• festival desportivo •

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Katsuki

- Ai, ai, ai. - fala pausadamente enquanto anda pelo quarto.

- Você tá bem? - pergunto debochado, prendendo uma risada. Ela me lança um olhar mortal.

- Isso é culpa sua! Seu filho da puta de merda! Precisava pegar tão pesado assim? - arqueio as sobrancelhas com a sequência de palavrões. Ok, ela está muito brava.

- Foi você que disse que queria melhorar a sua resistência. - relembro, falando num tom que eu sei que ela odeia. - Eu apenas montei o cronograma.

- Você não é a porra de um personal trainer, não precisava ter montado um cronograma absurdo daqueles! - sibila de dor ao sentar na cama, nem se importando com o pinga-pinga do cabelo molhado. - E como caralhos você não tá nenhum pouco dolorido?

- Eu já tô acostumado. - respondo simplesmente.

S/N revira os olhos.

- Ah foda-se! Eu vou dormir.

- Não antes de cuidar desses machucados. - já pegando a pomada e as bandagens que tive que pegar do meu quarto, já que minha doce - sintam a ironia - namorada acabou com as dela por conta de um projeto mal feito e feio de Halloween. Não sei porque caralhos ela fez aquele troço horroroso se nem na época a gente tava. - Anda, levanta a camisa.

Ela faz bico, cruzando os braços birrenta.

- Não quero. E não preciso da sua ajuda pra passar pomada. Eu mesma posso fazer os curativos. - bufo, caminhando rápido até a cama da dita cuja e me sentando, não me importando com seu arquejo incrédulo quando simplesmente ergui a camisa e comecei a passar pomada nos lugares que certamente ficariam roxos mais tarde. - Abusado. - resmunga um muxoxo.

- Vira de costas. - mando, e muito à contragosto, ela me obedece. - Não acha melhor você deitar? - não dizendo nada ela o faz. Ficamos naquela por alguns minutos. Eu passando pomada em suas costas, coxas e pernas, e ela sem falar nada. - Tá muito brava comigo? - questiono sem parar de massagear os lugares doloridos.

- Tô. - me inclino a tempo de ver seu biquinho emburrado. Sorrio, achando graça. - Ai Katsuki! - reclama quando boto um pouco mais de força na mão, sem querer.

- Desculpa. - peço rápido, fazendo os movimentos com mais carinho. - Que que eu posso fazer para que você fique de boa comigo de novo? - me inclino, falando baixo em seu ouvido.

Ela vira a cabeça, me olhando desconfiada.

- Posso pedir qualquer coisa?

- Qualquer coisa. - confirmo. Ela morde o lábio inferior pensativa.

- Eu quero uma massagem. - ok, aquilo não era um problema. - Quero que você me compre um pote de sorvete de flocos, e quero que você maratone Barbie comigo. - não curti muito esse último.

- Por que porra eu tenho que maratonar Barbie com você?

- Porque você disse que faria qualquer coisa que eu pedisse. - abro a boca para argumentar, mas então fecho. A filha da puta tava certa. Que merda.

- Ok, mas o sorvete e a maratona vai ter que ser pra outro dia. Os portões já estão fechados, e eu tenho que pegar dinheiro com a minha mãe. - ela dá de ombros. - Tem óleo aqui?

- Em cima da escrivaninha. - gesticula, e eu pego o troço de cheiro enjoativo. - Acha melhor eu tirar a roupa?

- Você quer tirar a roupa?

- Eu quero. - responde direta.

- Então tira a roupa. - dou de ombros. Já não era novidade pra mim mesmo.

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora