Capítulo 23 - Assassino!

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Só para lembrar vocês!

Nos últimos capítulos o Felipe e seus amigos descobriram que a Annie era um robô, e a verdadeira está na terra. Felipe tenta salvar todos mas a Reiven acaba morrendo, e então eles sobem para os dutos de ventilação para se esconder. Lá, o Felipe conta pros amigos sobre tudo o que descobriu e suas teorias sobre a Annie robô desde antes de entrarem para a Nave.

Fiquem agora com o capítulo!

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Felipe

Descendo da tubulação, fui até o chão pegando a arma que estava jogada perto da... Meu coração ainda estava despedaçado com tantas notícias ruins, me fazendo ficar aterrorizado ao pensar que eu era o culpado de tudo. Pegando a arma na mão, olhei para ela deitada ali, desejando tanto que tudo não passasse de um pesadelo, mas tudo era muito pior do que não conseguir acordar de uma paralisia do sono, por exemplo.

Estava sem munição, eu precisava achar mais... Mas na verdade, por que essa arma estava aqui? Onde a robô tinha achado? Enquanto pensava, escutei um grito ensurdecedor vindo de perto da porta, me fazendo olhar assustado para o local. Poderia ser qualquer um assustado por ver mais alguém morto, mas... Era ela... A mãe da Reiven...
Olhando para mim e para sua filha, suas mãos tremiam e era notável sua falta de ar. Seus olhos piscavam rápido olhando para todos os cantos, até parar na minha arma, e como se tivesse "entendido tudo", vi seus olhos em chamas, como se tudo mudasse a partir daquele momento. Tudo o que ela sentia agora parecia ser sede de vingança por sua filha morta.

- seu... ASSASSINO! - ela gritou apontando para a minha arma.

- não! Não fui... - tentei me defender, mas logo fui interrompido por ela, enquanto meus amigos desciam dos tubos.

- NÃO? VAI ME DIZER QUE FORAM OS ROBÔS? VOCÊ ACHA QUE EU NÃO PERCEBI QUE ELES NÃO TOCAM EM UM FIO DE CABELO SEU? AH FELIPE... Eles estão ao seu comando... Não é? Seu maldito... - ela começou a chorar. - por isso não tocam em você...

- Não senhora, não é nada disso, nós também não sabemos porque os robôs não se aproximam do Felipe. - disse a Lis estendendo as mãos tentando amenizar aquela situação.

- eu não perguntei nada para você, sua imunda. Tenho certeza que vocês estão infiltrados nisso como seu amiguinho aqui... - ela disse nos olhando de cima a baixo. - Mas... Não se preocupem, vocês terão o que merecem... Eu... Vou... Ferrar... Com a vida... De vocês... - ela terminou de dizer pausadamente enquanto dava passos em nossa direção, olhando firme nos meus olhos.

Depois de se virar, foi até sua filha dando um pequeno beijo enquanto suas lágrimas rolavam, até decidir sair dali... Sem sombra de dúvidas ela iria fazer alguma coisa. Me lembro de sua ameaça... Mas... Eu mereço...

Lucas veio em minha direção colocando uma das mãos no meu ombro, sem saber o que dizer... Eu não espero palavras de conforto, nem quero que pensem que são culpados por isso... O que passou, passou, agora precisávamos encontrar mais munição e tentar encontrar algum membro da CienceTeck para ver o que está acontecendo.

- nós... Nós sentimos muito... - disse a Lis tocando meu outro ombro.

- precisamos tirar a Reiven daqui. Por enquanto é o lugar onde podemos ficar, não vou mais ser descuidado com a porta, não se preocupem.

Pedindo a ajuda deles, pegamos a garota e a tiramos do meu quarto, colocando o corpo dela deitado em sua cama, a cobrindo até a cabeça. Foi duro ter de fazer isso... Saber que toda sua vida se foi e ainda com mentiras que eu contei... Se eu pudesse consertar tudo...

- temos que sair daqui enquanto não tem robôs nessa área! - disse o Lucas olhando da porta o corredor vazio.

- certo... Vamos... Precisamos encontrar alguém da CienceTeck...

Enquanto andávamos silenciosamente pelos corredores da nave, íamos nos encostando na parede a cada curva, espiando cuidadosamente para ver se tudo estava limpo.

Fazendo sinal para eles que estavam atrás de mim, seguimos até a próxima curva. Os barulhos eram assustadores, havia algumas pessoas mortas e sangue por alguns cantos... Vi Lis virar o rosto muitas vezes para não ter de lidar com isso. O medo era inevitável, nos sentíamos em um filme de terror com um monstro sedento por sangue, a diferença era que na verdade, eram vários...

- por que estamos indo procurar alguém da CienceTeck? - ela perguntou sussurrando perto de mim.

- foram eles que criaram esses robôs, eles devem saber como desativar a todos. Aliás, eles tem que ter a explicação de porque eles estão matando a todos, menos a mim.

- escuta, você não acha que isso pode ter a ver com a An... Quero dizer... A robô? - disse o Lucas coçando a cabeça enquanto erguia levemente o pé para passar por alguma pessoa.

- o quê? - perguntei pensando nessa possibilidade.

- um pouco depois que a robô saiu da nossa sala, esses ataques começaram. Acho que tem uma ligação...

Pensando sobre essa hipótese, apertei meus lábios franzindo a testa, tentando achar alguma maneira de vermos sobre isso. Até ter uma ideia.

- temos câmeras de segurança! Podemos monitorar os passos dela depois do corredor onde fica a sala de vocês!

- não temos câmeras na sala onde ficávamos?

- infelizmente naquele lugar não, somente mais para frente. Escolhi aquele lugar por saber que não tem câmeras e, portanto, meu pai não poderia vê-los.

- então, onde temos acesso às câmeras? - perguntou o Lucas esperando o meu sinal para seguirmos em frente por outro corredor.

- na sala do comandante dessa nave. Frederic Filler. - sussurrei observando o próximo corredor, com dois robôs andando por lá, esperando as próximas vítimas.
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Volteeeeei kkkk

Tudo ao normal agora, o próximo capítulo sai na sexta!

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