O chorinho do Jug me acordou de um sonho maravilhoso, onde finalmente eu levava ele pra casa, já que faz uma semana que me foi dada essa esperança, mas tudo que ganhei foi mais espera o que me deixava aflita demais, já que o Jug não tinha feito progresso quando pensaram em liberar ele, agora uma semana depois parece que ele finalmente sairia. Peguei ele no colo e quando iria amamentar vejo a médica e uma enfermeira entrarem, a mulher de cabelos cacheados tinha papéis nas mãos o que me fez involuntariamente sorrir e cutucar o FP. O meu moreno se moveu na poltrona dele não parecia que acordaria imediatamente, então cutuquei seu pé com o meu o fazendo despertar. As mulheres sorriram com o jeito espantado em que ele acordou e acabei também sorrindo enquanto acariciava os fios negros do meu filho.
— Bom dia, desculpe eu sei que são sete da manhã, mas meu plantão já, já acaba e preciso liberar o Jug.
— Li-Liberar? — Pergunto sem acreditar.
— Isso mesmo que ouvimos? O Jug vai pra casa?
— Claro que sim, acho que ele já passou muito tempo aqui, não acham?
— Si-sim... muito tempo... – Me pronuncio.
— Ótimo vou passar as instruções, porque ele ainda tá um pouco frágil e para que vocês tentei evitar que o Jug tenha uma asma grave, ok?
— Si-sim...– Nos pronunciamos.
— Ótimo.
A médica nos explicou tudo direitinho, detalhes, horários de banhos, remédios, comida. O Jug tinha que ter uma alimentação diferenciada, e muitas restrições, mas estávamos muito empolgados com a ida dele pra casa. A médica assinou a alta, nos deu uns papéis, com exames, remédios e tudo que era preciso. Ela deixou a sala e a enfermeira ajudava FP arrumando as coisas do nosso pequeno, eu admirava sorrindo ele se amamentar, e o pequeno tão inocente não sabia o quanto ele tinha conquistado naquele momento. Mas iria comemoraríamos por isso. Troquei ele de seio enquanto a enfermeira o vestia, meu bebê protestava fazendo um grunhido de reclamação, era chato e ciumento como o pai. Ele ficava bravo quando FP se aproximava para me beijar principalmente quando ele estava mamando, ele era esperto demais o que me fazia a mãe mais orgulhosa do mundo.
— Amor? Vamos? Ele dormiu! — Disse FP me trazendo de volta a realidade.
— Ah claro, me distrair, vamos.
FP me ajudou a levantar da poltrona e seguimos pelos corredores finalmente rumo a saída do hospital. Passamos pelo corredor dando tchau e agradecendo a todos que nos ajudaram aquele tempo todo, com abraço carinhosos e sinceros, aquelas pessoas lutaram junto com o Jug todo momento e assim como ele não desistiram. Depois de toda despedida chegamos finalmente no carro, há três dias FP tinha colocado a cadeirinha dele ali, disse que isso aumentaria as chances dele, achei inicialmente bobagem, mas ele estava completamente certo. O moreno abriu a porta do carro arrumou melhor a cadeirinha e me deu passagem pra colocar nosso pequeno.
— Eu vou aqui com ele amor.
— Acho melhor pra ele não cair.
— Ele não vai cair amor. — Respondo rindo e ele me beija.
— Tá, vamos pra casa.
Ele bateu devagar a porta do carro que fez o Jug se mexer um pouco mas nada que o acordasse. Seguimos tranquilos pra casa inclusive também dormir, afinal, estava muito cansada o Jug mal dormia de madrugada e eu sempre acordava para pegar ele, já que o FP dormia mais em casa. Adormeci e acordei com os beijos leves do FP que me fazem abrir um sorriso.
— Amor, chegamos vem...
— Ah tá bom!
Peguei o Jug logo depois de coloca-lo em meus braços, sentir o FP me segurar me dando o apoio necessário para sair do carro. Minha barriga doía da ansiedade devido ao Charles, era tudo que me preocupava, respirei fundo e entrei.
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Falice - De volta ao destino
FanfictionAos 17 anos Alice Smith precisou sair de pressa do colégio, graças a uma gravidez prematura e sua vida mudou para todo sempre. Longe do amor da sua vida e decepcionada com algo que ele fez. Ela passou por tudo e todos e conseguiu o que queria, ter e...