P.O.V Osten
Foi rápido demais. Em um segundo Luna estava presa ao aperto de Marid e no outro quebrando seu joelho. Uma distração perfeita para que os vários guardas, todos segurando suas armas e mirando com precisão, começassem a atirar.
Deixei de prestar tenção em minha noiva quando atirei no ombro de um capanga que havia ido para cima de Derek. Em menos de segundos, a maioria dos capangas estavam no chão. Dois tentaram correr para a floresta, mas foram parados pelos guardas.
Mal conseguia ouvir meus próprios pensamentos em meio ao som de tiros e gritos. Me virei para ver se Alexia havia chegado as portas do palácio.
- Samantha!- Jorge gritou, fazendo-me olhar para a mesma- Abaixe a arma!
Meu coração parou quando vi Samantha atirar em Luna. O mundo pareceu parar ali, meu mundo estava ferido. Jorge correu e pulou em Samantha, antes que pudesse atirar mais uma vez, dessa vez na cabeça de Luna.
- LUNAA!- gritei, largando minha arma e correndo em sua direção. Ela caiu antes que eu pudesse estar perto para segurá-la.
Segurei seu rosto, que ainda estava manchado do sangue de Ana. Minha amiga, uma pessoa que tinha tanto o que conquistar ainda...
- Luna! Meu amor! LUNA!
Ela não me respondeu apenas olhou para seu vestido, outrora branco, encharcado de sangue. Luna pressionou o local do tiro, fiz o mesmo com uma mão, mantendo a outra ainda em seu rosto na esperança de mantê-la desperta. Luna levou os braços para a lateral do corpo.
Evitei o pânico ao perceber que a bala havia atingido seu peito, um pouco abaixo do seio esquerdo. Isso não podia estar acontecendo. Ela não. Minha Luna não. Lágrimas embaçaram minha visão. Não podia ser assim, não. Seu corpo tremia cada vez mais.
- Luna! Olha pra mim, Luna!- balancei seu rosto quando ela fechou os olhos. Ela não podia dormir, não podia ir.- Chamem os enfermeiros!- gritei para ninguém em especial, olhando por cima do ombro.
Voltei a olhar para Luna, ela sorria fraco agora, mesmo com os olhos transbordando dor e medo, ela ainda tentava sorrir. Aquilo foi como levar um soco no estômago. Não era um adeus, nós não teríamos um adeus agora.
- Obrigada- disse em um som quase inaudível. Mais lágrimas desceram pelo meu rosto.
- Luna... - sussurrei. Por favor...
- Desculpa não... - engoliu um grito de dor. Eu não aguentava vê-la assim, era uma dor indescritível, que me sufocava.- não poder escolher... o nome dos nossos filhos.
A dor que eu senti ao ouvir suas palavras me partiu. Eu não podia me permitir acreditar no que ouvia.
- Para, por favor... - ela não podia desistir. Não podia desistir da vida, de nós, do nosso futuro...
- Amo você... - murmurou. Não.
- Luna. Pra sempre. Você disse sempre, lembra?- disse com a voz embargada. Luna sorriu fraco. Um pedido de desculpas.
Não podia ser assim, nós tínhamos um sempre. Juntos. Sempre. Esse sempre não poderia acabar assim.
Seria nesse sempre em que eu me agarraria, lutaria, e esperava que ela também...
Luna virou o rosto para o corpo de nossa amiga. Olhei também, Samuel segurava seu rosto, chorando. Era muito injusto, eles tinham tanto o que viver... Samuel havia comentado que iria pedi-la em namoro. Fez tantos planos que agora nunca mais irá poder cumprir...
Voltei a olhar para Luna, que chorava mais agora. Em seus olhos, eu vi que pensava no mesmo que eu; as coisas que nunca iriamos viver se ela partisse... Balancei a cabeça, afastando esses pensamentos. Aquilo não seria nosso adeus.
- Você me fez te amar muito pra me deixar, entendeu?- ela parecia inerte em pensamentos, os olhos ainda voltados para Ana. Acariciei seu rosto- Ei! Juntos, sempre. Não pode me deixar viver um sempre em que você não exista. Não vai fazer isso.
Ela não parecia me ouvir, estava perdendo a consciência. Pressionei mais a mão em sua ferida, era muito sangue.
- Luna. Sempre. - disse novamente, na esperança de mantê-la consciente. - Por favor, meu amor. Fica acordada.
Luna fixou o olhar para o céu de fim de tarde. Balancei seu rosto. Ela não podia cogitar desistir.
- Cadê os enfermeiros?!- gritei, ainda encarando Luna- Fica acordada, Luna.
Nunca senti tanto pavor na minha vida. Um desespero se instalou em meu peito, junto ao sentimento de medo. Eu não iria perder o meu futuro, meus sonhos, minha paz, porque Luna era tudo isso, e eu não iria perdê-la.
Com um último olhar para o céu, para mim, os olhos cansados de Luna se fecharam. Olhos que já transbordaram paz, alegria e amor, agora pareciam distantes e sozinhos, e esse pensamento fez com que um soluço escapasse de minha garganta.
Ela já havia parado de tremer de dor, sua respiração era lenta e entrecortada. O mundo pareceu parar quando os enfermeiros e socorristas do palácio chegaram e Derek me puxou para que pudessem mover Luna para a maca.
Não é o nosso fim...
Continua...
Eae, Kiridus!!
Entrei em uma leve bad escrevendo esse capítulo e os próximos KKKKKK
DEIXEM A ESTRELAAA, pôr obséquio**
Vou postar mais amanhã, paz KKKKKK
(Música da mídia recomendada pela HopePotterBlackLupin HopePotterBlackLupin)
Obrigada por lerem, até ♥️
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A NOVA SELEÇÃO
FanfictionNove anos se passaram desde a última seleção, e agora, o príncipe Osten Schreave inicia a sua... Luna Mallmann, 18 anos. Uma garota espontânea, com uma personalidade forte. Leva uma vida simples como professora na província de Carolina, mas, após se...