• não toca na minha garota •

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Hoje o dia já não amanheceu bom. E eu tava sentindo, prevendo, que a tendência era só piorar. Não sei se deu pra perceber, mas o meu humor tá o uó hoje, e não, meu namorado não tem nenhuma parcela de culpa disso. Ou talvez tenha, mas isso não faz muita diferença já que eu sempre acordo mal humorada.

Hoje é segunda, está frio e eu estou resfriada. Minha garganta não tá doendo, mas eu tô fanha, meu nariz tá entupido e minha voz tá saindo mais estranha do que ela já é normalmente.

Meu namorado no entanto, tem ficado grudado em mim, medindo minha temperatura de tempo em tempo. Tá pior que minha mãe aliás. Não ligo, me encostando em seu peito e dormindo alguns minutos antes de Aizawa entrar na sala. Para a minha infelicidade - ou felicidade, porque meu mal humor não tá deixando eu raciocinar direito - hoje só teria aula teórica.

Até aí tudo bem. Porém, as coisas começaram a ficar irritantes e desagradáveis quando deu o horário do intervalo.

Um grupo de garotos atrevidos - e desavisados! - resolveu mexer comigo. Eu, a namorada da besta mais temida, piromaníaca e possessiva da escola. Acho que eram novatos. Eu não dei bola. Tudo normal já que eu tenho uma buceta e isso justifica muita coisa. Meninas, vocês que tão lendo isso, eu sei que me entendem.

Mas meu namorado não gostou. Óbvio. Se eu não gosto quando mexem com ele, ele claramemte não vai ficar feliz se mexerem comigo.

Porém não fez nada.

Até...

- O QUE CARALHOS VOCÊ PENSA QUE TÁ FAZENDO GAROTO?! BOTANDO A MÃO EMBAIXO DA SAIA DA MINHA GAROTA? PERDEU A NOÇÃO FILHO DA PUTA?! - o medo no olhar do cara era nítido.

Todo mundo havia parado de comer, ou fazer o que estavam fazendo, para ver a cena que se desenrola no meio do refeitório. Eu ainda estava incrédula. Senti quando ele colocou a mão por baixo da minha saia e mais ainda quando ele pegou na minha bunda. Eu não tive tempo de reagir só porque Katsuki fez isso primeiro.

- E-eu não fiz nada! - semicerrei os olhos para o garoto. Katsuki não acreditou nenhum pouquinho.

- Então porque tá gaguejando? - o loiro foi se aproximando ainda mais do garoto espatifado no chão, ameaçador.

- E-ela tá mentindo! - eu não aguento e acabo rindo em ironia.

- Mas eu não disse nada. - meu tom saindo debochado. Dava pra ver o quanto ele suava frio.

- Bebê, vai querer cuidar dele ou vai querer que eu cuide? - ele ainda olhava para o garoto quando direcionou suas palavras para mim. Sorri me aproximando. O grupinho que havia mexido comigo via seu amigo praticamente se cagar no chão, e não faziam nada. Pareciam assustados. Talvez fossem realmente novatos.

- Deixa que eu cuido. Sabe que você já tá marcado com o diretor. - e dito isso, puxei o moleque pelo colarinho, o fazendo ficar de pé rapidinho. Ele não me olhava com o mesmo medo que olhava para Katsuki, e isso era de revirar os olhos até a cabeça doer. - Engraçado. Você não parece sentir mais tanto medo.

- É-é porque você parece ser inofensiva. - arqueio uma sombrancelha, ouvindo sons de exclamação. Sorrio ladina, trocando a cor dos meus olhos rapidamente, o sentindo estremecer.

- Você é novato não é? - ele assente frenético. - Pois saiba que as vezes, eu sou pior que o meu namorado.

Não sei o quanto eu bati no garoto. Só sei que ele precisou de cinco beijos da Recovery Girl para ficar razoalvemente apresentável. E eu ganhei suspensão, uma advertência e vou ter que cumprir duas semanas de detenção. Katsuki só levou uma advertência por ter queimado a mão do garoto.

Sorri pra ele quando o diretor me liberou. Ele veio até mim e me abraçou.

- Tá tudo bem. Eu só vou ter que ficar três dias sem te ver na aula e duas semanas cumprindo alguma penitência. - o acalmei, passando as mãos em suas costas.

- Aquele idiota teve o que mereceu pelo menos. - se separa, arrastando uma mecha do meu cabelo para trás da minha orelha. - Você tá bem né?

- Com você me protegendo daquele jeito? Mas é claro. - ele sorri, me puxando pela nuca e me dando um beijo.

- Tenho que cuidar do que é meu. - rio sarcástica.

- Nenhum pouco possessivo. - ele sorri ladino, voltando a me beijar.

- Não pode me julgar. Você é igualzinha.

- É, eu sou.

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beso 💋

𝐁𝐀𝐊𝐔𝐆𝐎 𝐊𝐀𝐓𝐒𝐔𝐊𝐈, 𝐜𝐨𝐦𝐨 𝐧𝐚𝐦𝐨𝐫𝐚𝐝𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora