sobressai de todas elas... Era a voz dele... A voz do Namjoon.

NJ: PORRA, COMO UMA MENINA, FERIDA, QUE ESTAVA SOB EFEITO DE REMÉDIOS, CONSEGUE SAIR DE UMA MANSÃO QUE ESTAVA COM DEZ DOS QUATORZE HONENS? ME EXPLIQUEM! E AGORA NINGUÉM SABE ONDE ELA ESTÁ!- Ele grita batendo na mesa, o caos estava instalado naquele quarto. Os meninos estavam de cabeça baixa e pensativos, apenas aceitando os sermões que Namjoon estava dando.- VOCÊS VÃO FICAR CALADOS? OU VÃO TENTAR PROCURAR ALGUMA FORMA DE ACHAR ELA? HEIN?- Ele bate na mesa mais uma vez, assustando-os. Não aguento mais ver isso. Tudo por minha culpa.

EM: Namjoon, eu estou bem aqui!- Eu abro a porta surpreendendo a todos. Eles me olham confusos e ao mesmo tempo... Aliviados?- Namjoon, de manhã cedo e você já está gritando? Eu hein. Da uma folga, amigo.

NJ: ONDE VOCÊ ESTAVA?- Ele grita mais uma vez, só que comigo. 

EM: E-eu...- Ele apertou o braço que segurava a caixa.

NJ: VOCÊ ESTA BEM? ME RESPONDE!

Jack:NAMJOON PARA!- Jackson grita- Olha...- Ele aponta para mim e todos me olham. Percebo que a blusa estava com uma mancha escura. Era sangue.

Por algum motivo sinto minha visão ficar turva, meu corpo fica frio e eu tenho a sensação de estar caindo em um abismo... Um abismo de escuridão e silêncio.

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