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Hoje se inicia o Festival Desportivo. Este que foi dividido em três dias. Primeiro dia: corrida com obstáculos. Segundo dia: batalhas. Terceiro dia: competição de talentos.

Muitos esperavam ansiosos pelo Festival, principalmente os terceiranistas, que viam a chance de entrarem em uma boa agência graças aos olheiros que estariam na platéia assim que se formassem. Dar o seu melhor e conseguir uma boa colocação no ranking era o que garantiria à alguns uma boa oportunidade de vida e carreira.

No entanto, nem todos estavam animados. S/N Herrera, por exemplo.

A garota era habilidosa, forte e, apesar de poucos saberem, experiente o suficiente para derrotar qualquer um que se pusesse em seu caminho. Mas não via graça em demonstrar isso para as pessoas. Acreditava em seu potencial, sabia que seria uma ótima heroína, entretanto, se sentia um animal de circo com toda aquela gente a mirando.

Após Midnight - mais uma vez - dar início ao Festival, os alunos se posicionaram, ou melhor, se aglomeraram aonde seria dada a largada. S/N se posicionou em um dos últimos lugares, entediada. Desejou boa sorte à melhor amiga, namorado desta e aos amigos. Ao namorado apenas um beijo, que indicava "eu te amo, mas não vou perder pra você".

Quando foi dada a largada, a multidão saiu correndo, tumultuado e todo mundo esbarrando em todo mundo. A garota suspirou, revirando os olhos.

Assumiu a forma de um demônio com asas, ou talvez, em outras palavras, um anjo caído. Dera o nome de Lucífer, pelo o que a forma poderia causar ao resto das pessoas. Pessoas que estavam por perto se surpreenderam. As asas eram longas, as penas negras como ébano e sua largura dava três de seu corpo. O que impressionou também foi a transformação na pele da garota, que possuía marcas - como tatuagem - negras, visíveis somente do rosto, e o olho vermelho sangue que gelava qualquer um.

Em uma batida de asas, seu corpo ergueu, e ela sobrevoou o restante dos estudantes. Cada um ali fazia o seu melhor, mas se surpreenderam quando um vento forte passou por eles. Ergueram os olhos, vendo um anjo - na visão deles - de asas negras passar velozmente.

Hannah a reconheceu na mesma hora.

- ISSO É APELAÇÃO, SABIA SUA VADIA? - S/N riu com as palavras da amiga.

- É CADA UM POR SI AMORE. - piscou, batendo as asas mais fortemente.

Avistou os três queridinhos da Yuuei, e sem se aguentar, os assustou com uma rajada de vento, desestabilizando Todoroki, arrancando um grito de Midorya e um rosnado de Bakugo.

- S-S/N? - Midorya gagueja.

- Mentira isso cara! - Todoroki resmunga, impressionado.

- S/N SUA FILHA DA PUTA! - xingou, desviando dos disparos de armas posicionadas escondidas para dificultar a corrida. Os outros dois apenas a olhavam admirados.

- TE VEJO DO OUTRO LADO AMORZINHO! - piscou, se erguendo mais alto e passando pelos disparos com facilidade.

Não precisou entrar em um combate de frente, e nem utilizar os outros poderes do demônio escolhido, e por isso, foi a primeira a chegar, alcançando assim a maior pontuação. Katsuki foi o segundo, Midorya o terceiro e Todoroki que vinha colado no baixinho, em quarto.

Desceu ao chão, desativando sua individualidade com graciosidade, ignorando os olhares embasbacados do público. Sentiu a cintura ser abraçada, e por isso se virou, tendo repentinamente a boca beijada pela do namorado.

- Apesar de eu ter achado que você foi apelona demais, você fez por merecer o primeiro lugar. - falou rente a boca de S/N, com a respiração pesada devido ao esforço anterior.

- Valeu. - sussurrou, o beijando de novo.

- Merece uma recompensa. - ela se afastou, o encarando com uma sobrancelha arqueada.

- Mereço? - ele assente. - E, que recompensa é essa?

- Eu conversei com o Cabelo de Merda. - na mesma hora, os olhos da garota ganham um brilho malicioso. - Vamos nos encontrar depois que o Festival Desportivo terminar.

S/N morde o lábio, procurando pelo ruivo. Quando o encontra, faz questão de dar uma piscada para o mesmo, que cora coçando a nuca.

- Mas por que só quando o Festival acabar? - fez bico. - Por que não pode ser hoje, ou-

Foi calada pelo dedo de Katsuki.

- Porque, eu ainda tô convencendo ele. - a garota, a muito contragosto assente, tirando o dedo da boca.

- Mas eu que falei que ia convencer ele. - fala birrenta.

- Foda-se.

- E agora? Porra, eu tô com tesão. - indignada.

- Mas você me tem todinho, e a qualquer hora. - sussurra rente a boca de S/N, e a garota desfaz o bico.

- Hum, no meu quarto ou no seu?

- No seu. - a garota revirou os olhos risonha.

- Por que que eu perguntei não é mesmo? - o loiro apenas sorri ladino, a beijando novamente, mordendo o lábio macio vez ou outra.

Longe do casal, pessoas conversavam sobre a garota. Pessoas importantes e extremamente poderosas.

- Você acha que ela pode ir pro lado deles também? - pergunta um.

- Isso é bem possível, visto que a individualidade é idêntica a dele.

- Enquanto ela estiver sob os cuidados da Yuuei não temos que nos preocupar. - uma voz forte retumbou, e logo a presença de Endeavor foi mostrada. - Não estou certo, Nezu?

O diretor suspirou forte, preocupado.

- Veremos se ela representa ameaça amanhã. Não sabemos o quão parecida com ele, ela é.

- Mas, e se ela for?

- Então, terei de ter uma conversa séria com a senhorita Herrera.

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora