5 meses depois.
Maria luiza 🌙
Malu: Você vem me buscar, meu bem? - Ele se afastou um pouco, me encarando.
Guga: Ouvi uns comentários que polícia vai tá rondando o morro hoje, vou subir por cima e ficar na ativa, não tem como eu vim.- Se explicou olhando pra mim.- Tá com dinheiro aí?
Malu: Tô com crédito no cartão, daqueles cinquenta ainda.- Fiz bico.- Mas eu tenho aqui, qualquer coisa eu desenrolo. Cuidado no morro, me avisa se acontecer algo.
Guga: Jae Maluzinha, cuidado.- Balancei a cabeça sorrindo pra ele e fui entrando.
Cinco meses se passaram e muita coisa mudou, pelo menos na minha vida. Me afastei muito do Bernardo e da Sara, pessoas que eu sempre prezei pra ter por perto, eu sinto que a gente se afastou porque antigamente eles eram os primeiros a saberem de tudo da minha vida, hoje em dia, a gente mal se fala!
É muito estranho pra mim, porque eu sempre bati o pé falando que nunca trocaria amizade por homem nenhum, mas eu sinto que o único amigo que eu tenho, é o Gustavo. A gente conversa todos os dias, fofocamos sobre tudo e ele faz de tudo pra me deixar bem.
O Lipe até se aproximou mais dele novamente, fico muito feliz pela amizade deles, até porque eles são irmãos. De vez em quando tem um churrasco, uma coisa ou outra que eles ficam juntos brincando e conversando, comigo a gente ainda mal se fala, até porque o Guga falou que não achava um bagulho legal e eu também não era muito afim, mesmo assim, de qualquer forma nunca deixei de tratar com respeito e ser simpática.
A Sara, cada dia que passa ela vem me odiando mais, talvez porque eu tô com o pai do filho dela e ela querendo estar no meu lugar, ou só porque ela precisa concentrar o ódio em alguém e eu fui a sorteada. Não tenho problema algum com ela no momento, minha confiança no Guga tá lá em cima, ele não me da motivos e eu jamais iria surtar por isso, além de tudo, ele sempre que vai ver ela ou algo assim me chama e insiste pra eu ir, eu não faço questão até porque não acho legal permanecer no mesmo ambiente que ela.
Não tenho contato algum com minha mãe, ela sumiu porém, pelas minhas contas o bebê já tá com quase nove meses. Não levei a sério a ideia de eu ter que cuidar daquela criança, já meu pai, ficou super abalado.
Passou muito tempo se culpando, chorando e triste, foi o tempo que eu não desgrudei dele, até mesmo o Gustavo fazia questão de tentar ajudar, várias vezes foram os dois assistir jogos juntos, até mesmo beber e me deixar em casa sozinha! Porém meu pai saiu dessa, conseguiu voltar a viver normalmente, mas eu sei que ele ainda sente algo, porque pego ele chorando as vezes.
Mas, ele tá numa super amizade com a Cássia, a nova recepcionista do consultório, animo muito os dois mas ele tá igual aqueles adolescentes que falam que não querem se envolver com ninguém.
Eu fui pro meu trabalho, conversei com o Guga na hora do almoço, como a nossa rotina de sempre e, sai do trabalho eram quase sete horas. Como todos os benditos dias, compartilhei minha localização com o Guga que sempre parava o que estava fazendo e me acompanhava até em casa, assim que eu cheguei ele me ligou pra dizer que o clima no morro não tava muito bom e ficou conversando comigo.
Eu estava sozinha em casa já que meu pai trabalhava de noite e nossos horários não se batiam, fiquei conversando com o Gustavo por um bom tempo até falar que iria sair pra comer. Ele ficou me perturbando enquanto eu me arrumava falando que não tinha nescidade de eu sair sozinha e que amanhã a gente saia, mas as vezes tudo que eu precisava era de um momento sozinha, pra recarregar minhas energias.
A única coisa que o Guga fazia muita questão, era de eu tá sempre compartilhando a localização quando eu for sair, entendo muito bem que é pra minha segurança e não faço questão, pois não vejo nada demais.
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Sob Pressão
Teen FictionTrês histórias, três vidas e três pessoas diferentes. Como esses mundos se encontram? O que elas têm em comum, ou melhor, quem eles têm em comum? Talvez tenha sido só mais um acaso, ou talvez já estava tudo planejado. A pressão de ter que escolher...