Sob Pressão

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Malu 🌙

Rato: Alguém já te contou como começa e termina as histórias das fiéis do Guga? - Falou após um tempo em silêncio, eu estava sentada no sofá e na sala estava nós quatro.

Eu, ele, Lipe e o Segurança do Guga. Eu estava sentada no sofá e o resto em pé pelos cantos da sala.

Malu: Não, eu não faço questão de viver pelo passado.- Ele riu.

Rato: Ele não te contou que a Sara era igual a você? Começou como fiel, todo esse caô, o mermo que contigo aí.- Olhei pro Lipe de lado e ele desviou o olhar.- Mas no final, sabe bem onde a Sara tá né?

Malu: Talvez só não tenha sido sentimento o suficiente pra segurar um relacionamento.- Ele riu.

Rato: Com todas o mesmo ciclo, né? Thaís, Sara, Gabriella... O meu filho nunca erra, namora, separa e volta como ficante, até enjoar e achar outra melhor.- Me encolhi escutando os tiros.- Com você não vai ser diferente.

Malu: E o que você ganha com isso? - Encarei ele.

Rato: Eu? Nada. Só acho interessante a forma que ele brinca com as mulheres, aprendeu comigo.- Neguei com a cabeça respirando fundo.- Ele já te contou de quando ele matou a Gabriella?

Lipe: Ou, qualfoi cara.- Chamou atenção dele.- Deixa esse assunto quieto.

Rato: Tu não acha que ela como fiel, deve saber que ele mata ela em qualquer ameaça sobre o morro? - Olhou pro filho e depois pra mim.- É simples, qualquer coisa que faça ele ter que escolher entre você e o morro, você morre. Foi assim com a falecida Gabi.

Malu: Infelizmente não posso fazer nada por você.- Sorri fraco desviando o olhar e ele veio na minha direção.

Rato: Ele já disse que ama você? - Segurou meu rosto.- Não? Porque a Gabriella foi a única mulher que escutou isso dele, mesmo assim ele matou ela, imagina você.

Tatu: Guga não gosta que encostem nela.- Falou me puxando pelo braço pra se levantar e arrastou uma cadeira pra mim.- Ordens dele, pra qualquer um ficar distante.

Ele me olhou com tanto ódio no olhar e eu não entendia o porquê, Rato foi saindo da sala mas antes cuspiu no chão, próximo ao meu pé o que me fez ter nojo e encolher.

Malu: O que eu fiz pra ele, cara? - Olhei pro Tatu que negou.

Lipe: Ele é assim com todo mundo, não fica nessa de bater cabeça com as atitudes dele não.- Falou do canto da sala.

Malu: Que história é essa dessa Gabriella? - Perguntei pra ele.

Lipe: Tu sabe bem pra quem deve perguntar.- Encarei ele dos pés a cabeça.

Malu: Sei nem porque eu tô falando contigo, eu hein.- Virei a cara escutando o tatu rir.- aonde tem água?

Tatu: Pego pra tu, dona.- Falou saindo da sala e me deixando sozinha com o Lipe, o que me fez revirar os olhos.

Malu: Por que tu não tá lá fora? - Falei de cara fechada.

Lipe: Tô com ponto, posso fazer esforço não.- Levantou a blusa, mostrando a barriga.- Levei um tiro.

Malu: Se tá vivo, quem atirou não fez nada.- Murmurei e ele riu.

Lipe: Esse ódio até quando?

Malu: Até quando puder, você foi um babaca comigo. Me conhecia bem, Felipe! Eu já tinha falado, não tinha problema em você ficar com outras, eu não ligo porque são ações recíprocas. Mentir pra mim e me fazer de palhaça é demais com tanta liberdade e conversa que a gente teve.- Ele negou.

Lipe: Te queria só pra mim, mas queria ser de todas. Nunca viu igual? - Debochou e eu fiquei calada.

Tatu apareceu com uma garrafa de água e eu tomei, passou muito tempo até o Guga chegar de cara fechado e puro estresse, só me arrastou pra moto e fomos pra casa, não tive tempo pra nada porque ele tomou banho e foi direto dormir, eu fiquei na sala rodando os meus pensamentos mas logo fui tentar fazer alguma coisa pra comer na hora da fome.