O telefonema.

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Passando diante dos meus olhos, eu fitava distraída pela janela do carro, a paisagem que eu mal vi na ida, pela aflição em que estava por não saber onde o FP me levava, via agora, no momento em que o carro tinha se silenciado a alguns minutos atrás. O meu moreno estava concentrado na estrada, mas com um sorriso de quem pensava em algo muito bom, pelo que conheço dele era pelo sexo que havíamos feito, porém, não sabia se era do primeiro round na cama, no segundo no sofá da sala ou do terceiro no banheiro, até porque todos foram maravilhosos e eu com certeza perdera as contas de quantos orgasmos havia tido naquele dia. Mas voltando a minha realidade olhei no meu celular e já havia uma mensagem do Charles, ele nos esperava para o jantar, mesmo já sendo nove da noite, é o FP e eu perdemos a hora. Respondo ao Charles e FP me puxa de volta a realidade para uma conversa real, então após responder o menino travo o celular e o fito.

— Desculpa, o que?

— No que a loira mais linda desse mundo está pensando? — Pergunta e eu sorrir envergonhada.

— Nada meu amor. — Respondo alisando a coxa dele.

— Sou sortudo de você mentir tão mal. — Ele sorri. — Agora me diz, porque eu ainda acho que foi aquele pesadelo.

— Um pouco sim, mas estou pensando em como vamos contar ao Charles e o quanto vamos contar.

— Como assim o quanto?

— Você sabe, já tínhamos um rolo antes de hoje, coisa que ele nem imaginava.

— Você quem pensa. — Disse com uma gargalhada machista e bato em seu peito.

— Como assim Jones?

— Bom, e-eu falei com ele lembra?

— Hum... — Permito que ele continue.

— Olha querida, eu disse a ele que tínhamos nos beijado... — Fico nervosa e o interrompo.

— Dis-Disse que transamos?

— Pode me deixar terminar?

— Desculpa, fala.

— Não disse é claro! Ele acha que só nos beijamos, eu disse que ainda amava você e perguntei se você se importava com isso, você sabe, sobre te pedir em namoro.

— Ah pediu autorização dele, não foi? — Ri o cutucando, fazendo cosquinha.

— Al-Ali, estou dirigindo... — Ele sorri, e paraliso naquele sorriso lindo e encantador dele. — O que?

— Você é lindo, eu sou tão sortuda. — Lhe dou um beijo rápido e ele retribui.

— Eu sou mais sortudo. — Sorri.

FP acelerou mais um pouco e chegamos sem demorar, meu loirinho estava deitado no sofá, assistindo tv, já vestindo seu pijama vermelho, cor que ele ficava tão lindo quanto eu. A peça tinha desenhos de dinossauro, algo em que ele amava muito e FP não tinha nem noção daquilo, mas iria perceber com o tempo, já que o menino tinha tudo relacionado a eles e sempre fala sobre, sobre a fala, FP com certeza notaria nesse final de semana. Nos aproximamos e meu anjinho quase cochilava quando sem que perceba eu me aproximo e o beijo e ele agarra meu pescoço. Dou um ataque de beijos nele que sorriu animado e não conseguiu segurar meu pescoço como antes. FP assistia a cena com cara de quem se sentia muito orgulhoso do filho que fez e da mulher que escolheu, mas um maldito toque no seu celular o faz despertar. O fito suplicando que não atenda, já que queria que ele participasse daquele momento, mas ele me retribuiu com um olhar de "sinto muito".

— É do trabalho.

— FP, num sábado à noite?

— Si-sim, desculpa.

Falice - De volta ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora