Calma

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— Alice? — Hal me puxa dos meus pensamentos.

— O que?

— Te perguntei até onde vai pelo seu filho?

— E-eu vou até o inferno se preciso, devolve ele por favor.

— Já disse que não, quero toda a nossa família reunida.

— E-eu te encontro onde?

— Calma não é assim, eu ligo daqui a pouco para mais instruções.

— Na...

Não conseguir completar a frase e ele desligou na minha cara. Eu quase não consigo respirar, me sento sentindo as mãos fortes do FP acariciando os meus ombros. Ele beijou minhas costas e pescoço me abraçando, sabia que ele não sabia o que me dizer naquele momento e por mais curioso que estivesse ele estava esperando que eu me recuperasse um pouco para me perguntar o que realmente houve. Comecei a chorar nos braços dele tentando aliviar minha dor, que estava sendo acompanhada de muito medo. Medo de perder meu filho e da minha “filha” que estava na minha barriga. Respirei fundo enquanto eu pensava como contaria isso para ele. Como diria a ele que o Hal sabia da gravidez, que queria ficar com o Charles e comigo e com a nossa “filha”. FP já sabia o intuito dele, mas não esperava que fosse tão grave assim.

— Amor, os policiais quase o acharam tá? E você não precisa se render a ele ok? Não se preocupa ele não vai fazer mal ao Charles.

— Ele sabe que estou grávida... — Disparo sem rodeios.

— Co-como ele sabe? — Disse me virando para frente dele.

— Lembra quando minhas coisas sumiram? — Ele acena que sim como a cabeça. — Era o Hal invadindo nossa casa...Bom, e-ele viu a caixa que deixei no banheiro, aquela caixa, bom, a que eu contei a você, ele viu o teste, acho que por isso ele planejou tudo vida. E-ele disse que seria a filha dele, ele disse que quer a nossa família reunida...

— E-eu... Não vou deixá-lo levar vocês ok? Mas e o Jug?

— El-ele disse que o Jug pareceria adotado, um bastardo, você sabe ele tem os cabelos escuros como o seu.

— Bastardo um caralho... Ele não sabe de nada...Eu quero mesmo matar ele...

— Fica calmo amor, esquece isso...ele não merece isso.

— E-eu não aguento mais isso, eu tento de tudo e ele ainda consegue uma brecha pra pegar a gente.

— A culpa não é sua, pode por favor parar com isso? Ele que é um desgraçado que não tem consideração com ninguém, você não tem que se culpar por isso. Eu sei que tem feito o possível pela gente.

— Não o suficiente, ele pegou nosso filho. Não deveria ter dispensado o segurança dele.

— Amor, ele é quase um adolescente, não queria nenhum homem o vigiando, você sabe como ele é.

— Sei, mas como pai dele eu deveria o ter obrigado a isso. Ele me deve obediência, não importa o quanto ele ficaria com raiva de mim, eu deveria fazer só para manter ele seguro, eu sou um pai péssimo.

— Não entra nessa... você é um pai excelente, você é o melhor que os meninos poderiam ter, você é incrível. Só tinha que acontecer amor.

—  Não deveria acontecer amor, eu tenho que proteger vocês, essa é a minha função.

— Chega, para de se culpar amor, por favor...

— Tudo bem, isso não vai adiantar agora, o que faço? E-eu não sei o que fazer, mas vou pensar em algo. A polícia está vindo para conseguir rastrear ele, só precisa manter ele por mais tempo na linha, ok?

Falice - De volta ao destinoOnde histórias criam vida. Descubra agora