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1 ano depois.

Malu 🌙

Olhei pro Gustavo que me encarava dos pés a cabeça e estendi o papelzinho, aquilo que mudaria minha vida de tantas formas que seria inexplicável. Meu namorado, causador de quase tudo lia aquilo numa seriedade que me fazia ter vontade de rir, principalmente quando ele se jogou em cima de mim me abraçando.

Guga: Eu vou ser pai de novo porra, piroca de metal, só trazendo os filhos mais bonitos pro mundo.- Gritou me agarrando e eu sorri fraco, vendo ele me olhar e colocar meu cabelo pra trás da orelha.- Você vai ser a mamãe mais gata do mundo caralho.

Malu: Eu tô sem reação pra isso.- Encarei ele que ainda sim, não tirou o sorriso do rosto.- Isso muda muita coisa das nossas vidas, amor.

Guga: Mas a gente tá no bagulho juntos, preta.- Beijou meu rosto novamente e eu fechei os olhos.- Eu queria tanto um filho contigo po, olha aí.

Malu: Início do resto das nossas vidas juntos.- Abrir meus olhos vendo ele me encarar com a cara de emoção e eu sorri.- Nós vamos ter um filho, Gustavo!

Ele voltou a sorrir de orelha e orelha e me beijou, me pegando no colo e me levantando do sofá. Envolvi minhas pernas na sua cintura, abraçando o seu corpo e beijei sua bochecha enquanto sorria. Por longo tempo fiquei abraçada com ele, me acalmei e depois surtei, eu queria tudo perfeito pra cada mês do bebê, o Guga nem se fala.

Mal conseguimos dormir porque passamos a noite surtando, de manhã me levantei muito cedo e fui pegar o Fael em seu quarto, passei a manhã conversando a brincando com meu irmão até meu pai chegar em casa, Guga desceu minutos depois e aí lançamos a braba. De começo meu pai reclamou, falou que eu ainda tinha tanta coisa pra pensar antes de um filho, assim como eu concordava. Mas não deu dois minutos pra ele tá fazendo planos, feliz com um neto e dizendo que me ama, o que me confortou.

Guga: Tenho que ir resolver uns bagulhos no morro.- Falou após um tempo, beijando meu pescoço, porém eu estava atenta em brincar com o Fael.- Que cara é essa? Tá pensando no que teu coroa falou?

Malu: Eu estava lembrando da Vivi e do Bernardo.- Olhei pro Guga.- A gente tinha um pacto, quem fosse mãe ou pai primeiro, tinha que dar cem reais pros outros dois.- Ele riu.- A gente tinha tanta coisas juntos sabe? Tipo, crescermos juntos, planejamos tudo juntos e hoje em dia, um não olha mais na cara do outro.

Guga: Mas assim, tu tentou falar com os dois. Não dá pra ficar tentando se encaixar aonde não te querem.- Passou a mão na minha coxa e eu segurei sua mão.- Quer que eu fale com a Vivi?

Malu: Não, na verdade não quero que a gravidez saia daqui. Pelo menos até os três meses, quero só entre nós três.- Ele concordou.- Eu te amo muito.

Guga; Eu amo, mas nem tanto assim.- Beijou meu rosto e pegou o fael do chão, mal tocou no garoto que ele se abriu em sorriso.- Tchau pilantrinha.

Olhei pro Guga que brincava com o Fael e sorri me levantando, fiquei olhando pra aliança no meu dedo que eu tinha ganhado no meu aniversário e olhei pra mão dele, vendo que a aliança em seu dedo se destacava também, abracei os dois homens e fui com eles até a porta. Guga foi embora e eu voltei com o Fael pra dentro, coloquei ele com seus brinquedos e peguei meu caderno de anotações e fiquei viajando nas coisas dali.

Meu pai estava junto da Cássia, inclusive ela estava morando junto a nós, como eles trabalhavam juntos era muita paz por aqui. Minha mãe sumiu, mas ouvi dizer que tava babado a história dela, que apanhava todo dia e ainda sim, aguentava amante na cara dela e além disso, calada.

Na verdade, pra mim a minha mãe morreu desde o dia que ela foi no restaurante contar a história toda de amante e gravidez, porém ela foi enterrada ao deixar o Fael numa caixa na porta da minha casa.

Me peguei pensando em como seria minha vida a partir de agora, com toda certeza eu iria morar com o Guga, porque se ele já me mimava normal, imagina eu grávida? A vida de rainha que eu pedi aos céus.

Dele eu não tinha nada do que reclamar, homem incrível e a cada dia mais, a gente evolui juntos. Porque não é como se eu fosse a deusa da sabedoria e ele o cara que só sabe errar, as vezes eu pisava feio na bola e aprendia com ele, a gente discutia, só faltava se matar de tanto um gritar com o outro, mas ainda bem que nunca terminamos. Nem por um dia, a gente não tinha esses bagulhos, passava duas semanas sem olhar um na cara do outro, mas sempre tinha uma mensagem ali, um ligação aqui, até o braço torcer e a gente conversar, voltando tudo ao normal.

Sob Pressão Onde histórias criam vida. Descubra agora