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Malu 🌙

Cheguei abraçando ele por trás e coloquei a cabeça em seu ombro, sentindo ele me olhar de lado e sorrir, puxando meu corpo pra sentar ao lado dele.

Malu: Como você tá, amigo? - Cruzei as pernas me ajeitando.

Kaká: Tô bem preta, e você? Tá como?

Malu: Tô bem. Você tá com a Alicia é? - Falei toda curiosa.- Mas você não gostava da Vivi?

Kaká: Deixei de gostar de onde? Só tô distraindo minha mente com a Alicia, ela sabe, a gente só tá num rolo sem compromisso. Mas de qualquer jeito, cansei de ficar disponível pra Vivi.- Balancei a cabeça.

Malu: Então tá tudo bem se ela ficar com outro também né? - Ele me encarou.

Kaká: Do mermo jeito que eu não quero que ela abra o bico pra falar dos meus rolos, não abro a boca pra falar dos delas. Fico chateado né parceira, mas otario num da pra ser.- Eu balancei a cabeça.

Guga: Ei, bora pra casa.- Falou puxando meu cabelo e sentando do meu lado.

Malu: Você sabe que hora é? - Peguei meu celular, mostrando a hora pra ele.- Isso mesmo, duas da manhã.

Guga: Tá trabalhando com hora agora? Sabia não.- Pegou o celular da minha mão, me fazendo bater na coxa dele.- Qual a senha?

Malu: Maluzinha 02.- Brinquei, vendo ele fechar a cara aos poucos.- Quer pra que?

Guga: Olhar os bagulhos, tá escondendo alguma coisa? - Eu apenas rir.

Malu: Vem com essas graças pro meu ladinho não.- peguei meu celular da mão dele, vendo ele se levantar virando a cara e eu ri.

Kaká: Tá bem ein, amiga.- Gastou com minha cara e eu olhei pra ele negando.

Malu: Tu acha que ele ganha na marra pra mim? Perde a postura em cinco minutos.- Me levantei ajeitando meu short e indo atrás dele que tinha encostado na grade.- Oie.

Guga: Tô de graça contigo? - Virou me olhando de cima abaixo.

Malu: Tá sim, se não tá quem que vai ficar? - Cruzei os braços.- Deixa de besteira.

Guga: Fica nessa ideia aí po, se tu tá tirando comigo uma hora eu descubro.- Fechei a cara.

Malu: Então fica no teu achismo aí gato, vai longe.- Dei as costas e ele segurou minha cintura com força, me arrastando pra trás.- Ou pede desculpas, ou me solta.

Guga: Vai morrer esperando isso.- Segurou meu pescoço, falando no meu ouvido.

Malu: Eu vou dormir na minha casa se você não me pedir desculpas por falar merda.- Manti minha postura e ele me soltou.- Não tô brincando.

Guga: A gente conversa em casa.- Neguei.

Malu: Não vou pra casa agora.- Ele me olhou dos pés a cabeça e veio segurar minha cintura novamente na intenção de me beijar.- Tá achando que eu tô bolada de caô é?

Guga: Tá bolada com o que, Maria?

Malu: Você falar como se eu fosse uma otaria que tá brincando com você.- Falei chateada real.- Desconfiando das coisas.

Guga: Quem não deve, não teme. Não é esse o ditado?

Malu: Não é essa a questão, é a minha privacidade e o fato de você não precisar de ter uma senha pra confiar em mim. Eu mexo nas suas coisas?

Guga: É diferente, bagulho não tem nada haver um com outro.

Malu: Se trata de você querer ter o controle sobre tudo, mas não é assim. Se não confia em mim, tá comigo pra que cara? - Eu tinha certeza que tinha feito uma cara de triste, porque ele mesmo me olhou de forma diferente.

Guga: Tá ligada nos bagulhos que eu mexo, nas pessoas que eu convivo, confiar nunca foi um bagulho fácil pra mim. Mas se eu tô contigo é porque eu confio, Maria luiza. Não é olhando teu celular que eu vou te mais confiança, é que se tu não tem nada pra esconder porque tu não quer mostrar?

Malu: Eu não me sinto confortável nessa ideia! Pra mim Gustavo, duas pessoas quando se tornam um casal elas a partir daí começam a viver em duas vidas, a primeira é ela mesma e a segunda, é a vida de casal.

Guga: Se a gente tá junto a gente divide altas paradas, tá ligado? - Me olhou no olho.- Tu tem acesso a minha casa, pra mim isso é um bagulho de total confiança. Se ligou? Nossa mente é diferente em relação a isso.

Malu: É, tá tudo bem ser diferente, a gente não precisa concordar em tudo. Mas a gente precisa chegar em um denominador comum pra poder conviver.

Guga: Não vai ser no camarote de um baile que a gente vai resolver essa parada.- Eu olhei em volta, soltando um riso.

Malu: Eu não quero ir embora agora.- Ele se afastou um pouco.

Guga: Eu tô cansadão, amanhã tem pagode a gente fica até tarde lá, pode ser? - Respirei fundo e ele olhou o relógio no pulso.- Três horas a gente mete o pé.

Malu: Tudo bem.- Sorri fraco e abracei o pescoço dele.- Eu gosto de você.

Gustavo me olhou balançando a cabeça e eu revirei os olhos vendo ele me beijar, logo soltei ele e quando olhei pros lados pude ver a Sara encarando a gente, senti um beijo na cabeça e ele me afastando de si e indo pra perto de uns moleques que pareciam tá discutindo sobre algo, eu logo fui ver se a vivi já tinha parado de beijar o menino que o Guga colocou de segurança e aproveitei que eles tavam só conversando pra descer a ficar com eles.

Sob Pressão Onde histórias criam vida. Descubra agora