• cuidados •

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— Por que eu não posso ir trabalhar? - com a mão na cintura e me encarando emburrado.

— Porque você está doente. - repeti, com a maior calma do mundo.

— S/N, hoje é o seu dia de folga, não o meu. Eu preciso ir lá ajudar o povo, eles precisam de mim. - tentou passar, e eu barrei ele mais uma vez.

— Não, você não precisa. - ele bufou. — Você tá doente, sossega o periquito e volta pra cama. - mandei.

Hades e Persephone só observavam do outro lado da sala.

— Eu não vou voltar pra cama!

— Katsuki larga de ser teimoso jegue, volta pra cama pra eu poder cuidar de você. - pedi, esfregando a têmpora impaciente já.

— Não vou nem se for amarrado. - cruzou os braços. 

— Ah é? - levantei uma sobrancelha, e ele me imitou, igualmente desafiador.

— É. - ergueu o queixo pra mim. Ah, pra que querido.

— Ok.

Alguns minutos depois...

— ISSO É INJUSTO OK? TEM PESSOAS QUE PRECISAM DE MIM! EU SOU A PORRA DE UM HERÓI S/N! - gritava que nem um louco do quarto.

— CALA A BOCA IDIOTA! VOCÊ VAI PIORAR AINDA MAIS SUA GARGANTA. - gritei de volta, terminando de fazer a canja de galinha que minha mãe geralmente fazia quando eu ou os meus irmãos adoeciam.

— EU NÃO TÔ DOENTE! - e logo em seguida ouvi uma tosse. — ISSO NÃO FUI EU!

— Aham tá, foi Jesus que voltou. - murmurei irônica, desligando o fogão e separando dois pratos. — O pai de vocês é uma anta. - comento com os cachorros, que me observavam andar de um lado pro outro na cozinha. — Sabe que tem que tomar água depois de chupar a porra do sorvete e mesmo assim não toma. - continuo resmungando.

— Au! - Hades late.

— Que bom que concorda comigo. - coloco os pratos em uma bandeja de madeira com pezinho, levando para o quarto no andar de cima. Sendo seguida pelos cachorros, entro no quarto, tendo a visão engraçada de Katsuki todo amarrado e vermelho na cama. — Voltei. - cantarolei, recebendo um olhar furioso em troca. — Credo, pra que esse mal humor todo?

— Por que você acha? - seco. — Vadia. - rio com seu bico emburrado.

— Ei, mais respeito. Vadia só na cama. - repreendo, deixando a bandeja em cima da cômoda e indo até ele pra desfazer as amarras.

— Não imaginei que fosse me amarrar mesmo. - sorrio convencida pra ele.

— Você me subestima Bakugo Katsuki. - ele revira os olhos. — Pronto, já pode se movimentar.

— Ei, me desamarra ali em baixo também!

— Não confio em você. - e fui pegar a bandeja, deixando ela em cima do seu colo e me sentando de frente pra ele. — Não adianta me olhar assim, eu tô fazendo isso pro seu bem. - digo quando parece que ele vai me esfolar viva.

— Eu já disse que tô bem. - e tosse, me irritando profundamente.

— Larga de ser teimoso Katsuki! É óbvio que você não tá bem. - brigo, e ele se emburra de novo.

— Eu já sobrevivi a ferimentos mais graves, uma gripe não é nada.

— É sim, ela te deixa mais frágil. - mordo os dentes quando ele abre a boca pra falar mais alguma coisa, mas volta atrás quando percebe meu estado. — Agora cala a boca e come. - ordeno, e por mais que contragosto, ele começa a comer.

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora