Enquanto foram pagar eu fui lá para sentar num banco, checava meus e-mails não mesmo instante que tentava controlar minha grande vontade de vomitar, e agora sentiu uma leve tontura, não queria preocupar FP, mas eu estava preocupado, não tinha quem mais contar só ele, mas tentaria fazer isso da melhor forma. Eles demoraram uns minutos, mas a demora com certeza se deu uma enorme fila que estava na loja, mas finalmente vi eles saindo do local. Charles carregava o filhote gordinho em seus braços todo desconcertado e FP trazia a casinha para transportar ele em uma das mãos.
- Mãe, olha ele mãe.
- To vendo meu bebê, ele é lindo! - Aliso a cabeça do animal.
- Vamos? - Pergunta FP estendendo a mão vazia pra mim.
Peguei a mão dele e ele me puxo com delicadeza, fico de pé mas acabo caindo novamente, minha tontura tinha um poder sobre mim exato momento exato no qual me impedia de levantar.
- O que você tem?
- Estou tonta, me dá um minuto.
- Claro, você não consegue comer.
- É eu sei, mas também é normal.
- Sim, mas não tanto Alice.
- Você está preocupado papai? - Brinco com ele.
- Claro amor! Vem vamos pra casa.
FP coloca o cachorrinho em sua casinha azul, me pega no colo, sinto vergonha, mas era a melhor coisa a se fazer, afinal poderia cair a qualquer momento. FP estava sendo o melhor companheiro do mundo, ele era compreensivo, cuidadoso, até demais, além de dedicado em me ajudar, eu fiquei tão feliz com o jeito em que ele estava cuidando do Charles e de mim, não tinha palavras pra agradecer. Em geral a minha vida mudou muito e eu fui de uma mãe solteira cuidando de tudo sozinha a uma mãe comprometida e mimada, não poderia reclamar, a não ser da cobra da Gladys, que morava na casa de hóspedes, que nunca perdia a chance de tentar se meter nas nossas vidas e claro, já tinha descoberto que eu estava grávida, o que confesso me deixou com medo, afinal, ela amava mesmo o FP, e parecia disposta a conseguir o que queria de toda forma.
- Você está mesmo bem Ali? Acho melhor irmos no médico.
- Eu vou ficar bem, você não está acostumado é isso, com o Charles foi a mesma coisa, quer dizer quase a mesma coisa, o Charles não era tão intenso assim.
- Tá bom, mas eu estou achando ainda muito perigoso, se você não melhorar vamos no médico, não vou arriscar Alice.
- Tá meu amor, agora ajuda ele ali.
Ouvir uma zoada que me fez olhar pra trás, aponto com os olhos para o Charles que lutava com o cinto e sua trava automática, que não o permitia esticar o suficiente para amarrar o seu cachorro. Eu e FP não conseguimos nos conter rimos do menino que já tinha o seu rosto vermelho de raiva.
- Papai, seu cinto não presta. - Se pronuncia irritado.
- Amigão, eu vou aí ajudar você, espera. - Disse o meu moreno batendo minha porta indo até o menino. - Assim olha, espera e puxa novamente, aprendeu?
- Não sei, deixa eu fazer.
O menino fez direitinho e ele mesmo colocado o cinto sobre a casinha. Depois arrodeio o carro e sentou passando o cinto nele mesmo. FP tomou seu lugar no carro usado no mesmo instante que respiro fundo controlando mais uma ânsia, mas rir ao ouvir o Charles brincando com seu cachorro. O animal estava preso mas parecia interagir muito bem com ele, uma gargalhada gostosa dele fez sorrir alisando minha barriga, só imaginava como seria esse novo bebê, não me via com mais um, mas aconteceu. FP também colocou uma das mãos na minha barriga e sorriu pra mim e sem si quer proferir uma palavra a mim seu lábios se pronunciar dizendo "eu te amo" e sorri agradecida. Seu celular tocou interrompendo a gente, ele atendeu no viva-voz e do outro lado havia uma mulher gritando em desespero, era com certeza a voz de Gladys.
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Falice - De volta ao destino
FanfictionAos 17 anos Alice Smith precisou sair de pressa do colégio, graças a uma gravidez prematura e sua vida mudou para todo sempre. Longe do amor da sua vida e decepcionada com algo que ele fez. Ela passou por tudo e todos e conseguiu o que queria, ter e...