O Frouxo e a Burra

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FP mesmo parecendo não sóbrio como eu me pegou no colo e seguimos para frente do local onde estava o seu motorista a sua espera, Sebastian gentilmente abriu a porta para que entrássemos ajudando o FP que sorriu em agradecimento. Quando já estávamos sentados e de cinto colocados peguei meu celular mandando uma mensagem para Hermione e para Clara, não pretendi passar a noite fora, mas precisava avisar, espero não ter trocado as mensagens, afinal, manda para Hermione dizendo “o quanto sou idiota por estar indo cuidar dele” e para Clara informando que “chegaria mais tarde do que o previsto”. Após abandonar o celular na bolsa vi o olhar dele pra mim, o olhar que carregava tanta esperança que ali mesmo já me arrependi do que estava tentando fazer, mas sentir ele tocar meu cabelo e acariciar meu rosto foi um golpe bem pesado.

— Isso não é uma reconciliação, não se aproveite de mim.

— Você sabe que não faria isso.

—  E-eu sei, desculpa, é que ainda estou puta com você, e não venha me enrolar com esse corpo gostoso. — Ri alto e descemos do carro caminhando até o quarto dele.

— Não vou fazer isso, e quanto ao meu corpo gostoso, não posso fazer nada. Mas vamos tomar um banho?

— É assim que você vai me respeitar?

— Não, vou te dar banho porque você não está em condições, depois eu tomo o meu e você me ajuda com os machucados, tá bom?

— Assim sim, ok, não abuse de mim. — Ri alto.

— Não Ali, vem.

Ele me ajudou a tirar a roupa, e me vi completamente nua na frente dele, nossa intimidade ainda estava em dia me fazendo ficar a vontade. Ele me colocou debaixo do chuveiro com uma água fria me fazendo protestar, mas não adiantou, ele me manteve lá até que fosse necessário. FP estava me ensaboando, quando sinto que não vou resistir a ele, o puxo e lhe beijo, ele retribui o beijo caloroso, mas quando fui nos acochar ele se afastou.

— Amor, não... Me fez prometer Alice, e não estamos bem, não estamos sãos, não faz isso por favor. Chega de banho mocinha.

— FP, você está me rejeitando? — Começo a chorar como uma criança e nem sei o porque.

— Ei minha bebê não chora, eu te amo, te quero tanto você sabe, mas também amo minha vida e você me mataria amanhã, se eu transasse com você hoje.

— Frouxo. — Tiro o sabão do meu corpo puxando a toalha e saindo com raiva e quase tombando.

Ele sorrir e me segue rindo enquanto me segurando não permitindo que eu caía. Ele pega pra mim um vestido, me vestindo quando eu não poderia ficar em pé. Depois de arrumada ele me sentou na cama e me ordenou como um pai ordena a filha que fiquei quieta. FP tomava banho e eu fitava o porta retrato do seu criado mudo, era ele, eu e nossos filhos no sofá, no primeiro dia em que o Charles pegou o Jug no colo pela primeira vez. A foto era tão linda que me perdi ali, que quando me dei conta o FP estava de pijama segurando a caixinha de primeiros socorros na minha frente.

— Você tem mesmo condições de me ajudar?

— Claro frouxo, senta.

— Frouxo sei... — Ele me rouba um beijo e bato nele o fazendo afastar. — Você disse não, então, não quero. Agora fique quieto.

 Comecei a limpar as feridas dele, seu rosto estava todo machucado, cortado e roxo. Tentei com muito cuidado não machucar ele mas era quase impossível. Continue passando o algodão limpando tudo, assim que tudo estava bem limpo passei o remédio que ardia tanto quanto o líquido que limpei e o homem reclamava.

Falice - De volta ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora