Falice - De volta ao destino

O que você tem Ali

- Meu amor? Acorda, Ali?

- Mamãe? O papai chegou, acorda dorminhoca. - Depois do chamado, acordo gritando e logo vejo FP me segurar.

- Ei amor, o que houve? Respira, era outro pesadelo?

- E-eu estou no hospital? Cadê o nosso filho?

- Hospital? Não meu amor, você está em casa, no seu sofá, eu atrasei um pouco por causa da chuva, te mandei mensagem, você não viu?

- Não, ela dormiu vendo o documentário do tiranossauro Rex, acredita nisso? - Charles me entrega.

- Nossa, não acredito que ela fez isso filho.

- FP, você não casou com a Meredith?

- O que? - FP sorri e alisa meu rosto. - Amor, eu não a vejo a mais de dez anos, escuta, acho que está com fome, vem cá, vamos comer que o nosso garotão está com fome e depois vamos tomar um vinho na varanda e você me conta o que te deixo assim tão nervosa, tá bem?

- Si-sim ... mas antes vem cá! - O puxei e lhe dei um beijo caloroso.

- Eca, ninguém merece isso antes de comer. - Disse Charles deixando o sofá e seguindo para cozinhar. - VAMOS COMER ... - Ele grita de lá da cozinha.

- Vamos lá minha pequena e tira essa carinha triste. - Assentir e seguir ele.

Jantamos com o nosso pequeno, que passou quase o jantar todo falando sobre o documentário que me fez dormir. FP contou algumas coisas e nosso jantar foi uma delícia, depois voltamos ao sofá para que FP entregasse os presentes, que mesmo eu insistindo que não precisava trazer, mas não conseguir que ele não trouxesse. O meu pequeno ganhou todas as edições originais de uma revista que ele amava sobre dinossauros, e uma coleção de miniaturas de todas as espécies, com um cenário num tipo de maquete, que era uma fortuna. O menino ficou tão emocionado que chorou e abraçou o pai.

- Pai, eu estou tão feliz, hoje é o dia mais feliz de todos !!! - Disse o menino empolgado pulando no colo do pai.

- FP, isso é muito caro, ele não pode aceitar.

- Como não Ali? Vai proibir que eu presentei meu filho? Deixa de bobeira meu amor, ele queria tanto.

- Nem tudo que ele quer podemos dar.

- Mãe, por favor ... - Reclama Charles com vergonha de mim.

- Ali, tudo bem, olha eu quero presentear sempre meu filho e mimar ele, ele é meu filho único, bom, por enquanto não é. - FP sorrir pra mim cheio de malicia e alisa minha barriga e me arrepio levantando do local. - Que foi amor?

- Na-Nada! - Sorri sem graça. - Filho, leva isso lá pra cima, não espalha aqui tá bom?

- Tá bom, pai, eu já volto preciso arrumar um lugar para eles dormirem, até a gente arrumar tudo ok? Você vai me ajudar a montar depois, não vai?

- Ok, claro que vou meu amor, amanhã arrumamos um lugar para montar o cenário e eles, tá?

- Tá bom. Mas posso abrir pra ver? - Disse o pequeno pegando a caixa e suas revistas, FP assente e ele sobe as escadas nos deixando a sós.

- E você meu amorzinho, tá com frio?

- Não, e-eu só tive um pesadelo horrível e estou sentindo um medo de perder você.

- Ei, Ali, eu não sei o que você sonhou, mas eu não vou a lugar nenhum amor. Para com esse medo bobo, não deixa que ele te domine, por favor.

- Tá, é que eu só estou pensando numas coisas aí, que estão me preocupando.