• next day •

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— Eu não aguento levantar da cama, pra você ter uma noção. - falei pra Hannah, que estava do outro lado da linha.

Ela riu, e riu bem alto. Tive até que afastar o celular do ouvido por causa disso.

— Ah, mas assim que é bom amiga.

— Bom o caralho! - ela riu mais ainda. — Eu tenho que trabalhar Hannah. Eu tenho um dever, eu sou uma heroína porra!

— Se você não queria que ele te fodesse desse jeito, porque provocou ele também?

— Porque é divertido. 

— E também porque você gosta quando ele pega pesado com você, sua safada! - ri.

De fato, não podia discordar.

— É, mas eu também gosto de ter o movimento das minhas pernas. - dessa vez escutei a risada de outra pessoa. Logo presumi, que fosse meu cunhadinho. — Oi Shinso, tudo bem? Há quanto tempo essa vadia tá com o celular ligado no viva-voz?

— Eu tô bem S/N, e você? E, ela tá com ele ligado desde o início da conversa. - se eu não fosse cara de pau, certeza que estaria pior que essas minas quando se confessam pro crush.

Com a cara enterrada no chão e vermelha que só a desgraça.

— Vagabunda! Eu aqui, contando pra você que tô doente, e você me explanando pro teu namorado!

— Que mané doente! Tu só não tá conseguindo andar porque deu a madrugada inteira, larga de ser maluca.

— Babe, eu tô indo. - ouvi Shinso, e o som de um selinho sendo dado. — Até a próxima S/N. Melhoras pra suas pernas. - riu, saindo de casa.

— É sério. Qualquer dia desses eu te mato garota. - falo entredentes.

— Nah, você me ama demais pra isso. - eu revirei os olhos. — Me conta, qual foi a desculpa que tu deu pro Endeavor pra não ir hoje?

— ...

~~~~
Flashback

— Devil, por que você ainda não tá aqui? - apesar de ele não estar gritando, eu sabia que ele estava bem puto comigo.

— Eu não vou poder ir hoje, Enjibosta. - respondo grogue, ainda não muito acordada.

— ÉOQUE?!

— Tô com caganeira, não vou poder ir se não vou sujar todo meu uniforme, tá? Passar bem. - e desliguei o celular, colocando no mudo.

Dormi mais cinco horas depois disso.

~~~

— S/N?

— Pedi meus dias de folga que tava atrasado.

—...Como se heróis realmente tivessem isso.

~~~

Mais tarde...

— Amor, cheguei. - ouvi o som de chaves e logo os sons de passos pesados vindo em direção ao quarto. — Ué? Por que ainda tá deitada? - com o uniforme lindo e renovado dele.

Ui, que tesão de homem.

— Deve ser porque eu não consigo andar, talvez? - disse irônica, e ele coçou a nuca envergonhado. — Tô morrendo de fome. Se quiser preparar alguma coisa, por favor, eu agradeceria.

E voltei a prestar atenção na série que estava passando no meu celular. Eu fiquei assistindo a tarde toda, e não é atoa que meus olhos estão ardendo.

Eu só parei hora ou outra pra ir no banheiro - pensa na dificuldade - e pegar alguma besteira na geladeira.

— Eu peguei pesado demais com você, né? - se sentou do meu lado, afundando o colchão e me fazendo encará-lo. — Me desculpa.

Katsuki parecia um cachorro que caiu da mudança. Quase conseguia ver o rabo abanando e as orelhas caídas.

— Sem essa. - fiz pouco caso, gesticulando com a mão. — Eu tô bem, só tô com um pouco de fraqueza nas pernas, e outra, eu curti. - dei de ombros, erguendo a cabeça dele. — Mas, se quiser compensar...

— O que você quer? - não tinha o tom impaciente de sempre. E eu gostei disso.

— Frango frito apimentado. - só faltei lamber os beiço com o pensamento.

Ele ficou um tempo parado, acho que processando o que eu disse. Conseguia até ver a bandeira do Windows rodando em sua testa.

—...Só isso?

— E quero que você me ajude a tomar banho também.

— Ok. Eu vou tirar a roupa e já começo a preparar seu frango frito. - beijou minha testa, e foi para o lado dele no quarto.

Durante o resto da noite eu fiquei deitada - já que minhas pernas estão pior que gelatina - enquanto que ele preparava o jantar.

Eu imaginei que Katsuki ia chegar mais cedo hoje, já que apesar de tudo, ele é meio mole quando o assunto sou eu.

Shhhh, não conta pra ninguém que eu falei isso.

Eu nem vi ele saindo hoje, e tenho certeza que quando eu recebi a ligação do Enjibosta ele já não estava mais em casa.

— O frango estava uma delícia. - elogio, encostando minhas costas na parede e suspirando contente. Dei até uma batididinha na minha barriga estufada.

— Que bom que gostou. - pegou minha mão, entrelaçou os dedos, e os beijou, abrindo e fechando o olhos lentamente. — Se eu soubesse que você ia ficar nesse estado, eu teria pegado mais leve.

Bufei, afastando minha mão dele.

— Eu já disse que eu tô bem. - fiz uma cara brava. — Se eu não tivesse gostado eu não estaria nem olhando na sua cara agora. - cruzo os braços.

— Mas tu nem levantou da cama hoje!

— Na verdade levantei sim! Só que com um pouco de dificuldade. - melhor nem contar pra ele que teve uma hora que eu tive que engatinhar, porque andar em dois pés já não era possível. — E outra, eu vou fazer a mesma coisa com você. - sorrio ladina.

Katsuki melhorou a cara com o que disse, suspirando e se aproximando pra me beijar.

— Vai usar aquele brinquedo novo em mim? - sussurrou contra minha boca.

— Vou. - voltei a beijá-lo. — Você tem folga no sábado? - sussurrei de volta, ainda com a boca colada na dele.

— Uhum.

— Então na sexta eu vou acabar com você. - mordi seu lábio inferior, mas ele me puxou de volta, quase me fazendo derrubar a tigela de vidro no chão. — Cuidado Katsuki! Isso foi caro.

— Quer tomar banho agora? - entediado.

— Quero. - enterrou a cabeça no meu pescoço, me cheirando que nem cachorro. — O que?

— Você tá precisando mesmo de um banho. - fez uma careta.

Fiquei irritada.

— Ha ha ha, fala isso só porque não fede. - ele riu, se levantando da cama. — É lógico que eu não ia estar cheirosa meu filho, hoje fez um calor do caralho, tu queria o que?

— Ok ok, sem drama. Vamo tomar banho minha fedidinha. - tirou a tigela do meu colo, colocando na cômoda, pra logo em seguida me pegar no colo e ir para o banheiro.

— Fedidinha teu cu!

— Eu te amo minha fedidinha.

— Vá se foder Katsuki!

~~~
cap mais levinho pa preparar vcs pro próximo :3
he, eu realmente tô animada
espero q tenham gostado <3
beso 💋 na bunda e até!

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora