Dez anos depois...

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Havia se passado uma semana desde que voltamos do final de semana na fazenda, FP viajou a negócios fazendo com que só falássemos pelo facetime, uma semana longe, me deixou quase morrendo de saudades

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Havia se passado uma semana desde que voltamos do final de semana na fazenda, FP viajou a negócios fazendo com que só falássemos pelo facetime, uma semana longe, me deixou quase morrendo de saudades. O Charles também estava com tanta saudades que nunca se cansava de me perguntar onde o pai estava ou por que ele não ia lá, o que me deixava bem triste, só de pensar que ele poderia pensar que o pai o tinha deixado. Mas naquela sexta FP voltaria a cidade e jantaria conosco. Assim como eu o Charles estava mesmo muito empolgado e juntos arrumamos tudo, fizemos um jantar maravilhoso, com uma sobremesa maravilhosa, depois de tudo pronto subimos para um banho e trocar de roupa. Quando estávamos prontos meu celular tocou enquanto meu visor me avisava que era o FP.

· Ligação On.

— Oi meu amor, onde você está?

— No aeroporto, meu motorista teve um problema, não pode vir me buscar tá chovendo muito e não consigo nenhum táxi, todos já foram, esse lugar está um inferno.

— Ei, tudo bem, eu vou te buscar.

— Nem pensar, tá chovendo muito, eu estou tentando alugar um carro. Talvez eu me atrase, liguei pra dizer que pode jantar com o Charles.

— Ah não podemos pegar você, deixa de ser teimoso. Olha, eu tenho um carro, sei dirigir e não tenho o que fazer enquanto espero você, é coisa de quarenta minutos da minha casa e não quero assistir nenhum documentário sobre o tiranossauro rex. O que me diz?

— Ali, amor, tá chovendo muito é perigoso.

— Não é ou tá dizendo que dirijo mal? — Ouço a risada gostosa dele do outro lado.

— Tudo bem, então venha!

— Já, já chegamos! Eu te amo!

— Eu te amo.

· Ligação Off.

Desliguei a ligação logo falando tudo para o Charles, que sem demoras desligou a tv, pegou seu tablet e seus dois dinossauros de brinquedo que estavam ao seu lado do sofá, enquanto eu pegava minha bolsa e a chave do carro. Meu loirinho já estava no banco de trás, colocando seu cinto. Apesar de ter idade para andar no banco da frente ele sempre preferiu o espaço que tinha atrás, para espalhar seus brinquedos e fingir que faziam uma viagem, enquanto ele "dirigia" o carro para seus brinquedos, sempre achei aquilo fofo e preferia ver ele pelo retrovisor do carro. Passei meu cinto e sair dali com um belo sorriso, eu estava com tantas saudades do meu amor, nem acreditei que veria ele, coloquei uma música e comecei a cantar com o Charles, enquanto ele organizava, ainda, seus brinquedos no banco de trás. Chovia muito, e mal haviam carros na rua, então, a saudades que estava do meu amor me fez acreditar que seria seguro se eu corresse um pouco mais e assim eu fiz, estava tudo tranquilo, eu e Charles já cantávamos a quinta musica quando o sinal fechou e parei me virando para pegar um brinquedo que Charles havia deixado cair perto de mim, quando escutei um enorme barulho de pneu, estranhei, afinal não vi nenhum farol atrás de mim, não poderia ser do outro lado, seria contramão, esqueci o brinquedo do Charles, e me levantei virando para minha frente e vi uma picape desgovernada e a última coisa que lembro foram os faróis forte invadindo meus olhos e acendendo todo o carro, e por último o grito do meu filho por socorro.

Falice - De volta ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora