Nem sei como subi as escadas, só sei que cheguei até meu quarto. Não dá pra descrever o que sentia, era uma mistura de frustração, raiva, tristeza...
Eu simplesmente, não entendo o que se passa na cabeça de Osten. Por que ele não me contou antes? E por que me ignorou?
Não vou ficar em um lugar onde me sinta sozinha. Quero estar em um lugar onde não seja esquecida por duas semana, pra depois ter isso de explicação. Eu não enguli o que ele me disse, sabia que tinha algo a mais, porém ele não quer falar, o que me irrita mais ainda!
Sento na cama e deixo meus olhos passearem pelo lugar que foi meu lar durante um mês, onde conheci pessoas incríveis e, me apaixonei pela primeira vez... Tenho uma vontade imensa de chorar. Querendo ou não, vou ter saudades daqui. Dele, principalmente. Me repreendo por estar querendo o abraço de Osten agora. Sinto um aperto no peito com a possibilidade de nunca mais estar em seus braços.
Ouço baterem na porta, mas ignoro. Nem um segundo depois, Osten entra. Levanto em um pulo.
- Eu não quero falar com vo... - Osten me interrompe.
- Eu vou te contar tudo, Luna. - para na minha frente, com um olhar determinado- e não vou deixar você ir embora, nem que seja preciso te trancar nesse quarto!- arqueio uma sobrancelha.
- Contar o que, Osten?- pergunto, com certo receio.
- Eu sei o motivo da morte do seu pai. - Osten me olha com culpa. Franzo o cenho.
- E qual é?- engulo em seco.
Osten pede para me sentar na cama, o mesmo sentou-se do meu lado.
- Ele era informante do palácio, Luna... Ele foi o informante que salvou minha família do atentado, há dois anos... - começa, fazendo-me arregalar os olhos. Continuo em silêncio, processando suas palavras.
Osten contou sobre como meu pai fez para se infiltrar nos N-I. E a razão pela qual, eu e minha família não ficarmos sabendo de nada, foi a nossa segurança. Disse que o motivo por estar me ignorando era não saber como me contar, e temer a minha reação. Eu escutei tudo em silêncio, enquanto olhava para um ponto fixo na sacada.
Eu demorei para conseguir compreender. Mas, quando consegui, foi como se tivesse saido do escuro, onde fiquei por anos. Eu não estava mais nele...
- Luna... Você está bem?- Osten me olhou preocupado, apertando minha mão. Eu ainda não havia dito nada. Foquei meu olhar em Osten e, sorri, deixando as lágrimas cairem- Luna?
- Sim... -assenti, ainda sorrindo- eu estou bem... - comecei a chorar. Foi um choro de alívio, de liberdade, paz... Osten puxou-me para um abraço, apoiando minha cabeça em seu peito.
Talvez a minha reação devesse ser diferente, deveria estar triste ou chocada. Mas eu me sinto feliz por saber o que realmente aconteceu... É como se um alívio se espalhasse em meu peito.
Saber disso, me trouxe a paz na qual procurei por anos... Foi como se a última peça do quebra-cabeça para que eu conseguisse superar a morte do meu pai tenha se encaixado. Claro que nunca vou me livrar da dor de sua perda, da falta que ele me faz todos os dias. Porém, agora não tenho mais dúvidas e incertezas. Não tenho mais aquela angústia... Eu não tenho mais a sombra da dúvida me perseguindo, aquela amarra ao meu passado que fazia-me chorar por não entender como uma pessoa tão boa, possa ter sido assassinada...
O orgulho que tenho do meu pai só aumentou. Uma de suas frases: " Se não puder fazer tudo, faça o que puder". E ele fez...
- Eu me sinto culpado de alguma forma, por não termos sido mais cuidadosos com a segurança do seu pai. E tive medo, que você também me culpasse e se afastasse de mim... Mas isso eu já fiz sozinho. - levantei o olhar para Osten, que sorriu triste - me desculpa, Luna... Me perdoa por não ter contado antes, e não poder ter feito mais pelo seu pai. - passei os dedos dentre os cabelos de Osten, e sorri para o mesmo.
- Você não tem que se sentir culpado, Osten... Eu nunca, te culparia. E eu te perdou por ser um idiota, e me ignorar por duas semanas.- solto um soluço. Osten sorriu, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.
-Não gosto de te ver chorar... - secou minhas lágrimas com o polegar. Sorri tímida- mas você é uma mulher tão forte e maravilhosa, que até quando chora, não deixa de abrir um sorriso. - sorriu fofo, acariciando meu rosto. Osten ficou me olhando, como se quisesse memorizar cada traço meu, deixando-me envergonhada.
- O que foi?- ri, pendendo a cabeça pro lado.
- Como eu senti sua falta, Luna. - sorriu fofo, encostando nossas testas- do seu sorriso, seu toque, perfume... - soltou um suspiro- Eu tenho medo de fechar os olhos... Não quero te perder nem sequer por um segundo.- sorri boba.
- E não vai...
Continua...
Eae, Kiridus!!
Monas, a fic bateu 3k ontem AAAH Eeee... Estamos em primeiro no ranking "Seleção"😳
Sério, eu quase morri KKK
(A mídia sou eu vendo que a fic tá crescendo KK) Nem parece que eu estava pulando de alegria quando bateu 100 visualizações KKKMe sigam aqui, para receberem notificações dos comunicados ;)
Meu insta: @nick.riosss
DEIXEM A ESTRELAAA, pôr obséquio ✨
Obrigada por lerem, até 👀♥️
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A NOVA SELEÇÃO
FanfictionNove anos se passaram desde a última seleção, e agora, o príncipe Osten Schreave inicia a sua... Luna Mallmann, 18 anos. Uma garota espontânea, com uma personalidade forte. Leva uma vida simples como professora na província de Carolina, mas, após se...