Três semanas depois...
Sorri para o corredor do palácio, feliz por finalmente sair do hospital. Não que eu não gostasse de lá, todos me tratavam muito bem, mas já estava ficando claustrofóbica!
Me sentia aliviada por ter alta, mesmo ainda em recuperação. Segundo o Dr. Dorian, poderia voltar a me exercitar e "perambular por aí" depois de alguns dias. Uma enfermeira iria me visitar todos os dias só para checar minha melhora. Ainda estava tomando alguns remédios para prevenir uma infecção, tanto no pulmão quanto na cicatriz, que já estava sem pontos e quase 100%. Sinceramente, me sentia ótima.
Faziam cinco dias desde que minha mãe, irmã e amiga haviam voltado para Carolina. As mesmas tinham que retomar suas vidas. Minha mãe no hospital, minha irmã com os estudos e Bruna na faculdade de dança e seus cursos... Eu fiquei extremamente feliz com a visita delas, mesmo nas circunstancias em que estava.
Bruna e Derek, ao que parecia estavam começando a se entender, mas tudo que é bom dura pouco e logo estavam se matando de novo. Chegou a um nível em que apenas desisti e deixei por eles mesmo. Quando percebi, estávamos eu e Osten acompanhando a vida deles como um programa de tevê, então, tomamos vergonha na cara e paramos de cuidar da vida alheia.
Me alonguei, perguntando-me o que iria fazer agora, com o final da Seleção e que estava com Osten. Não queria ficar parada, sem nenhum objetivo de vida, queria trabalhar em algo, continuar com a música, e fazia questão que Osten soubesse disso. O mesmo não questionava, pelo contrário, todos os dias tinha uma ideia diferente sobre projetos e reuniões que eu poderia participar, apoiando todas as minhas opiniões. Sorri ao pensar nisso.
Soltei um suspiro, olhando para meu noivo. Noivo... Por Deus! Parecia impossível acreditar que ele era meu noivo. Eu ainda não conseguia expressar tudo o que eu sentia por aquele homem, era incapaz de definir tudo o que Osten significava para mim em uma única palavra.
Admito que anda sendo difícil não olhar para Osten a cada cinco segundos. Ele parecia mais lindo a cada dia, mais atraente. Pois é, isso deveria ser impossível. Ser perfeito demais, na situação de Osten, deveria ser um crime.
- Luna?- chamou, tirando-me de meus pensamentos.
- Eu?- sorri para Osten, que retribuiu o sorriso, puxando-me pela cintura.
- Tem certeza que não quer uma cadeira?- perguntou, referindo-se a cadeira de rodas.
- Depende, se a cadeira for você... - sorri maliciosa. Não demorou muito e começamos a gargalhar.
- Misericórdia, amor!- disse, recuperando o fôlego.
- Amém, amor. - pisquei um olho. Osten sorriu malicioso, aproximando os lábios de meu ouvido. Fiquei parada como uma estátua quando o mesmo sussurrou:
- Acho melhor continuarmos com essa conversa mais tarde, meu bem. Ainda quero chegar até o quarto.- um arrepio atravessou meu corpo com sua voz.
Isso havia se tornado um novo costume nosso, igual aos antigos bilhetinhos com cantadas. Todo dia era uma provocação diferente, as vezes engraçada, outras nem tanto, como essa, que quase me fez esquecer como se anda.
Respirei fundo e comecei a andar, antes que tivesse um infarto com a proximidade de Osten. O mesmo gargalhou alto, e, para minha surpresa, me pegou no colo.
- Osten!- bati de leve em seu peito, rindo. - Vai, me solta.
- Não. - sorriu ladino, andando para o outro lado. - E você estava indo para o lado errado, querida.- riu. Fechei a cara.
- Eu vou te bater, Osten.- ameacei, semicerrando os olhos.
- Aqui, meu bem? Na frente de todos?- sorriu malicioso. Gargalhei.
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A NOVA SELEÇÃO
FanfictionNove anos se passaram desde a última seleção, e agora, o príncipe Osten Schreave inicia a sua... Luna Mallmann, 18 anos. Uma garota espontânea, com uma personalidade forte. Leva uma vida simples como professora na província de Carolina, mas, após se...