Falice - De volta ao destino

Verdadeiro Jones...

Numa tarde chuvosa de uma quinta-feira, seis meses depois de ser pedida em casamento, eu estava em um bufê experimentando alguns doces e claro o bolo, nos casaríamos daqui a dois meses e eu e FP não tínhamos parado desde então, cada detalhe foi visto por nós, ele me surpreendeu quando se mostrou muito interessado em tudo, inclusive bolo e flores, na verdade, ele me disse que amava me ver tão feliz e empolgada com tudo. Eu sabia disso afinal, ele ficava me olhando de um jeito único, meio abestalhado com cada gesto meu, eu por minha vez estava mesmo muito feliz e empolgada com cada um dos detalhes, e tudo estava indo muito bem, até que fomos escolher o bolo e entramos em conflito.

— Amor, por que não chocolate?

— FP, é um casamento não uma festa de criança.

— Alice, vão ter crianças lá.

— Engraçadinho você, mas não.

— Que tal de castanhas com nozes? Toma aqui experimenta. — Levo meu garfo a boca dele.

— É nada mal.

— Ou o de frutas? – Espero que ele termine o de nozes e colocou o garfo com de frutas.

— Bom, você misturou tudo amor, mas o de nozes é melhor.

— Ah entendi, mas ainda tem mais...

Passamos duas horas para finalmente escolher o de nozes com castanhas, além dos doces finos e o resto de toda comida que seria servida lá. Saímos eram umas seis da tarde e voltamos pra casa sendo recebidos pelos nossos filhos na porta.

— Paaaaaapa... — Chama Jug andando lentamente até a gente. Meu pequeno estava andando a apenas algumas semanas.

— CHEGARAM... – Gritam Charles correndo também.

— Não aceitei ainda que ele fala papa e não fala mama. — Disse abraçando Charles enquanto FP pegou nosso caçula no colo.

– Não seja ciumenta Ali, nosso pequeno começou a tentar falar a umas semanas, né bebê? – FP enche o pequeno de beijos.

— Paaaapa...

— Sim meu amor o papai chegou e o que os homenzinhos do papai faziam?

— Pai, eu estava tentando jogar mas o Jug não deixa, na verdade estávamos mesmo brigando. O Jug atrapalha em tudo.

— Filho, não fala assim do seu irmãozinho. — Passo a mão pelos fios loiros do menino.

— Charles, o papai já disse que ele só quer ficar com você.

— Pai, mas é um saco... — Disse o menino enquanto caminhava conosco até o sofá onde sentamos.

— Por que Charles?

— Ah pai, ele fica puxando o controle, babando e mordendo, olha isso... — O loiro mostra o controle babado e bem mordido me fazendo segura o riso.

— Filho, ele não sabe brincar, ele só quer fazer o que você faz, ele quer ser como você. — Disse FP e o loiro me fita.

— Seu pai está certo, você é o espelho dele filho. O que acha de brincar com ele de vez em quando?

— Mãe, eu já brinco.

— Eu sei filho, mas ele te ama tanto que não quer ficar longe de você.

— Mãe, eu sei, mas ele não me deixa jogar com o Archie. Eu também tenho que brincar com meus amigos né? Ele é ciumento, ele fica gritando pra chamar minha atenção. — Tanto eu quanto FP não nos controlamos naquele momento e rimos. — Do que estão rindo?