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Malu 🌙

De manhã acordei sentindo alguém beijando meu pescoço, nem abri os olhos já sabendo quem era e levantei a mão tocando no rosto do Guga, que abraçou minha cintura e e eu virei o rosto.

Guga: Vai trabalhar hoje não? - Neguei abrindo os olhos.

Malu: Folga de carnaval de três dias, volto na quinta.- Murmurei.- Tá melhor?

Guga: Tô.- Me sentei na cama.- Bora comer.

Malu: Vai lá fazer comida pra mim, tá achando que eu vou me levantar pra te servir? - Brinquei vendo ele me olhando.

Guga: Já tá pronto cara, tô te chamando pra mesa.- Eu abri um sorriso.- Bom dia pô.

Malu: Bom dia.- Passei a mão no rosto e Gustavo me puxou pra perto de si, me abraçando e beijou minha testa.- Vou tomar banho.

Guga: Tá assim por que? - Falou me olhando levantar e eu encarei ele.

Malu: Assim como?

Guga: Se esquivando de mim, a gente não já conversou ontem e resolveu?! - Coloquei as mãos na cintura.

Malu: Eu não quero me magoar com você, nem te magoar de alguma forma.- Entendi a mão e ele sentou na beira da cama, segurou minha mão e eu fiquei entre suas pernas, tocando seu rosto.- Vamos recomeçar, tá bom? E o que a gente errou antes, vamos fazer o possível pra não errar novamente!

Guga: Não vou vacilar contigo, nega.- Beijou entre meus seios colocando a cabeça ali e eu sorri, beijando sua cabeça. 

Fiquei um tempinho assim com ele mas realmente fui tomar meu banho, eu saí e me arrumei, Guga tava sentado na sala e quando me viu, arrastei ele pra comer na mesa comigo. Tivemos uma manhã calma e agradável, ele não saiu pra boca então ficamos assistindo uma série que ele gostava e me induziu a ter o mesmo gosto por ela. De tarde, a gente saiu pra almoçar, passamos na casa do Kaká pra ver como ele tava e por último, fomos ao morro do dendê. Guga falou que não ia subir o morro e pediu pra minha mãe descer, concordei com ele e não tirei sua razão, então fiquei abraçada com ele até ela aparecer com um homem ao seu lado, estava bem diferente do que eu costumava ver e conhecer como minha mãe.

Mayara: Vamos subir, lá em cima é melhor de se conversar.- Neguei.

Malu: A gente pode conversar aqui, ou ir pra outro lugar, não vou subir.- Ela riu fraco e olhou pro pequeno.

Pequeno: Essa é a amante? Ela é importante mermo ein, tu colocando a cara na rua por ela, sabendo que pode ser preso a qualquer segundo.- Olhei pra ele vendo ele me encarar e eu senti intenções ruins.

May: Vamos naquele restaurante que você gosta.- Pegou a chave de algo com o Pequeno e eu balancei a cabeça.- Sozinhas.

Malu: Vou com ele.- Falei firme olhando pra ela e ela negou.

May: Coloca tanta fé nele, você vai se decepcionar tanto.- Gustavo soltou minha mão, me guiando pra moto dele e ela foi pra uma moto, enquanto Guga ligava a moto, eu olhei pra ele.

Malu: Ele me olhou com maldade.- Ele me entregou o capacete.

Guga: Qual foi amor, se eu não ficar na minha eu vou terminar arrumando mais guerra e morre eu e tu aqui mermo, eu me liguei mas segurei a onda por tua causa.- Eu coloquei o capacete rindo.

Malu: Lá se vai o Gustavo que falou que nunca me chamaria por essas coisas fofas.- Debochei vendo ele me olhar de canto, enquanto eu subia a moto.

Ele me ignorou perguntando aonde era e eu expliquei, chegamos no restaurante e entramos, não pedi nada pra comer, mas ela pediu e ficou enrolando, já tava querendo ir embora assim como o Gustavo, até ela falar.

Falar que não aguentava mais conviver com o meu pai, que achava chato e rotineiro, que conheceu o pequeno por acaso e se apaixonou, chance de viver uma aventura e agarrou. Coisa de adolescente e isso eu tinha certeza que ela não era, me contou que o filho realmente é do meu pai e me fez dois pedidos.

Malu: Você quer que eu cuide do seu filho? - Ri sem graça.- E eu, conte ao meu pai a desgraça que você tá fazendo?

May: Bom, se você não contar ele não vai ficar sabendo e é uma pena pra ele, por outro lado, a criança é o seu irmão. Cuide, de a alguém, eu não sei! O pequeno não quer essa criança é assim que ela nascer, me livro dela e a gente vai sair do morro por um tempo.

Guga: Ele te prometeu o que mais? Fidelidade? Pegar uma casa longe do morro e recomeçar? - Falou a primeira coisa desde que ele chegou, rindo em seguida.- Esqueci, papo de vilão esse, se não falar, não é vilão.

May: Ele é diferente, vamos realmente atrás disso, já estamos atrás.- Gustavo me olhou de lado com deboche e balançou a cabeça, se calando.

Eu não estava mais com cabeça pra conversar, ela falou que não voltaria mais pra casa e que me procurava quando a criança nascer, foi embora me deixando com o Gustavo e pela primeira vez eu caí em lágrimas nos braços dele, que ficou sem reação mas tentou me aconchegar da sua forma.

Sob Pressão Onde histórias criam vida. Descubra agora