— Porra! - exclamo, sentindo o gosto metálico de sangue na minha boca. Olho furiosa pro homem em minha frente, que se aproximava de mim com um sorriso perverso no rosto. — Não sabe bater mais forte não?
Ele riu, enquanto eu lutava pra me botar de pé.
Bosta de salto.
— Você fala demais pra quem nem consegue se levantar. - grunhi, e ele tirou proveito pra me puxar pelos cabelos, me obrigando a ficar de pé e me encarando nos olhos. — Sua cara é bonita, me daria uma ótima recompensa no mercado negro.
Estreito os olhos, sentindo a raiva borbulhar no meu estômago.
— Vai pra puta que te pariu, desgraçado!
Momentos antes...
— Ok, repassando o plano. - falo enquanto termino de botar os brincos. — Eu vou até o festival, encontro o Fernandez e acabo com a raça dele. Enquanto que vocês ficam responsáveis pelas crianças e mulheres no outro canto da cidade. - tanto Todoroki quanto Bakugo estavam de braços cruzados, me encarando com a cara fechada. Revirei os olhos. — Que foi?
— Eu acho esse plano péssimo. - Katsuki fala.
— Concordo com o Bakugo, esse plano é péssimo. - bufo, ficando de pé. — Por que você tem que ir sozinha enfrentar aquele brutamontes?
— Um de nós pode facilmente ir até galpão resgatar as crianças e as mulheres, você não tem que ir sozinha amor. - me olho no espelho, ajeitando meu vestido e me analisando uma última vez. — S/N!
— Eu já falei que eu vou sozinha! - falo ríspida, o encarando irritada. — Não tem como só um de vocês cuidar de um monte de capangas e tirar as mulheres e as crianças do galpão. Rodrigo preparou pra que elas fossem levadas hoje a noite, e isso significa o pessoal de confiança dele cuidando de tudo. - Katsuki apertou a mandíbula. — Eu vi Katsuki, tudo o que aqueles caras são capazes de fazer. Só você ou o Shoto não seriam suficientes pra acabar com eles.
— Mas ele também é perigoso S/N. - rio com a preocupação do meio a meio.
— Acha que eu não dou conta dele? - arqueio uma sobrancelha, e eles apenas me encaram. — Não se esqueçam de que eu sou a Devil. Não há filho da puta no mundo que pode acabar comigo além de mim mesma.
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Passo pelas pessoas, mantendo sempre a cabeça erguida e procurando pelo quengo maldito.
As ruas de Honolulu estão lotadas de pessoas e barraquinhas de comida e jogos. Ele não é o tipo de cara que se mistura com a multidão e por isso deve estar em algum bar ou restaurante.
Encosto em uma parede, longe das pessoas. Fecho os olhos, tomando parte da minha forma de demônio alfa. Busco por qualquer rastro do desgraçado, o encontrando sentado em um bar, junto de mais três capangas.
Volto ao meu estado original, abrindo os olhos e caminhando rapidamente até o local que ele está.
Entro no estabelecimento, e me sento no canto. Espero pra ser atendida, passando os olhos pelas pessoas. Quando o acho, não desvio meu olhar. Ele não estava bêbado como mais cedo, e talvez fosse um pouco difícil tirá-lo dali.
— O que vai querer senhorita? - a garçonete me perguntou, sorrindo simpática.
— Um Martini por favor. - sorrio, e ela anota e sai.
O observo flertar com algumas mulheres, e logo uma ideia louca surge na minha cabeça.
— Aqui está seu Martini senhorita.
— Obrigada. - pego a taça, e dou uma bebericadinha.
Álcool não funciona no meu organismo, mas ele não sabe disso.
Levanto cambaleante, fazendo o meu melhor pra parecer bêbada. No mesmo momento ele levanta, junto com seu comparças, deixando dinheiro no balcão e ajeitando o terno caro.
Finjo tropeçar nos meus pés, trombando nele e derramando a bebida no seu terno caro. Ele me segura, e eu levanto os olhos pra ele.
— Ops, parece que eu deixei cair minha bebida em você. - forço uma voz mais manhosa, amolecendo meu corpo e cutucando a mancha molhada em seu peito. — Sinto muito senhor.
Ele ri, apertando minha cintura.
— Que isso, não precisa se preocupar com o terno. - reviro os olhos mentalmente quando noto seu olhar em meu corpo. — Mas acho que você precisa de um ar, pode acabar derramando mais bebidas em outras pessoas.
Mas é claro que ele vai oferecer ajuda pra uma mulher em um vestido curto. Mas é óbvio.
— Você me ajudaria então? - falo meio embolado, me jogando ainda mais pra cima dele. — Eu não sei se consigo andar sozinha. - bato meus cílios inocentemente, e juro que o olhar dele escureceu.
Pedaço de merda.
— Claro querida. Se apoie em mim. - passou um braço meu pelo seu pescoço, apertando meu quadril e me levando pra fora, com os caras ainda atrás dele.
Escondo um sorriso quando ele me leva pra um lugar mais afastado. Um beco, que dava passagem pra uma rua sem saída e sem movimentação alguma.
— Sabe, eu tava pensando. - um dos homens dele fala, se dirigindo a mim. — Você não é a garota de mais cedo? Aquela que chutou seu saco chefe?
Rio suavemente, me desprendendo do corpo de Rodrigo.
— Putz, me reconheceram. - finjo choque, e eles sacam as armas, apontando pra mim. — Relaxem rapazes, eu não fiz nada. - encaro Fernandez, que já não estava muito feliz. — Bom, ainda.
Agora...
— Vadia! - me chutou para onde o corpo de seus capangas estavam. Todos inconscientes e com ossos quebrados.
O único que eu tinha que acabar agora, era justamente ele.
Irritada, arranco as sandálias do meu pé, me erguendo e o encarando. Meu vestido branco tá todo sujo agora, e acho que depois disso aqui ele vai ir pro lixo.
— Só meu namorado pode me chamar de vadia, sabe? Quando a gente tá transando loucamente e ele me faz gozar. - ele rosna, armando mais uma dose de artilharia pesada pra mim. — Coisa que eu acho que você nunca fez em alguém, não é viado? - respiro ofegante.
— Eu vou acabar com você. - e mais armas saem de suas costas.
Taí a individualidade do cara. Ele consegue fabricar armamento pesado com o corpo. Eu com certeza vou ganhar uma cicatriz na cara depois que uma bala passou de raspão perto do meu olho.
Me transformo, sentindo escamas pelo meu corpo e minha força aumentar.
— Não, vagabundo. - ando passos rápidos em sua direção. — Eu vou acabar com você.
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beso 💋 na teta e até!
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𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨
FanfictionDias, semanas, meses - e quem sabe anos? - você passa ao lado dele, seu namorado Bakugou Katsuki. tw: cenas explícitas de sexo, drogas, violência, álcool, traumas. capa: @miytsuya neném de mi vida <3
