Foram só uns arranhões.

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O silêncio tomava conta da mesa enquanto comíamos aquilo estava me incomodando tanto que fitei Charles, com um olhar sério

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O silêncio tomava conta da mesa enquanto comíamos aquilo estava me incomodando tanto que fitei Charles, com um olhar sério. Ele havia me prometido falar com o pai, mas não tinha feito desde que acordou. FP lia seu jornal no qual escondia seu rosto por completo, enquanto levava de um modo elegante a boca o café. Eu não sabia mais como agir, então respirei fundo tentando chamar a atenção do FP, mas ele ignorou o meu gesto, era tão birrento quanto o filho, e eu quem estava pirando com aquilo.

— Meu amor, o que faremos hoje?

—  Tá um belo dia lá fora. Podemos nadar na cachoeira, o que acha? — Pergunta passando a folha do jornal sem si quer me olhar.

— Ótimo, o que acha filho?

— Pode ser sim, vou me arrumar! — Disse Charles deixando o local e vejo o FP pousar o jornal na mesa, me fitando.

— O que houve ontem? Você não me contou... por que ele agiu daquele jeito comigo, e-eu nem sei o que eu fiz. — Disse ele com toda sinceridade do mundo.

— El-ele ouviu nossa conversa, não o julgue, e-ele me ouvir gritar e ficou preocupado, foi isso.

— Espera, se ele ouviu, ele deveria ter entendido, certo?

— Ele só tem dez anos, ele entende diferente, bom, el-ele sempre me defende, ele tem um instinto protetor demais, além de ser ciumento. Parece bem louco para alguém tão pequeno, mas, bom, mas você sabe o porquê!

— Sim, era você pra ele e ele pra você, e-eu entendo isso, mas, ele precisa soltar essa armadura, e você sabe disso.

— Eu sei, e-eu estou tentando, mas é difícil demais dele confiar.

— Mas eu sou o pai dele Alice. — Disse num tom mais firme e quase me assusto.

— Você está bem?

— Você acha que seria normal eu estar bem com toda essa situação Alice?

— Nunca te incomodou tanto que ele pudesse demorar para te aceitar, o que mudou?

— Mudou que ele está me maltratando agora.

— Ele ficou nervoso, e-ele vai te pedir desculpas meu amor. — Aliso a sua mão pousada na mesa.

— Acha mesmo?

— Sim, você o ouviu ontem, por favor, não desiste dele.

— Não vou desistir Ali, e-eu só quero saber ao certo onde estou pisando, e-eu não quero que ele tenha medo ou raiva de mim.

— Nunca, e-ele não tem tá? Acredita em mim.

— Tá bom, tudo bem, vou dá o tempo que ele precisa!

— Obrigada! — Me aproximo e o beijo.

Ouvimos alguém tossir ou fingir fazer aquilo e nos separamos e Charles se aproxima de nós.

Falice - De volta ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora