Meus olhos se encheram de lágrimas, eu não queria agora ou estava esperando por aquilo, mas finalmente a nossa garotinha. Toquei minha barriga e não contive a emoção, eu era tão feliz com o FP que aquilo parecia muito pra mim, nossa filha finalmente. Me olhei no grande espelho e levantei um pouco minha blusa, minha barriga ainda era a mesma, meu bebê ainda não tinha o tamanho para ser notado, mas ele estava ali. Sorri como uma boba fitando a minha barriga através do espelho, mas todo meu encanto foi quebrado quando veio uma onda horrível de enjoou que me obrigou a virar e colocar tudo pra fora na privada ao lado. Depois de jogar fora todo meu jantar de ontem, resolvi não trabalhar naquele dia afinal, estava louca para contar ao FP, a um mês atrás ele me cobrou o nosso bebê, mesmo tendo dois, o FP disse que por mais que achasse ruim ser pai de menina, mesmo assim queria uma mini cópia minha. Toda vez que FP tocava no assunto filhos me dava um frio na espinha, cuidar dos nossos dois já era um grande trabalho, o Charles já, já seria um adolescente chato e o Jughead bagunçava toda a casa com seus brinquedos, fazia birras e ainda tinha suas artes. Três dias atrás fiz a bobagem de deixar meu batom vermelho em cima da cama, quando voltei ao meio dia para o almoço ele tinha sujado toda a minha cama, parede e ele mesmo de batom. Aquela cena quase me fez desmaiar o Charles nunca chegou perto disso, no máximo derrubar a papinha nele mesmo, de um jeito único, segurando o prato e derrubando no corpo, mas nada do tipo destruir a casa. Aquela especialidade era unicamente do Jug, ele também já tinha conseguido entrar na nossa suíte e “enfeitado” todo o lugar com papel higiênico inclusive o vaso sanitário que ele fez questão de entupir, ou quando ele descobriu a gelatina que “prendia” a mãozinha dele numa “bola colorida”. O Jug era uma criança hiperativa, mas também esperta além de linda assim como o Charles, mas existia uma grande diferença ali. Sai dali muito feliz ouvindo meu celular tocar, era uma mensagem.
“Está atrasada não te vi chegar ainda.” – Hal.
Travei o celular colocando no bolso naquele momento ignorei não só a mensagem mas também o fato do Hal me vigiar diariamente. Respirei fundo e aquilo me preocupou um pouquinho, confesso, afinal me fez lembrar que devo esconder a gravidez ao menos no começo temendo-o e o que poderia fazer com meu filho. Hal era uma preocupação, mas não uma prioridade naquele momento, ao concluir isso fui até o closet finalmente me vestindo. Depois de vestida desci para comer algo e Charles já quase terminava o sanduíche que comi, assim como o achocolatado que tomava.
– Oi meu bebê. – Me aproximo o beijando.
– Oi mãe, acho que estamos atrasados hein.
– Tá tudo bem, eu vou folgar hoje, e ainda temos tempo pra você ok? Agora come.
– Sim senhora. Você não vai comer?
– Na rua, não se preocupa, agora come porque eu não aguento a senhora Rivera reclamando da hora em que você chega.
— Tá mãe... Só vou escovar os dentes e pegar a mochila.
— Obrigada.
Espero o Charles no carro logo vendo ele entrar e sentar no banco da frente. Sim, o meu bebezinho já sentava na frente me deixando orgulhosa dele e de mim, afinal, praticamente o criei sozinha, ver ele tão grande, esperto e cheio de saúde me deixa tão orgulhosa. Meu pequeno loiro colocou o cinto, seguimos, mas logo sentir uma leve onda de enjoou e respirei fundo, sorte a minha que parei no trânsito e pude recuperar minhas forças. Depois de deixar o Charles na escola parei para comer, aproveitando a falta do enjoou e a presença da fome. Seguir para uma loja pegando umas coisas para fazer uma surpresa para o FP. Peguei uma caixinha branca, uma roupinha branquinha escrito papai e um sapatinho de lã branco, um dizer bonito num cartão, para colocar na parte de dentro da caixa, na tampa. Quando conseguir juntar tudo paguei indo pra casa ansiosa para montar minha caixinha. Abrir a caixinha colocando a roupinha dobrada com carinho, coloquei o par de sapatinhos brancos de lado, coloquei o teste preso na tampa da caixa do lado de dentro a fechei colocando um lanço branco ali. Já estava a mil, mesmo ansiosa sentir um sono tremendo e acabei dormindo ao ler um livro na cama. Adormeci sentada só acordando com os beijos de FP que me chamava baixinho. Abrir meu olhos junto com um belo sorriso e vejo seu rosto lindo diante de mim. Ele tinha uma feição preocupada, mas linda como sempre. Lembrei que com certeza eu sabia o porque dessa carinha e lembrei que Glória tinha me visto passar mal, posso apostar com quem quiser que ela falou algo, ela sempre estava preocupada conosco o que era bom, mas dessa vez fez com que ele ficasse bem mais preocupado.
– Desculpa não conseguir vir mais cedo, almocei por lá.
– Al-almoçou?
— Sim meu amor.
— Espera, que... Que horas são?
— Cinco e meia da tarde amor.
— Ah não, eu dormir tanto assim? – Pergunto e ouço a risada gostosa dele.
— Ei, não se preocupa, você tá bem? Melhorou?
– Um pouco, mas tô melhor com você aqui.
— Oh amorzinho... Olha por que você não se arruma pra jantar? Já, já está pronto.
— É uma boa. Cadê os meninos?
— Tomando banho, o Jug derrubou todo o Danone que tomava nele mesmo, graças a teimosia dele de querer comer sozinho.
— Oh que fofura, mas eu teria infartado... O Charles já me aprontou algo parecido, é um saco para conseguir limpar, mas ok. Que sorte que temos a Glorinha. O Charles já toma banho sozinho... – Choro graças aos meus hormônios.
— Ei vida, não chora meu amor, eu sei que é difícil, mas eles crescem amor.
— E-eu não queria.
— Eu sei, mas eu pensei que estivesse mais acostumada com isso, o que aconteceu?
— Nada, mas quero te mostrar algo.
— O que?
— Fecha os olhos... — Peço e quando o vejo atender meu pedido levanto pegando a caixa do esconderijo. — Amor, estende suas mãos. — Mais uma vez ele me atende e coloco a caixa em cima das mãos dele.
— Amor, o que?
— Abre os olhos vidinha. — Assim que ele abre vejo o sorriso no olho dele.
— Amor, presente de que?
— Abre vida. — Ele abre a caixa e fica surpreso, já chorando ele tenta falar.
— Vi-Vida... A-amor... No-nossa menininha? Uma mini você? De verdade amor? Tá falando de verdade?
— Si-sim vida, nossa menininha...
— E-eu não acredito Ali, eu estava esperando tanto por isso, você sabe. Vem aqui...
Ele me abraça e choramos muito só nos separamos quando vimos nossos filhos subirem na cama pulando como sempre.
— Porque estão chorando? – Pergunta meu primogênito assustado.
— Poque tá oando? - Jug repete sem saber nem o que dizia.
— Não se preocupem, estamos bem, muito bem.
— Sua mãe me deu a melhor notícia de todas.
— O que? — Pergunta Charles e Jug se joga no colo do pai.
— Filhinho, eu e o papai vamos dar um irmãozinho ou irmãzinha a vocês.
— Outro? — Pergunta Charles e me assusto com a reação dele.
— Sim amigão, mais um pra ser seu parceiro.
— Parceiro de mordida ou de babá!?Porque o Jug já faz os dois...e faz muito bem.
— Oh meu bebezinho... — Abraço ele e o beijo. Eu te amo muito e ninguém nunca vai tomar seu lugar. — Agarro ele o beijando no rosto todo.
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Até domingo 🥰
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Falice - De volta ao destino
ФанфикAos 17 anos Alice Smith precisou sair de pressa do colégio, graças a uma gravidez prematura e sua vida mudou para todo sempre. Longe do amor da sua vida e decepcionada com algo que ele fez. Ela passou por tudo e todos e conseguiu o que queria, ter e...