CAPÍTULO 68

4.7K 321 441
                                    

Luna

O chiado do rádio fez com que meu coração entrasse em um ritmo oscilante. Prendi o fôlego enquanto esperava, por algum motivo, que pudesse ouvir a voz de Osten através daquele rádio. Mas não havia som nenhum além do chiado...

Uma onda de nervoso e medo percorreu meu corpo, junto a um pânico que me fez estremecer. O que aconteceu? Osten estaria ferido? Ou pior... Não estava prestando muita atenção no burburinho ao meu lado.

- O que aconteceu?!- Maxon perguntou.

- O que foi aquilo?! Cadê o sinal deles?- América indagou, exasperada.

Eu não conseguia dizer nada no momento, só imaginava as mil e uma coisas horríveis que poderiam ter causado aquele barulho. Que poderiam ter ferido Osten.

Eu queria muito gritar e saber o que aconteceu, mas uma parte sensata minha se conteve em apenas sussurrar:

- O foi aquilo?- Lucas virou-se pra mim, enquanto Carlos mexia freneticamente no teclado do computador.

- Não sabemos... Se foi mesmo uma bomba, deve ter rompido o sinal de comunicação das áreas próximas á base.

- Quanto tempo até recuperar o sinal?- Ana o encarou. Tinha até esquecido da sua presença...

- Não tem um tempo estimado, talvez leve horas ou dias... A parte técnica da missão, dos que estão na base, está desconectada. Não há como sabermos a situação.

- Como vamos saber se estão bem? E se... Ai, Deus!- América respirou fundo, tentando se acalmar. Maxon a puxou para um abraço.

- Calma, querida... Nosso filho está bem, ele é atentado o suficiênte pra voltar ileso dessa missão.- sorriu fraco para a esposa, que o apertou mais.

- A mídia já foi avisada. Em breve teremos imagens da base passando em todas os canais. Assim iremos saber o que aconteceu... - assenti para Lucas.

Eu tentava passar uma imagem calma, por mais que por dentro, eu estivesse apavorada. Queria poder exigir mais informações a Lucas e Carlos, mas sabia que eles não tinnham culpa e estavam mais confusos sobre a situação do que qualquer um naquela sala.

Seria culpa minha se Osten não estivesse bem? Eu o incentivei a ir. E se esse fosse um erro maior do que impedi-lo de fazer algo que tanto se dedica? Não. Eu não podia me culpar por algo que eu não tinha controle. Por acreditar no homem que amo, não podia fazer isso.

Não muitos centímetros longe de mim, Aspen, Maxon e América falavam com Lucas e Carlos. Os mesmos asseguraram que iriam tentar entrar em contato com Gilbert e Jorge, para saber o que aconteceu.

Depois de uma pequena discussão, decidimos que o melhor a se fazer era não ficarmos apavorados e mudar de canal a cada meio minuto, na esperança de ver alguma notícia sobre a última base invadida.

Aspen, Maxon e América se sentaram na mesa de quatro cadeiras, conversando entre si, todos tensos. Ana e eu nos sentamos em um dos sofás dali.

O clima na sala, e acho que no palácio inteiro, estava tenso. Cada respiração parecia pesar mais que a outra, sendo mais difícil...

Eu estava muito perto de desabar, quando as mãos delicadas e gentis de Ana envolveram a minha. A mesma sorriu fraco para mim.

- Vai dar tudo certo, Luna. - disse baixo.

- Eu espero que sim... - murmurei, fixando o olhar em nossas mãos.

- Daqui a pouco Osten estará de volta, e vocês poderão começar a planejar o casamento!- disse brincalhona, arrancando-me uma risada baixa.

A NOVA SELEÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora